Após se tornar medalhista olímpica em Paris-2024, a vida de Flávia Saraiva pouco mudou. A atleta segue trabalhando diariamente para realizar outros sonhos dentro da ginástica. Se recuperando de uma cirurgia no ombro, feita após a Olimpíada, ela está ainda em recuperação ao longo desse primeiro semestre do ano. Em entrevista ao OTD, a ginasta falou sobre o desejo de competir no Mundial de 2025, que acontecerá em outubro na Indonésia, e a vontade de finalmente ganhar uma medalha na trave.
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No ano passado, Flávia Saraiva teve uma lesão no ombro durante a preparação para os Jogos Olímpicos, o que limitou o seu desempenho no Troféu Brasil de ginástica artística, além de não conseguir fazer todas as suas dificuldades no solo em Paris, por exemplo. Após voltar da França com a medalha de bronze por equipes, Flavinha passou por um procedimento cirúrgico no ombro direito para tratar a lesão e iniciar o novo ciclo olímpico com o seu corpo nas melhores condições possíveis.
“Estou voltando a treinar aos poucos por causa da cirurgia, fiquei um bom tempo parada em 2024, uns quatro meses. E agora estou voltando a apoiar o braço, fazendo alguns exercícios. Então a gente tem feito de uma forma bem gradativa mesmo, para que a volta seja a melhor possível, já que a gente tem tempo”, explicou Flavinha ao OTD.
Provas consolidadas
No seu retorno, Flávia Saraiva deve ter poucas mudanças na composição das suas séries. O código de pontuação sofreu algumas alterações para esse ciclo olímpico, mas a ginasta ainda não trabalha em mudanças nas suas provas, enquanto se recupera da cirurgia. Mesmo sem trocas, Flávia Saraiva já tem séries competitivas na trave e no solo para brigar por medalhas nos dois aparelhos em Campeonatos Mundiais e Olimpíada, além de fazer boas provas no salto e nas barras assimétricas para ser uma das concorrentes no individual geral.
Se as barras assimétricas já foram o calcanhar de Aquiles de Flavinha, isso não acontece mais. Após algumas lesões no tornozelo em 2021 e 2022, a atleta focou no aparelho enquanto não podia treinar os demais. E assim, montou uma boa prova junto com o técnico Chico Porath. “Mas paralela por exemplo, eu não vou mudar porque aquela virou a minha série. Só sei fazer ela. Não tem mais o que mudar”, brincou Flávia que mesmo sobre pressão, fez uma ótima apresentação no aparelho na final por equipes dos Jogos Olímpicos, após sofrer um corte no supercílio em uma queda no aquecimento da prova.
“Eu tenho que ganhar uma medalha na trave!”
Flávia Saraiva também falou sobre os seus principais aparelhos. Desde 2015, Flávia Saraiva está entre as melhores ginastas do mundo na trave, com direito a duas finais olímpicas no aparelho. Em Paris, ela teve uma queda na qualificação que a tirou da final. Mas no individual geral, por exemplo, Flávia conseguiu uma nota que seria suficiente para a medalha de prata. E a sonhada medalha no aparelho é uma das metas da ginasta neste ciclo olímpico. “Eu tenho que ganhar uma medalha na trave!”, brincou Flavinha. Ela disse que deve manter a base da sua série atual, sem grandes alterações.
No solo, onde Flávia sempre se destacou pela sua expressividade, a ginasta gostaria de ter uma nova coreografia, apesar da mudança ainda não ser uma certeza. Em Paris-2024, ela se apresentou com um “Can Can” que levantou a Arena Bercy. Perguntamos se ela manteria o ritmo francês para este ano e Flávia mandou na lata: “Não, chega de Can Can.” Mas depois, ela disse que isso ainda seria decidido junto com a comissão técnica da seleção brasileira e o coreógrafo Rhony Ferreira.
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