Demorou, mas, enfim, os Estados Unidos estrearam uma liga profissional de vôlei feminino em 2025. Nação tradicional na modalidade, detentora de sete medalhas olímpicas entre as mulheres, sendo o ouro em Tóquio-2020, o país, até então, só tinha competições universitárias, forçando suas principais atletas a deixarem seus locais de nascimento para brilharem nos principais campeonatos mundiais. A novidade atraiu nove campeãs olímpicas com a camisa estadunidenses, quatro representantes brasileiros e destaques de outros continentes.
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Brasileiros na Liga dos Estados Unidos
A central Fabiana, bicampeã olímpica com a seleção brasileira em Pequim-2008 e Londres-2012, chegou a ser anunciada como atleta da nova liga estadunidense, denominada League One Voleyball (LOVB). Ela jogaria pelo Atlanta, porém, em setembro de 2024, divulgou sua aposentadoria, ficando apenas como embaixadora da competição. Porém, a desistência dela não deixou o time de Atlanta sem representantes do país, já que o técnico Paulo Coco é o comandante. Vencedor no Brasil pelo Dentil/Praia Clube, o treinador é o principal assistente técnico de José Roberto Guimarães na seleção brasileira.
Além de Paulo Coco, o Brasil terá mais três profissionais na LOVB. Na franquia de Houston, a brasileira será a líbero Key Alves, ex-Osasco São Cristóvão Saúde, Pinheiros e Sesi Bauru. Entretanto, as passagens por esses três clubes não foram tão marcantes quanto sua estadia na edição de 2023 do Big Brother Brasil (BBB), o maior reality show brasileiro. A defensora, de 25 anos, volta ao vôlei agora em 2025 após passar por cirurgia no joelho esquerdo para solucionar lesão que teve no ligamento cruzado anterior quando atuava pelo time osasquense.
Para fechar a lista de brasileiros na LOVB, a central Bia, medalhista de prata com a seleção brasileira nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, vestirá a camisa da equipe de Madison, que também terá como assistente técnico Giuliano Ribas, mais conhecido como Juba, profissional que também integra a comissão técnica da seleção brasileira masculina desde 2010 e foi treinador de Ricardo e Emanuel no vôlei de praia. A última experiência dele em clubes brasileiros antes de se aventurar nos Estados Unidos foi o Vôlei Renata, onde ficou de auxiliar técnico de 2022 até 2024.
Nove campeãs olímpicas locais
Com o surgimento da primeira liga profissional de vôlei feminino nos Estados Unidos, a LOVB, algumas atletas estadunidenses decidiram regressar ao país e entre elas estão nove campeãs olímpicas em Tóquio-2020. Em Atlanta, time comandado por Paulo Coco, a medalhista de ouro estadunidense é a ponteira Kelsey Robinson-Cook, ex-Conegliano. A jogadora deixou o clube italiano e foi substituída por Gabi. Já em Houston, equipe de Key Alves, as douradas na edição olímpica da capital japonesa são a oposta Jordan Thompson e a levantadora Micha Hancock.
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Em Madison, a campeã olímpica é a oposta Annie Schumacher, conhecida como Annie Drews. Ela terá ao seu lado a levantadora Lauren Carlini, prata em Paris-2024. Em Salt Lake serão duas medalhistas de ouro com a camisa dos Estados Unidos: a levantadora Jordyn Poulter e a central Haleigh Washington. O time de Omaha também contará com uma dupla de douradas em Tóquio-2020, a ponteira Jordan Larson e a líbero Justine Wong-Orantes. Já a equipe de Austin terá a central Chiaka Ogbogu, que subiu ao topo do pódio em Tóquio-2020 e foi prata em Paris-2024, e a levantadora Carli Lloyd, bronze na Rio-2016.
Destaques locais e internacionais
Além das nove campeãs olímpicas e mais duas medalhistas sem ser de ouro, os Estados Unidos contarão com alguns outros destaques, sendo duas delas com passagens pelo Brasil. A ponteira Roni, ex-Sesc RJ Flamengo, defenderá o Salt Lake, e a oposta Dani Cuttino, ex-Minas, atuará pelo Atlanta. E tem também jogadoras de outras nacionalidades com destaque internacional, como a oposta Heidy Casanova. A atacante cubana já passou pelo Osasco e será companheira de Roni no Salt Lake.
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Em Omaha, o nome europeu mais relevante é a levantadora holandesa Laura Dijkema. E ela terá ao lado dela a central argentina Candelaria Herrera. Em Houston, as europeias de mais destaque são a alemã Anna Pogany e a italiana Raphaela Folie. E, em Austin, os nomes mais importantes são as ponteiras Alessia Gennari, da Itália, e Anna Haak, da Suécia. A atleta sueca é irmã da craque oposta Isabelle Haak, do Conegliano.
Primeiro jogo da LOVB
Atlanta e Salt Lake fizeram a primeira partida da temporada regular da LOVB. O time da ponteira Roni levou a melhor diante das comandadas de Paulo Coco, fora de casa, por 3 sets a 1, parciais de 25/22, 27/25, 21/25 e 25/21. A líbero japonesa Kojima teve excelente atuação e dificultou a virada de bola do Atlanta. Já no setor ofensivo, a ex-atleta do Sesc Flamengo comandou e foi a maior pontuadora, com 25 acertos, dois a mais que Casanova. Pelo lado da franquia de Paulo Coco, os principais nomes de ataque foram Dani Cuttino, com 15 pontos, e Kelsey Robinson-Cook, com 11.
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