O Brasil fez uma boa campanha na vela nos Jogos Pan-Americanos Santiago-2023. Ao todo, foram seis pódios, com três medalhas de ouro e outras três de bronze. Um dos maiores nomes da história do iatismo brasileiro, Torben Grael esteve em Algarrobo, no litoral chileno, acompanhando as regatas e viu de perto as conquistas brasileiras no Pan.
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Após ganhar nove medalhas em Lima-2019, o Brasil conseguiu seis pódios em Santiago. Mesmo com três medalhas a menos, Torben Grael avaliou positivamente a campanha da vela brasileira. “Ganhar é sempre bom e dá um impulso legal. Um bom resultado sempre incentiva o atleta em qualquer esporte, ainda mais no Pan que é uma competição com bastante divulgação no Brasil. Nosso resultado no Peru foi excepcional, então a gente sabia que ia ser muito difícil de repetir”, afirmou o campeão olímpico em entrevista ao Olimpíada Todo Dia.
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De olho na Olimpíada
Todas as três medalhas de ouro do Brasil vieram em classes olímpicas: Martine Grael e Kahena Kunze venceram na 49erFX, Bruno Lobo foi o campeão na fórmula kite e Mateus Isaac venceu a disputa da IQFoil. Já os bronzes vieram com Maria do Socorro Reis na kite feminina e Samuel Albretch e Gabriela Nicolino na Nacra 17. Por fim, fechando o rol de medalhas, Juliana Duque e Rafael Martins ficaram em terceiro lugar na snipe, classe que não está atualmente no programa olímpico.
O Brasil sai do Pan com vagas em quatro categorias nos Jogos Olímpicos Paris-2024. Isaac e Lobo já haviam classificados seus barcos no Mundial deste ano. Já Martine Grael/Kahena Kunze e Samuel Albretch/Gabriela Nicolino garantiram a classificação no Pan. Por outro lado, Maria do Socorro ficou a uma posição da vaga olímpica em Santiago e, dessa forma, irá tentar se classificar através de dois eventos no ano que vem.
Missões de reconhecimento
As regatas da vela na Olimpíada do ano que vem serão realizadas em Marselha, no Mar Mediterrâneo. Os velejadores brasileiros têm passado alguns períodos na cidade francesa para se acostumar com as condições do mar na região. “Estava conversando com Martine e Kahena e elas falaram da importância de ter vivenciado alguns períodos lá em Marselha, conhecendo todas as instalações. Toda a equipe olímpica tem feito vários treinos lá. Isso é bom porque o mar em Marselha não é muito simples. É um lugar meio como o Rio de Janeiro, onde é complicado para velejar. Então ira para lá, conhecer o lugar e se sentir à vontade é bom”, comentou Torben.
No ano que vem, a principal expectativa de medalha para o Brasil na vela é com Martine Grael e Kahena Kunze, na 49erFX. A dupla bicampeã olímpica pode se isolar como as brasileiras com mais ouros na modalidade, superando assim Torben Grael e Robert Scheidt que têm duas medalhas de ouro em Jogos Olímpicos.