Com extrema tradição no salto triplo masculino com campeões como Adhemar Ferreira da Silva, João Carlos de Oliveira, o João do Pulo, e Jadel Gregório, o Brasil liderou o quadro de medalhas da prova até Guadalajara-2011 e só foi ultrapassado por Cuba no número de ouros em Toronto-2015. Quarto colocado em Lima-2019, Almir Júnior será o único representante do país em Santiago-2023 na missão de recuperar a hegemonia.
No feminino, Núbia Soares, atleta de muito potencial, mas que tem sofrido com lesões nos últimos anos, vai tentar recuperar a boa fase nos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023. Ela vai representar o Brasil ao lado de Gabriele Sousa dos Santos.
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Nossos pódios
Maior nome da história do salto triplo brasileiro, o bicampeão olímpico Adhemar Ferreira da Silva também deixou sua marca nos Jogos Pan-Americanos. Entre suas conquistas nas Olimpíadas em 1952 e 1956, ele reinou no Pan ao faturar as três primeiras edições: Buenos Aires 1951, Cidade do México 1955 e Chicago 1959.
Depois de Adhemar Ferreira da Silva, se seguiu uma legião de bons saltadores defendendo as cores do Brasil. Em São Paulo 1963, Mário Gomes foi bronze. Nelson Prudêncio foi duas vezes prata, em Winnipeg 1967 e Cali 1971. Veio então a era de João Carlos de Oliveira, o João do Pulo, bicampeão na Cidade do México 1975 e San Juan 1979. Em sua primeira conquista, o brasileiro estabeleu o recorde do salto triplo nos Jogos Pan-Americanos, 17m89, que perdura até hoje.
Depois de medalhar no salto triplo nas oito primeiras edições dos Jogos Pan-Americanos, o Brasil, nas cinco competições seguintes, só conseguiu a prata com Anísio Silva em Havana 1991. Os bons resultados voltaram para valer com Jadel Gregório, prata em Santo Domingo 2003 e ouro no Rio de Janeiro 2007. Em Guadalajara 2011, Jefferson Sabino ficou com o bronze.
A estrela dos Jogos
O cubano Yoelbi Quesada é o maior vencedor da história do salto triplo nos Jogos Pan-Americanos. Com três ouros e um bronze, ele superou a lenda Adhemar Ferreira da Silva, que foi tricampeão da prova. A primeira conquista dele foi em casa: Havana 1991. Depois, ele repetiu o feito em Mar Del Plata 1995 e Winnipeg 1999. Para ultrapassar o genial brasileiro, ele ficou em terceiro lugar em Santo Domingo 2003.
Além das conquistas em Jogos Pan-Americanos, Yoelbi Quesada fez história no salto triplo nas principais competições esportivas. Foi medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Atlanta 1996 e, no ano seguinte, foi campeão mundial em Atenas. No Mundial indoor, foi prata em Barcelona 1995 e bronze em Birmingham 2003.
Medalhistas
Quadro de medalhas
Nossos pódios
Keila Costa é a responsável por ter colocado duas vezes o Brasil no pódio do salto triplo feminino dos Jogos Pan-Americanos. A primeira vez foi em casa com a medalha de prata no Rio 2007. Ela saltou 14,38m, mas não conseguiu se aproximar da cubana Yargevis Savigne, que foi campeão com 14,08m.
Oito anos depois, em Toronto 2015, Keila Costa voltou a repetir o feito. Ela saltou 14,50m, mas também ficou longe da poderosa colombiana Caterine Ibarguen, que alcançou 15,08m para quebrar o recorde dos Jogos Pan-Americanos, que pertencia a ela mesma.
A estrela dos Jogos
Medalhista de prata na Olimpíada de Londres 2012 e de ouro na Rio 2016 e pódio quatro vezes em Mundiais (bronze em 2011, ouro em 2013 e 2015 e prata em 2017), a colombiana Caterine Ibarguen é a maior vencedora da história do salto triplo feminino nos Jogos Pan-Americanos. Ela é a atual bicampeã da prova, que começou a ser disputada apenas em Mar Del Plata 1995, e vai tentar o tri, aos 35 anos, em Lima 2019.
Medalhistas
Quadro de medalhas
A prova
O Salto Triplo é uma combinação de três saltos sucessivos que terminam com a queda numa caixa de areia. A prova inicia-se com uma corrida de impulso. O salto começa com o contacto da perna de impulsão tocando o solo (maior absorção de impacto); segue-se uma pequena flexão da perna de impulsão (maior tensão elástica); nesse momento a perna de impulsão sofre grande pressão (até 6 vezes o peso do atleta), sendo que quanto maior o ângulo maior a pressão. A chamada é realizada com um movimento de patada, onde o saltador faz um movimento brusco com a perna para trás e para cima, tentando assim reduzir a perda de velocidade horizontal. O ângulo resultante de saída é menor que o salto da distância. Por fim, na fase de voo, deve-se corrigir o equilíbrio através da rotação horizontal dos braços, colocando o centro de gravidade no lugar.
A Federação Internacional de Atletismo descreve a mecânica obrigatória do salto da seguinte maneira:”o salto deve ser feito de tal maneira que o atleta pouse, no primeiro salto, com o mesmo pé com que ele saltou após a corrida; o segundo salto deve pousar com o pé trocado, o qual serve de impulsão para o salto final dentro da caixa de areia”.
Os saltos são invalidados caso o atleta pise na borda ou em algum ponto tábua de impulsão. A marca é medida da ponta da tábua até a primeira marcação do corpo do saltador na caixa de areia. Assim como em várias outras modalidades do atletismo, marcas conseguidas com vento a favor superior a 2 m/s não são consideradas para recordes.