Pela primeira vez na história, o Brasil está nas quartas de final do Campeonato Mundial de handebol masculino. A seleção brasileira faz uma campanha histórica até aqui, com cinco vitórias em seis jogos, incluindo triunfos inéditos contra algumas tradicionais equipes da Europa. Além disso, é a primeira vez que uma equipe da América do Sul chega tão longe na competição.
O handebol é um esporte tradicionalmente forte na Europa, com o velho continente dominando o Campeonato Mundial. A edição de 2025 é apenas a quarta na história com dois times de não europeus nas quartas de final. O Egito foi uma das seleções em todas essas ocasiões, ao lado de Coreia do Sul em 1997, Cuba em 1999 e Catar em 2021. Agora, a seleção africana tem a companhia do Brasil no top-8 do Mundial de handebol masculino.
“Eu acho que esse desempenho nosso não é só para o handebol brasileiro, mas também para toda a América do Sul. Nossos vizinhos de Argentina e Chile nos deram parabéns pelos nossos resultados e isso mostra que temos talento por aqui. Isso é muito importante para nós, porque mostra o nosso crescimento. O trabalho é bem feito e tem que continuar”, comentou Haniel Langaro em entrevista ao site da Federação Internacional de Handebol (IHF).
Força no gol
Além de Brasil e Egito, as outras equipes nas quartas de final são Croácia, Hungria, Alemanha, França, Dinamarca e Portugal. A seleção brasileira não tem um ataque tão forte quanto as outras equipes que estão no top-8 do Campeonato Mundial. Assim, a chave para o sucesso verde e amarelo foi a defesa. O Brasil é o nono time que menos sofreu gols na competição e conta com a segunda melhor dupla de goleiros do Mundial. Rangel Rosa e Mateus Buda defenderam 38,3% dos chutes em direção ao gol brasileiro, atrás apenas dos goleiros da Dinamarca nesta estatística.
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Rangel é o grande destaque da campanha brasileira até aqui. Terceiro goleiro com mais defesas no Campeonato Mundial e quem mais pegou tiros de 7m na competição. “Eu acho que nossa preparação foi muito boa. Tenho a confiança dos meus colegas de time e do meu técnico. Assim, tudo dá certo em quadra e eu consigo dar o meu melhor”, disse o goleiro. Rangel ganhou duas vezes neste Mundial o prêmio de MVP da partida, contra Noruega e Suécia e ainda não acredita no resultado que o Brasil construiu até aqui. “É uma loucura estar nas quartas de final. Parece um sonho”, concluiu.
Duelo duro nas quartas de final
Mas a seleção brasileira não terá tarefa fácil nas quartas de final do Mundial de handebol masculino. O próximo adversário do Brasil será a Dinamarca, atual tricampeã mundial e medalhista de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris no ano passado. O destaque do time é Mathias Gidsel, MVP da Olimpíada e artilheiro do Mundial até aqui com 49 gols. Na defesa, o time também conta com o goleiro Emil Nielsen, que lidera as estatísticas da posição com 44% de aproveitamento.
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Mesmo com o favoritismo dinamarquês, há chances para o Brasil, que não era o favorito em várias partidas deste Campeonato Mundial, mas conseguiu superar fortes adversários para colocar a América do Sul no top-8 da competição. “Eles são os favoritos, não só para ganhar da gente, mas para vencer o mundial. Acho que temos que tirar vantagem dessa oportunidade. Como eu disse, o que estamos fazendo é especial para nós no Brasil, mas também para todo o handebol sul-americano”, analisou Haniel.
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