Badminton nos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023
Se o badminton brasileiro comemorou muito os resultados históricos dos Jogos Pan-Americanos de Lima 2019, a sensação é que em Santiago-2023 a equipe pode ir ainda muito melhor. O individual masculino será representado pelo atual campeão Ygor Coelho, 45º melhor do mundo, e Jonathan Matias, 60º. O individual feminino contará com Juliana Vieira, 60ª do ranking mundial, e Samia Lima, 176º do ranking da Federação Internacional de Badminton (BWF).
A dupla masculina será formada por Davi Silva e Fabricio Faria, 81ª melhor parceria do ranking internacional. Já nas duplas femininas o Brasil terá duas parcerias. Uma delas é formada por Jaqueline Lopes Lima e Samia Lima, 49ª melhor dupla mundial, enquanto Sania Lima e Juliana Vieira, 61ª do mundo, fazem a outra parceria. Nas duplas mistas, outras duas chances de medalha: Fabricio Faria e Jaqueline Lopes Lima (52ª do ranking); Davi Silva e Samia Lima (54º).
+ SIGA O OTD NO YOUTUBE, TWITTER, INSTAGRAM, TIK TOK E FACEBOOK
Provas do badminton nos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023
Nossos pódios
Ygor Coelho entrou para a história do Brasil nos Jogos Pan-Americanos ao conquistar a primeira medalha de ouro do país no badminton. Para chegar à conquista, o atleta do Rio de Janeiro superou o canadense Brian Yang na final de Lima-2019 em sets diretos com parciais de 21/19 e 21/10.
Antes de Ygor Coelho, em Guadalajara-2011, Daniel Paiola, então com 22 anos, se tornou o primeiro atleta do país a subir no pódio no torneio indivudal masculino de badminton em uma edição do Pan. Cabeça-de-chave número quatro, ele derrotou o mexicano Lino Muñoz em sets diretos (21/12 e 21/16) nas quartas de final e chegou às semifinais, garantindo o bronze, já que não há disputa de terceiro lugar na modalidade. O sonho de chegar à final e subir mais algum degrau no pódio parou em Kevin Córdon, que venceu a semifinal por 21/14 e 21/8 para ir à decisão e seguir até à conquista do título.
A estrela dos Jogos
O guatemalteco Kevin Cordón é o maior vencedor da história do torneio individual masculino na história dos Jogos Pan-Americanos. O atleta subiu no pódio pela primeira vez no Rio de Janeiro em 2007 ao ficar com a medalha de prata depois de perder para o então bicampeão Mike Beres, do Canadá.
Nas duas edições que vieram a seguir, no entanto, o atleta da Guatemala dominou o badminton nos Jogos Pan-Americanos ao ganhar o ouro em Guadalajara 2011 e Toronto 2015, derrotando na final, respectivamente, Osleni Guerrero, de Cuba, e Andrew D’Souza, do Canadá.
Em Lima 2019, Kevin Córdon subiu pela quarta vez no pódio ao conquistar a medalha de bronze.
Medalhistas
Quadro de medalhas
A estrela dos Jogos
O Canadá é a grande força do badminton feminino na história dos Jogos Pan-Americanos. Além do país ter vencido quatro das sete edições do torneio individual, ainda levou mais sete medalhas de prata e seis bronzes, totalizando 17 pódios. Três dos quatro ouros foram conquistados por Michelle Li, campeã em Guadalajara 2011, Toronto 2015 e Lima-2019.
Além de duas medalhas individuais, Michele Li foi campeã em Guadalajara-2011 e bronze em Toronto-2015 nas duplas femininas. No total, ela tem quatro ouros e um bronze no badminton em Jogos Pan-Americanos.
Medalhistas
Quadro de medalhas
Nossos pódios
O melhor resultado do Brasil nas duplas masculinas do badminton nos Jogos Pan-Americanos foi conquistado por Hugo Arthuso e Daniel Paiola, que conquistaram a medalha de prata em Toronto-2015. Os dois foram derrotados na final pelos americanos Phillip Chew e Sattawart Pongnairat.
Além da medalha de prata conquistada em Toronto-2015, o Brasil soma mais dois bronzes nas duplas masculinas do badminton nos Jogos Pan-Americanos. Guilherme Kumasaka e Guilherme Pardo ficaram em terceiro lugar em Guadalajara-2011 e os irmãos Fabrício e Francielton Farias repetiram o resultado em Lima-2019.
Medalhistas
A estrela dos Jogos
Howard Bach, dos Estados Unidos, é o maior vencedor do torneio masculino de duplas dos Jogos Pan-Americanos. O atleta ganhou duas medalhas de ouro e uma de prata entre 2003 e 2011. Nos Jogos de Santo Domingo, ele subiu no lugar mais alto do pódio ao lado de Mark Manha. No Rio de Janeiro, ficou com a prata jogando com Bob Malaythong. Em Guadalajara, ele voltou a colocar a medalha de ouro no peito, mas novamente com um parceiro diferente: Tony Gunawan.
Quadro de medalhas
Nossos pódios
As irmãs Lohaynny e Luana Vicente fizeram história ao ganhar a medalha de prata no torneio de duplas feminino dos Jogos Pan-Americanos Toronto 2015. As duas estrearam nas quartas de final com uma vitória sobre as dominicanas Bermany Muñoz e Daigenis Saturria sem dificuldades por 21/8 e 21/10. Na semifinal, o triunfo foi sobre as canadenses Alex Bruce e Phillys Chan por 22/20 e 21/14. Na decisão, no entanto, elas não foram capazes de superar Eva Lee e Paula Obanana, dos Estados Unidos, que venceram por 21/14 e 21/6. Na época, as irmãs Vicente eram as 37ªs. colocadas do ranking mundial.
