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Ginástica Artística

Rebeca Andrade projeta ciclo olímpico e quer ‘ajudar equipe’

Rebeca Andrade, maior medalhista do Brasil em Olimpíadas, regressou aos treinos nesta semana no Rio de Janeiro e começou a preparação para o ciclo de Los Angeles-2028

Rebeca Andrade
Rebeca Andrade regressou aos treinos pensando no ciclo para Los Angeles-2028 (Foto: Wander Roberto/COB)

Principal nome da ginástica artística brasileira, Rebeca Andrade voltou aos treinos no Centro de Treinamento do Time Brasil, no Rio de Janeiro. A maior medalhista do Brasil em Olimpíadas regressou às atividades e começou a preparação para um novo ciclo Em 2028, a atleta campeã no salto, em Tóquio-2020, e no solo, em Paris-2024, tem como meta participar de sua quarta edição do megaevento, a edição de Los Angeles-2028, nos Estados Unidos. Protagonista de seis pódios olímpicos, a competidora deu entrevista ao Comitê Olímpico do Brasil (COB) e destacou seus planos para os próximos quatro anos.

“Estou cuidando muito da minha mente e do meu corpo. Pretendo não fazer solo, então acho que vou ter um período bom de recuperação para poder me manter bem fisicamente e ajudar a equipe. Este é um ano mais tranquilo, a gente tem Mundial, mas não é por equipes. Já 2026 vai ser mais importante porque vale a vaga olímpica, as três equipes que subirem no pódio já estão classificadas, então a gente vai treinar muito! Agora, em 2026, em 2027, 2028… não importa (risos)”, disse Rebeca Andrade, que quer garantir a vaga para Los Angeles o quanto antes.

“Vamos treinar muito todos os anos para que a gente consiga se classificar o mais rápido possível e possa chegar um pouco mais tranquila para as próximas competições, ainda mais confiantes”, concluiu a ginasta sobre os planos para o ciclo de Los Angeles-2028. Com 25 anos, Rebeca Andrade já conquistou seis medalhas olímpicas e está na história do esporte mundial. Além dos ouros, a atleta ganhou as pratas no individual geral em Tóquio-2020 e Paris-2024, o segundo lugar no pódio em Paris-2024 no salto e o bronze por equipes na edição da capital francesa ano passado.

Atleta melhor sendo feliz na vida pessoal

Rebeca Andrade continua bastante focada em sua profissão e deseja chegar no seu melhor nível em Los Angeles-2028. E, para isso, dará importância também para sua vida pessoal, fazendo as coisas que lhe deixam bem, que deixam ela relaxada. “Eu estou muito Barbie profissões. Quero começar a fazer aula de tênis, quero fazer altinha, sou péssima com qualquer esporte que tenha bola, mas eu quero aprender. E tendo um pouco mais de tempo, acho que posso viver essas coisas também porque são coisas que eu gosto de fazer, eu relaxo”, disse a atleta.

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“Assim como estar dentro do ginásio é importante, acho que fazer coisas no lado pessoal também é muito bom porque deixa a gente feliz, assim vou estar uma Rebeca melhor, uma atleta melhor. Gosto muito de cantar, de dançar, de ir à praia, fazer trilha… Quero viver outras coisas também”, complementou Rebeca Andrade. Após a participação em Paris-2024, a ginasta ainda treinou para participar do Brasileiro. Após a disputa da competição nacional, ela fez uma pausa nos treinos e teve compromissos pessoais, com o casamento da Jade e também realizou viagens com as companheiras e sozinha.

Medalha mais especial

Rebeca Andrade soma seis medalhas olímpicas, sendo duas delas de ouro. Apesar disso, a mais especial para ela não foi nenhuma das que esteve no topo do pódio. “A de bronze (por equipes), para mim, é a medalha mais importante. Não que as outras não tenham significado porque têm. O ouro foi incrível. Ver minha equipe toda chorando lá… eu fico arrepiada só de lembrar! Mas é que a gente queria tanto essa medalha, sabia muito que tinha essa capacidade, e aconteceram tantas coisas naquele dia… Cada menina passando pela sua situação no seu pessoal e a gente conseguiu blindar nossa mente para fazer esse sonho acontecer, isso foi bem significativo pra nós”, relembrou a ginasta.

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“Eu, que não sou uma pessoa de chorar, super me emocionei, fiquei muito orgulhosa das meninas porque eu queria muito. Queria muito ir pra Olimpíada com elas porque em Tóquio a gente não pôde. Ver que tínhamos capacidade e possibilidade de estar ali no pódio e sermos consideradas mais uma vez uma das equipes mais fortes do mundo, que foi o que aconteceu. A gente sabia que a gente era, e conseguiu mostrar aquilo e colocar pra fora, independentemente de erros e acertos. Conseguimos ter um bom resultado, então me orgulho bastante dessa medalha”, acrescentou Rebeca Andrade.

Diferenças entre Tóquio e Paris

Em Los Angeles-2028, Rebeca Andrade estará com 29 anos. Ela participou de Paris-2024 com 25 e tinha 21 quando competiu em Tóquio-2020. Além da idade, a atleta chegou ainda mais confiante em sua segunda participação olímpica. “Acho que, quando cheguei em Paris, as pessoas já me conheciam mais. Quando fui para Tóquio, sabiam do meu potencial e tudo, mas por conta das cirurgias as pessoas não esperavam tanto e, graças a Deus, deu tudo certo. Agora, chegando em Paris já com bastante tempo sem entrar numa sala de cirurgia, eu estava com o corpo mais preparado, mais confiante também”, disse.

“A confiança de acreditar ainda mais no nosso trabalho e saber que eu estava pronta, que não precisava fazer nada de diferente do que já faço no meu dia a dia porque eu me dedico todos os dias dentro do ginásio, então é só chegar lá e me dedicar mais uma vez. Ter a certeza de que fiz o meu máximo e tudo que eu podia sem arrependimentos, sem olhar pra trás e falar ‘nossa, poderia ter feito isso de diferente’, acertando ou errando. Eu gosto sempre de ter essa certeza, poder chegar lá e não me sentir nervosa para competir, estar feliz e fazer tudo com muita alegria, mostrar a Rebeca que eu sou, todo o potencial não só de atleta, mas também de ser humano”, concluiu Rebeca Andrade.

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