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Individual masculino

Jogos Pan-Americanos – Lima 2019 – Badminton – Individual Masculino

Chances do Brasil

Nascido na comunidade da Chacrinha no Rio de Janeiro (veja vídeo acima), Ygor Coelho aprendeu a jogar badminton na Associação Miratus, projeto social montado no local por seu pai, Sebastião Oliveira. Talentoso, quando garoto, colecionou títulos pan-americanos nas categorias de base. Como adulto, sagrou-se bicampeão do Campeonato Pan-Americano em 2017 e 2018. Além disso, desde 2017, quando chegou a alcançar o top-30 do ranking mundial, é o atleta mais bem colocado das Américas na lista dos melhores do planeta.

Com esses números, tudo leva a crer que o brasileiro seja favorito disparado ao ouro, certo? Errado! Acontece que Ygor Coelho tem convivido com lesões desde a temporada passada e ainda não conseguiu voltar a repetir o desempenho de seus melhores momentos. Em 2019, ele, inclusive, deixou escapar a chance de ser tricampeão do Campeonato Pan-Americano ao ser eliminado nas quartas de final pelo mexicano Job Castillo. O título acabou nas mãos do cubano Osleni Guerrero, que derrotou na final o guatemalteco Kevin Gordon, atual bicampeão dos Jogos Pan-Americanos. Algoz de Coelho, Castillo ficou com a medalha de bronze ao lado do canadense Jason Ho-Shue.

Apesar disso, Ygor Coelho vai chegar sim aos Jogos Pan-Americanos Lima 2019 como um dos favoritos. Alcançar ou não a histórica medalha de ouro só depende dele alcançar novamente o seu melhor nível de jogo. Se isso acontecer, dificilmente o carioca será batido.

Local da competição

Estádio Centro Deportivo Pan-Americano (Ginásio Poliesportivo 2)

Local: Lima

Capacidade: 1.000 torcedores

A estrela dos Jogos

O guatemalteco Kevin Cordón é o maior vencedor da história do torneio individual masculino na história dos Jogos Pan-Americanos Lima 2019. O atleta subiu no pódio pela primeira vez no Rio de Janeiro em 2017 ao ficar com a medalha de prata depois de perder para o então bicampeão Mike Beres, do Canadá. Nas duas edições que vieram a seguir, no entanto, o atleta da Guatemala dominou os Jogos Pan-Americanos ao ganhar o ouro em Guadalajara 2011 e Toronto 2015, derrotando na final, respectivamente, Osleni Guerrero, de Cuba, e Andrew D’Souza, do Canadá. Em Lima 2019, Kevin Córdon chega mais uma vez como um dos favoritos, mas terá no brasileiro Ygor Coelho, melhor das Américas no ranking mundial desde 2017, como principal e mais temido rival.

Nossos pódios

Os Jogos Pan-Americanos Guadalajara 2011 foram históricos para o badminton brasileiro. Então com 22 anos, Daniel Paiola se tornou o primeiro atleta do país a subir no pódio no torneio indivudal masculino de badminton em uma edição do Pan.

Cabeça-de-chave número quatro, ele derrotou o mexicano Lino Muñoz em sets diretos (21/12 e 21/16) nas quartas de final e chegou às semifinais, garantindo o bronze, já que não há disputa de terceiro lugar no badminton. O sonho de chegar à final e subir mais algum degrau no pódio parou em Kevin Córdon, que venceu a semifinal por 21/14 e 21/8 para ir à decisão e seguir até à conquista do título.

Medalhistas

ANO Medalha de ouro Medalha de prata Medalha de bronze
1995 Jaimie Dawson
Canadá
Iain Sydie
Canadá
Mario Carulla
Peru
Kevin Han
EUA
1999 Kevin Han
EUA
Stuart Arthur
Canadá
Mario Carulla
Peru
Pedro Alejandro Yang
 Guatemala
2003 Mike Beres
Canadá
Andrew Dabeka
Canadá
Kyle Hunter
Canadá
Pedro Alejandro Yang
 Guatemala
2007 Mike Beres
Canadá
Kevin Cordón
 Guatemala
Rodrigo Pacheco
Peru
Eric Go
EUA
2011 Kevin Cordón
 Guatemala
Osleni Guerrero
Cuba
Charles Pine
Jamaica
Daniel Paiola
Brasil
2015 Kevin Cordón
 Guatemala
Andrew D’Souza
Canadá
Howard Shu
EUA
Osleni Guerrero
Cuba

Quadro de medalhas

Ordem País Medalha de ouro Medalha de prata Medalha de bronze Total
1  Canadá 3 3 1 7
2  Guatemala 2 1 2 5
3  EUA 1 0 3 4
4  Cuba 0 1 1 2
5  Peru 0 0 3 3
6  Brasil 0 0 1 1
7  Jamaica 0 0 1 1

O esporte

Badminton é um esporte dinâmico praticado entre dois ou quatro jogadores. Ainda que seja semelhante ao tênis, que usa raquetes e está dividido por uma rede, ele possui suas peculiaridades. Ao invés de uma bola, ele é jogado com uma espécie de peteca, chamada de volante ou birdie. Ao contrário do que se possa imaginar, ela atinge velocidade superior a de uma bola de tênis, podendo chegar até 300 km/h.

O objetivo do jogo é fazer a peteca tocar no campo adversário. Dessa forma o atleta ou dupla marcam um ponto no placar. Aquele que deixar o volante cair dentro do seu lado do campo ou projetar o volante para fora do campo perde a jogada. Cada jogo é disputado numa melhor de três sets. Os pontos são corridos e o primeiro jogador a atingir 21 pontos ganha o set.  Para finalizar  o set, é necessário ter uma diferença de 2 pontos sobre o adversário. Mas cada set pode chegar, no máximo, aos 30 pontos. Caso os jogadores empatem em 29 a 29, o set termina com o famosos pontos dourados, terminando nos 30 pontos.

Existe um intervalo de 2 minutos entre os sets e um intervalo de 1 minuto quando alcançados os primeiros 11 pontos de um jogador. Ganha o jogo quem vencer 2 sets.