Com apenas 18 anos, o tenista João Fonseca fez história na manhã desta terça-feira (14). O jovem brasileiro venceu na estreia do Australian Open, o Aberto da Austrália, em sua primeira aparição em uma chave principal de um Grand Slam. E o triunfo não foi contra qualquer um. O jogador, natural do Rio de Janeiro, derrotou o russo Andrey Rublev, número nove do mundo. E a vitória foi com imposição, por 3 sets a 0, parciais de 7/6, 6/3 e 7/6. Depois de deixar a quadra, o atleta do país concedeu entrevista coletiva e relevou que, a partir de agora, as expectativas dele são maiores.
“Quando cheguei aqui, meu primeiro objetivo era me classificar para a chave principal. Agora, é claro que as minhas expectativas são maiores. Quero mais e mais. Estou muito feliz com a forma como joguei hoje e com a vitória, mas já penso na próxima rodada. Será uma boa partida, contra um ótimo jogador. Acho que essa é a mentalidade dos campeões. Então, estou somente tentando pensar na próxima partida”, afirmou João Fonseca, que terá pela frente na segunda rodada do Aberto da Austrália o italiano Lorenzo Sonego, que também obteve resultado expressivo ao vencer o tradicional suíço Stan Wawrinka.
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‘Amo jogar pelo meu país’
No transcorrer do confronto, João Fonseca contou com o apoio de vários brasileiros que estavam na quadra Margaret Court, em Melbourne, a segunda maior do complexo do Aberto da Austrália, local que possui teto retrátil para proteção contra as chuvas. A presença de fãs do Brasil fez o jovem carioca ser perguntado se sentiu no Rio Open. Além disso, após o jogo, o tenista brasileiro fez questão de agradecer aos torcedores que vibraram por ele e também destacou que aproveitou cada momento em que esteve em quadra.
“Eu, simplesmente, aproveitei cada momento nesta quadra incrível, minha primeira vez jogando em um estádio tão grande. Quero agradecer a essa torcida maravilhosa. Tem alguns brasileiros aqui, muitos brasileiros torcendo por mim. Foi bom de ver. Acho que ao menos um terço do público era brasileiro. Então, realmente parecia que eu estava em casa. As pessoas torcendo por mim, gritando meu nome. Foi simplesmente incrível. Eu amo jogar com a torcida, então, para mim, foi super legal”, destacou João Fonseca.
Ainda sobre o assunto Brasil, João Fonseca também comentou sobre o significado de representar o país em um palco como o Aberto da Austrália. “Sou o único vivo na chave principal masculina, mas temos a Bia também. Mas, como eu disse, jogar nesses estádios e com essa torcida é simplesmente incrível. Digo que, em todo lugar que vou, tem brasileiros torcendo por mim. E, sim, é muito bom ter mais um jogador fazendo grandes coisas por nós, brasileiros. E eu amo jogar pelo meu país”, garantiu o jovem de apenas 18 anos.
Confiança e pressão
Quando saiu a chave e a definição de Andrey Rublev como adversário de João Fonseca, o brasileiro foi colocado como desafiante diante do favoritismo do russo. Porém, o brasileiro não hesitou em momento algum durante o embate com um top-10 do ranking mundial na primeira rodada do evento principal do Aberto da Austrália. O tenista, natural do Rio de Janeiro, chegou ao primeiro Grand Slam de 2025 com uma sequência de 13 vitórias e dois títulos consecutivos: Next Gen ATP Finals e Challenger de Camberra. Apesar disso, sensação do tênis brasileiro evitou ao máximo colocar pressão em si.
“Eu sabia da existência da pressão e, como disse, tudo era novo. Mas, para mim, eu não era o favorito. Meu pensamento ao entrar em quadra foi: ‘ok, sou um garoto de 18 anos e ele é um jogador do top 10, então vou dar o meu melhor. Estou confiante e sei que posso vencer, mas sem pressão sobre mim’. Isso é o que eu estava tentando fazer. Mas, claro, quando estava perto de vencer, comecei a pensar um pouco mais. ‘Ok, talvez eu vá ganhar esta partida’ e precisei me concentrar e continuar me esforçando. Os nervos vieram, mas consegui me manter mentalmente firme”, contou João Fonseca.
João Fonseca confessa que a conquista do Next Gen ATP Finals lhe deixou com mais confiança. “Sim, com certeza o Next Gen me deu confiança. Estou jogando um tênis incrível, então preciso aproveitar este momento, jogar o meu melhor. E, bom, estou jogando bem, então estou me sentindo confiante. Apenas tento ir ponto a ponto. Vou tentar jogar bem contra esses caras, aumentar meu nível quando os pontos importantes chegarem. Essa é a diferença entre os melhores jogadores: a consistência. Estou tentando melhorar minha consistência”, comentou o brasileiro.
Orgulho do feito e referências no tênis
João Fonseca fez a alegria dos brasileiros no início do dia nesta terça. E não faltaram pessoas exaltando a atuação e o feito do jovem tenista. E ele admitiu que ficou orgulhoso com o que apresentou e resultado obtido. “Sei que foi incrível o que fiz. Minha primeira vitória em um Grand Slam, primeira vitória contra um top 10 e primeira vez jogando na chave principal de um Grand Slam. Estou muito feliz comigo mesmo e orgulhoso da maneira como lutei e me mantive mentalmente em cada game, em cada ponto”, declarou o tenista carioca.
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Para fechar a entrevista, João Fonseca foi questionado sobre seus jogadores favoritos. “Meu ídolo sempre foi o Roger (Federer). Cresci assistindo ao Roger e acho que todo mundo queria jogar como ele. Inclusive, eu tentei, quando era mais jovem, jogar com uma mão só no backhand. Mas tentei por uma semana e tive um problema no cotovelo. Então, eu desisti e voltei para duas mãos. Mas, sim, ele é um ídolo para mim. Ele me inspira. E tem o Guga também. Ele não é só um ídolo como jogador, mas como pessoa. Eu pude conhecê-lo e é uma pessoa incrível. Esses são meus dois ídolos”, concluiu João Fonseca.
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