O Brasil vive o melhor momento de sua história na ginástica rítmica. Nesta temporada, o país obteve resultados expressivos no Mundial, nas Copas do Mundo e nos Jogos Pan-Americanos e conseguiu bater de frente com as principais potências mundiais da modalidade. Depois de tantas conquistas, o próximo passo é uma medalha olímpica. É isto o que projeta Camila Ferezin, treinadora da equipe brasileira de conjunto, que diz ser possível um pódio em Paris-2024.
- Osasco se recupera de susto e vira vice-líder da Superliga
- Larissa Silva marca seis vezes e Gran Canaria vence no Espanhol
- Com atropelo após intervalo, União Corinthians vence Corinthians
- Sesi Franca derrota Vasco e segue na briga pelo G4 do NBB
- Pinheiros bate o Brusque e vence segunda seguida na Superliga
“A nossa meta nos Jogos Olímpicos de Paris é conquistar medalha. Nós sabemos que é possível e estamos na briga. Vamos fazer um trabalho minucioso em busca desse pódio. Mas tenho certeza de que um resultado inédito vai vir. Sabemos que é a nossa oportunidade e temos muita confiança nisso”, falou Camila Ferezin, logo após receber o prêmio de melhor técnica individual do país no Prêmio Brasil Olímpico, na última sexta-feira (15).
Nova série mista
Os resultados de 2023 credenciam o conjunto brasileiro como candidato ao pódio em Paris-2024. Isto porque a equipe faturou cinco medalhas em etapas de Copa do Mundo, três ouros no Pan de Santiago-2023 e dois top-6 no Mundial. No entanto, cabe lembrar que somente uma prova vale medalhas para a ginástica rítmica em Olimpíadas: a disputa geral, que reúne a soma das apresentações dos cinco arcos e da série mista (três fitas e duas bolas).
Considerando a disputa geral do último Mundial, o Brasil ficou em sexto lugar, com o acumulado de 65.000. O conjunto fez uma apresentação impecável nos cinco arcos, mas cometeu uma falha nas três fitas e duas bolas. Apesar disso, o top-6 foi mais do que suficiente para assegurar a vaga olímpica para Paris-2024. Agora, pensando na Olimpíada, o time verde-amarelo terá novidades em sua série mista.
“Nós estamos com as coreografias prontas, montamos uma nova série mista e vai surpreender bastante. Tenho certeza que os brasileiros vão gostar muito e até os gringos. Eles vão cantar junto com a gente a nossa música e tenho certeza que vai vir coisa boa aí”, revelou Camila. Apesar de não haver maiores detalhes sobre a nova série, já se sabe que ela terá um ritmo brasileiro, indo em contrapartida à música anterior, que era “Smile”, de Charles Chaplin.
Medalha no Mundial também é sonho
Ainda sobre o último Mundial, o conjunto brasileiro disputou a final dos cinco arcos e, ao som de “I Wanna Dance With Somebody”, de Whitney Houston, terminou em quarto lugar, apenas 0.05 pontos distante do pódio. Agora, a chance por uma medalha inédita ficará para a próxima edição da competição, em 2025, cuja sede será o Rio de Janeiro. Será a primeira vez que o Brasil receberá um Mundial de ginástica rítmica.
“Todo dia eu acordo, me belisco e pergunto: ‘É verdade?’. É um sonho o que a gente está vivendo, trazer tantos resultados inéditos e históricos no nosso país e agora com a notícia de ter um Mundial, que era algo tão distante. Essa medalha, que não veio por pouco nesse ano, tenho certeza que vai vir. Eu e a comunidade da ginástica estamos muito felizes. Seguimos cada vez mais motivados para seguir conquistando resultados inéditos”, completou a treinadora.