Nos Jogos Pan-Americanos de Lima-2019, o Brasil conquistou duas medalhas de bronze nas duplas femininas do badminton. Jaqueline Lima/Samia Lima e Fabiana Silva/Tamires Santos perderam nas semifinais e dividiram o terceiro lugar.
A estrela dos Jogos
A americana Eva Lee é a maior vencedor do torneio feminino de duplas da história do badminton nos Jogos Pan-Americanos. A primeira medalha dela foi a de ouro no Rio de Janeiro 2007 jogando ao lado de Mesinee Mangkalariki. Em Guadalajara 2011, ela foi bronze ao lado de Paula Obanana, mesma parceira com quem conquistou o título em Toronto 2015. Ao todo, ela tem duas medalhas de ouro e uma de bronze. O Canadá, no entanto, é o país com mais títulos nas duplas femininas com quatro ouros, quatro pratas e três bronzes. Aliás, as canadenses só não venceram os Jogos Pan-Americanos nos dois anos em que Eva Lee ficou com a medalha de ouro.
Medalhistas
Quadro de medalhas
Nossos pódios
Lohaynny Vicente e Alex Tjong conquistaram em Toronto 2015 a primeira medalha brasileira no torneio de duplas mistas do badminton nos Jogos Pan-Americanos. Para chegar lá, eles derrotaram na estreia por 21/10 e 21/18 os guatemaltecos Humblers Heymard e Nikte Sotomayor. Nas oitavas de final, a vitória veio sobre os campeões de 2007, os americanos Howard Bach e Eva Lee por 21/17 e 21/18.
O resultado empolgou os brasileiros, que eliminaram nas quartas de final os jamaicanos Gareth Henry e Katherine Wynter por 21/11 e 21/17. Na semifinal, no entanto, eles não resistiram aos canadenses Toby NG e Alex Bruce, perderam por 21/17 e 21/16 e acabaram com a medalha de bronze.
Em Lima-2019, Fabrício Farias e Jaqueline Lima repetiram a proeza. Eles venceram Samuel Ricketts (JAM)/Tania Richardson (JAM), Leodannis Palacio (CUB)/Yeily Rodriguez (CUB) e Nelson Xavier (DOM)/Nairoby Jimenez (DOM). Nas semifinais, foram derrotados para os campeões Joshua Hurlburt-Yu e Josephine Wu, do Canadá, e terminaram com a medalha de bronze.
A estrela dos Jogos
A maior vencedor do torneio de duplas mistas no badminton na história dos Jogos Pan-Americanos é a canadense Denyse Julien. Ela faturou a medalha de ouro nas três primeiras edições disputadas: Mar Del Plata 1995 com Darryl Yung, Winnipeg 1999 com Iain Sydie e Santo Domingo 2003 com Phillipe Bourret. Além desses três ouros, a atleta foi campeã em 1995 no individual e nas duplas femininas. Ela também ganhou prata nas duplas femininas em 1999 e 2003 e bronze no individual em 1999. Ao todo, foram oito medalhas, cinco de ouro, duas de prata e uma de bronze
Medalhistas
Quadro de medalhas
Quadro geral de medalhas do badminton nos Jogos Pan-Americanos
Ordem | País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
---|---|---|---|---|---|
1 | Canadá | 21 | 22 | 12 | 55 |
2 | Estados Unidos | 10 | 8 | 18 | 36 |
3 | Guatemala | 2 | 2 | 5 | 9 |
4 | Brasil | 1 | 2 | 7 | 10 |
5 | Jamaica | 1 | 0 | 5 | 6 |
6 | Cuba | 0 | 1 | 2 | 3 |
7 | Peru | 0 | 0 | 15 | 15 |
8 | México | 0 | 0 | 4 | 4 |
9 | República Dominicana | 0 | 0 | 1 | 1 |
Trinidad e Tobago | 0 | 0 | 1 | 1 | |
Totais | 35 | 35 | 70 | 140 |
O Badminton
Badminton é um esporte dinâmico praticado entre dois ou quatro jogadores. Ainda que seja semelhante ao tênis, que usa raquetes e está dividido por uma rede, ele possui suas peculiaridades. Ao invés de uma bola, ele é jogado com uma espécie de peteca, chamada de volante ou birdie. Ao contrário do que se possa imaginar, ela atinge velocidade superior a de uma bola de tênis, podendo chegar até 300 km/h.
O objetivo do jogo é fazer a peteca tocar no campo adversário. Dessa forma o atleta ou dupla marcam um ponto no placar. Aquele que deixar o volante cair dentro do seu lado do campo ou projetar o volante para fora do campo perde a jogada. Cada jogo é disputado numa melhor de três sets. Os pontos são corridos e o primeiro jogador a atingir 21 pontos ganha o set. Para finalizar o set, é necessário ter uma diferença de 2 pontos sobre o adversário. Mas cada set pode chegar, no máximo, aos 30 pontos. Caso os jogadores empatem em 29 a 29, o set termina com o famosos pontos dourados, terminando nos 30 pontos.
Existe um intervalo de 2 minutos entre os sets e um intervalo de 1 minuto quando alcançados os primeiros 11 pontos de um jogador. Ganha o jogo quem vencer 2 sets.