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Ginástica Rítmica

Brasil se candidata para ser sede do Mundial em 2025

Com apoio do Governo Federal, a CBG oficializou candidatura para que o Rio receba o próximo Mundial de ginástica rítmica

Atletas brasileiras e ministro André Fufuca com placa de candidatura para o Mundial de ginástica rítmica de 2025
(Foto: Bruno Peres)

O Brasil oficializou nesta terça-feira (14) sua candidatura para que o Rio de Janeiro seja a sede do Mundial de ginástica rítmica de 2025. O país protocolou a documentação junto à FIG (Federação Internacional de Ginástica) em uma cerimônia em Brasília, que contou com a presença de dirigentes da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), atletas da modalidade e membros do Governo Federal, incluindo o ministro do Esporte, André Fufuca, e o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Márcio Macedo.

“Hoje é um dia histórico para o esporte brasileiro, em especial a ginástica rítmica. Estamos anunciando o apoio do Ministério do Esporte para as garantias que darão direito ao Brasil de ser sede do Mundial de ginástica rítmica de 2025. Nós queremos trazer esse campeonato para a Cidade Maravilhosa, o Rio de Janeiro, e mostrar ao país e ao mundo a capacidade, a qualidade e a técnica das nossas ginastas. O Brasil deu show no Pan-Americano, vem dando show em todas as competições que participa e não vai ser diferente na nossa casa”, falou Fufuca.

Mundial pode ser histórico

Ao longo de 40 edições do Mundial de ginástica rítmica, a Europa foi o palco do evento em 35 oportunidades. As outras seis ocorreram em Cuba (1999), Japão (1999, 2009 e 2021) e Estados Unidos (2002). As sedes dos Mundiais de 2026 e de 2027 já estão definidas (serão em Berlim, na Alemanha, e em Baku, no Azerbaijão, respectivamente), mas a de 2025 ainda está vaga. Portanto, caso o Brasil seja sede, será a primeira vez da competição na América do Sul.

Barbara Domingos com medalhas nos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023
Babi Domingos conquistou três ouros no Pan de Santiago (Foto: Ricardo Bufolin/CBG)

Atualmente, o Brasil vive o melhor momento de sua história na ginástica rítmica, tendo seis vagas asseguradas em Paris-2024. No último Mundial, em agosto, o conjunto terminou em quarto lugar nos cinco arcos e Bárbara Domingos foi 11ª colocada no individual geral. Ademais, o país foi ao pódio sete vezes nas etapas de Copa do Mundo desta temporada. Nos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023, encerrados há dez dias, a ginástica rítmica brasileira conquistou todos os oito ouros que estavam em disputa na modalidade.

“Acreditamos que a solicitação brasileira sensibilizará a FIG. Somos um país enorme, com grande peso internacional e mais de 200 milhões de habitantes. O Brasil está cada vez mais apaixonado pela Ginástica Rítmica, modalidade que se consagrou como a mais vitoriosa do país nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, à frente dos demais esportes olímpicos no quadro de medalhas do Time Brasil. Além disso, a presença brasileira nos pódios nas etapas de Copas do Mundo tem se tornado cada vez mais frequente. Observamos grande admiração pelo nosso progresso na modalidade em todo o mundo. Diante disso, tenho a expectativa de que a FIG olhe com carinho para o nosso pedido”, afirma Luciene Resende, presidente da CBG.

O processo

A ideia do Brasil de receber o Mundial de ginástica rítmica surgiu há cerca de três meses, logo após a realização da última edição da competição, que ocorreu em Valência, na Espanha. Naquela ocasião, o Brasil brigava por uma inédita medalha conjunto dos cinco arcos, mas perdeu o lugar no pódio justamente para as donas da casa, em uma apresentação que teve algumas controvérsias.

meninas do conjunto do Brasil na apresentação da série mista no Mundial de ginástica rítmica
Conjunto brasileiro na apresentação dos cinco arcos no Mundial (Foto: Ricardo Bufolin/CBG)

Assim, o interesse em sediar um Mundial era para que o “fator casa” não prejudicasse o Brasil na busca por um histórico pódio na modalidade. Agora, depois de um processo nos bastidores, a CBG conseguiu oficializar sua candidatura, recebendo apoio do Governo Federal e da União Pan-Americana de Ginástica (UPAG). Além dos dirigentes, estiveram presentes em Brasília as ginastas Maria Eduarda Alexandre, Babi Domingos, Duda Arakaki e Nicole Pírcio.

Paulistano de 23 anos. Jornalista formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Estou no Olimpíada Todo Dia desde 2022. Cobri a Universíade de Chengdu, o Pan de Santiago-2023, a Olimpíada de Paris-2024 e a Paralimpíada de Paris-2024.

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