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Tênis tem ano de altos e baixos mas aponta para futuro promissor

Oscilações de Bia Hadadd e ascensão meteórica de João Fonseca: 2024 termina apontando para um futuro promissor do tênis brasileiro

Bia Haddad em quadra pela Billie Jean King Cup (Luiz Candido/CBT)

Após conquistar a inédita medalha de bronze olímpica em Tóquio-2020, o tênis brasileiro abriu o ano de 2024 com grandes expectativas. Isso porque o Brasil iniciou a temporada com duas tenistas no top-20 do ranking mundial, Bia Haddad e Luisa Stefani, e alimentou a esperança para um segundo pódio olímpico ou para uma possível conquista histórica de Grand Slam. Os resultados ao final da temporada, no entanto, não atenderam as expectativas criadas. Mesmo assim, a ascensão meteórica de João Fonseca em 2024 e o surgimento de outros talentos deixam a gente sonhando com um próximo ciclo olímpico histórico para o Brasil.

Entre altos e baixos

Tenista brasileira de maior destaque na atualidade, Bia Haddad apresentou grandes oscilações de desempenho durante o ano. A paulista, que fechou 2023 em alta, abriu a nova temporada no top-11 do ranking individual da WTA. Haddad chegou a emplacar um título de duplas do WTA 500 de Adelaide em parceria com a americana Taylor Townsend em um dos primeiros torneios de 2024.

Apesar da conquista, o desempenho no simples não acompanhou o bom momento. Foram diversas eliminações precoces nos mais variados torneios durante a primeira metade de 2024, inclusive no Australian Open e em Roland Garros. A sequência negativa culminou na saída da brasileira do top-20 do ranking mundial. 

A situação pouco mudou para os Jogos de Paris-2024. Já sofrendo com um problema físico nas costas, Bia Haddad foi apenas até a segunda rodada da disputa de simples, onde perdeu para eslovaca Anna Karolina Schmiedlova. Nas duplas, ao lado de Luisa Stefani, parou também na segunda partida.

As coisas começaram a mudar no pós-Olimpíada. Haddad embalou uma boa sequência de resultados com o vice-campeonato do WTA 250 de Cleveland, as quartas de final do US Open e o título do WTA 500 de Seul, sua maior conquista na carreira. Assim, Bia voltou a aparecer no top-10 do ranking mundial, indo para um final de temporada positivo.

Prazer, Fonseca

João Fonseca em quadra pelo Next Gen ATP Finals (Foto: ATP Tour), camberra
João Fonseca em quadra pelo Next Gen ATP Finals (Foto: ATP Tour)

Se 2024 foi um ano ‘normal’ para a grande maioria dos tenistas brasileiros, a temporada teve um sabor diferente para João Fonseca.O jovem carioca, que abriu a temporada com 17 anos de idade, teve uma ascensão meteórica durante 2024 e mostrou ser a maior promessa do tênis mundial de sua geração.

João começou a sua primeira temporada profissional completa ocupando o 730º lugar do ranking mundial. Ao final do ano, Fonseca aparece na 145ª colocação, sendo o mais novo do top-150. A campanha histórica do brasileiro começou já com um bom resultado em janeiro, ao alcançar a semifinal do Challenger em Buenos Aires.

Em fevereiro, João Fonseca entrou como convidado no Rio Open e deu o seu primeiro cartão de visitas para o mundo. Conquistando o público e as atenções de todos os amantes de tênis, João alcançou uma histórica fase de quartas de final, eliminando francês Arthur Fils (então 36º do mundo) e outros dois tenistas do top-115 do ranking da ATP. Com a grande campanha, então, o jovem talento saltou para o 343º posto do mundo e deu início a uma enorme escalada no ranking.

Em março, fez a sua primeira aparição em uma final de Challenger, em Assunção, mas acabou perdendo para o compatriota Gustavo Heide. Em abril veio a primeira vitória em Masters 1000 de Madrid. Pouco tempo depois, Fonseca garantiu o seu primeiro título de Challenger na carreira ao vencer o australiano Li Tu (222º) em Lexington, nos EUA.

Os bons desempenhos continuaram e o brasileiro não demorou para se firmar no top-150 do mundo. A reta final foi essencial para garantir a sua classificação em oitavo e último lugar para o NextGen Finals. Por lá, a consagração de uma temporada histórica e um título que já lhe coloca entre os próximos gigantes do esporte. Isso porque João Fonseca se juntou a Jannik Sinner e Carlos Alcaraz, que venceram o torneio com a mesma idade de João.

Los Angeles 2028 é logo ali!

O amanhã é sempre incerto mas o tênis brasileiro caminha para um futuro extremamente promissor. Para além dos holofotes de João Fonseca, outros novos talentos começam a despontar precocemente, como Nauhany Vitória, que aos 14 anos de idade se tornou a atleta mais jovem do mundo no ranking da WTA. Por este e outros casos, as esperanças são de um Brasil dominante nos próximos anos.

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Paulista em terras mineiras. Jornalista pela Universidade Federal de Minas Gerais. Apaixonado por esportes.

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