O tiro com arco vem se firmando cada vez mais no cenário olímpico do Brasil. Antes um esporte pouco conhecido no país, o tiro com arco brasileiro ganhou destaque nos últimos anos. Hoje, atletas como Marcus D’Almeida, no olímpico, e Jane Karla, no paralímpico, figuram entre os melhores do mundo em suas respectivas categorias. Apesar de títulos e medalhas em torneios internacionais, o Brasil ainda não conseguiu alcançar o tão sonhado pódio olímpico. Mas o crescimento sustentável, com investimentos em infraestrutura e na base são as apostas certas da CBTarco para o novo ciclo.
Em entrevista exclusiva para o Olimpíada Todo Dia, o presidente reeleito da Confederação Brasileira de Tiro com Arco, João Cruz, detalhou como foram os trabalhos da administração nos últimos quatro anos e quais são os próximos passos para o novo ciclo olímpico.
“A gente passou estes quatro anos arrumando a casa. Ajeitamos nossas finanças e a nossa organização interna e externa. Hoje temos o respeito dos nossos parceiros, isso é importante pois sem eles a gente não consegue andar. Os resultados que obtivemos também nos ajudaram muito nisso, mas agora temos que jogar a régua para cima e buscarmos resultados ainda melhores.
Agora, estamos indo em etapas de transformação do nosso projeto. Ela começa com as reformas da nossa sede, centro de treinamento e alojamentos. Mas se estende para o investimento nas categorias de base e também nas comissões técnicas. O objetivo é melhorar a nossa infraestrutura para melhorarmos as nossas condições de trabalho. Além disso, queremos ampliar ainda mais a acessibilidade que já temos para os atletas paralímpicos”, ressaltou João Cruz.
Desenvolvimento interdisciplinar
Para além dos investimentos estruturais, a CBTarco aposta em um projeto com equipes interdisciplinares. Resultado que fez nascer a Escola Brasileira de Tiro com Arco.
“A partir de um plano de gestão desportiva, criamos a escola brasileira de tiro com arco. A ideia é ter à disposição uma equipe interdisciplinar, que reúne diversas áreas diferentes para ajudar no nosso desenvolvimento. Precisamos ter um ecossistema equilibrado, onde todos os setores têm de funcionar. Os atletas precisam estar acompanhados de equipes de preparação física, nutrição, psicologia, laboratórios com dados e informações de desempenho, entre outras coisas.
Já começamos a estender isso para o projeto paralímpico também. Estamos em tratativas com o CPB, que tem sido um parceiro maravilhoso para nós. O nosso time vai começar a utilizar o Centro de Referência deles. Isso permite que esses atletas sejam melhor preparados e possam entregar resultados cada vez melhores”, concluiu João Cruz.
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