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Praia tem rival viável para colocar Brasil na final do Mundial

Apesar do favoritismo do Tianjin, o Praia tem boas chances de conseguir a vitória e se classificar para a final do Mundial de Clubes. A semifinal acontecerá neste sábado (21), às 4h

Praia Mundial de Clubes
A ponteira russa Sofya Kuznetsova é um dos principais nomes do Praia no Mundial de Clubes (Foto: FIVB/Divulgação)

Semifinalista do Campeonato Mundial de Clubes de vôlei feminino de 2024, o Dentil/Praia Clube tem pela frente rival acessível e pode colocar o Brasil em uma final da competição após seis anos. Em 2018, o Minas Tênis Clube ganhou a medalha de prata ao ser derrotado na decisão pelo Vakifbank, da Turquia. Para garantir medalha no torneio, o time de Uberlândia enfrenta o Tianjin Bohai Bank, da China, neste sábado (21), às 4h (horário de Brasília).

Lógico que a equipe chinesa é a favorita, já que venceu seus três jogos e se classificou em primeiro lugar do Grupo A sem perder set. Jogando em casa, o Tianjin venceu facilmente, como esperado, o Zamalek, do Egito, surpreendeu o favorito Vero Volley Milano, da Itália, e bateu o Gerdau Minas, sem sustos, no duelo que era para ser o mais equilibrado da chave e não foi. Apesar do bom momento e da invencibilidade, o time asiático não é imbatível. É um adversário totalmente viável de ser vencido pelo Praia.

Como minimizar influência de Li?

Arrisco a dizer que, coletivamente, o Praia é superior ao Tianjin. Porém, o time chinês tem uma jogadora inspirada e que tem feito a diferença no Mundial de Clubes: a ponteira canhota Yingying Li, atleta da seleção da China. Com apenas 24 anos, Yingying Li conduziu o time nos três triunfos e foi a maior pontuadora nos dois mais difíceis, com 22 pontos contra Minas e Milano. No resultado positivo contra o time egípcio, ela fez 16 e ficou atrás apenas de Yizhu Wang, sua companheira de posição, com 17.

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Após três rodadas pela fase de grupos, Yingying Li aparece como a líder em pontos do Mundial de Clubes, com 60, sete a mais que Kisy, do Minas. Ela está na primeira posição também em acertos de ataque, com 55, nove a mais que a atacante do time minastenista. Com obrigação de recepcionar o saque rival, a ponteira chinesa tem tido bom desempenho na função e ocupa, no momento, a terceira posição. Ela entregou 14 passes precisos e teve apenas três erros em 35 saques recebidos.

Para conquistar vaga na final do Mundial de Clubes, a primeira, e mais importante, missão do Praia será abalar a confiança de Yingying Li. Acredito que a melhor estratégia para as comandadas do técnico Marcos Miranda seja direcionar o saque nela na maior parte do tempo. Mas só isso não basta. Será preciso realizar essa ação com variações e agressividade. A canhota diferenciada não pode ficar à vontade. A chance de garantir ao menos a prata passa por minimizar a influência da craque chinesa.

Força do Praia

Segundo colocado do Grupo B, o Praia perdeu somente para o Imoco Conegliano, da Itália, time da ponteira Gabi. Apesar do revés por 3 sets a 0 para a poderosa equipe italiana, o clube de Uberlândia não foi mal na partida. A dificuldade foi que, além de se impor tecnicamente, a brasileira Gabi e suas companheiras cometeram apenas quatro erros. Conegliano é, disparado, o principal candidato ao título e deve eliminar o Milano, da oposta Paola Egonu, na outra semifinal do Mundial de Clubes.

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Em seguida, o Praia realizou dois bons jogos e ganhou fácil. O time mineiro sofreu contra Nec Red Rockets Kawasaki, do Japão e da oposta brasileira Lorrayna, e LP Bank Ninh Binh, do Vietnã. Ao contrário do Minas, outro representante do Brasil no Mundial de Clubes, o time de Uberlândia não depende tanto da recepção para que consiga colocar seu melhor jogo em prática. As ponteiras Kuznetsova, da Rússia, e Payton Caffrey, dos Estados Unidos, não estão comprometendo tanto no passe e estão resolvendo os problemas no ataque.

Mesmo quando o passe não saí com perfeição, a levantadora Macris tem conseguido acionar bem suas duas ponteiras e, em segundo plano, a oposta estadunidense Nia Reed. O Praia precisa que suas atacantes de extremidade pontuem bem e que as centrais Adenízia e Carol Gattaz contribuam, essencialmente, no bloqueio. As duas meios de rede experientes não estão recebendo com frequência no ataque, mas podem ser importantes nas demais funções que podem executar em quadra.

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