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Esgrima

FIE responde CBE e informa que não houve erro no Pré-Olímpico

Federação internacional revisa lances e constata que não houve erro em duelo de Alexandre Camargo no Pré-Olímpico

Alexandre Camargo durante jogo contra canadense no Pré-Olímpico das Américas de esgrima; FIE respondeu CBE e informou que não houve erro
(Foto: Miriam Jeske/COB)

A Federação Internacional de Esgrima (FIE) respondeu aos ofícios enviados pela Confederação Brasileira de Esgrima (CBE) e, após revisar os lances finais, informou que não houve erro de arbitragem durante o jogo decisivo da espada masculina no Pré-Olímpico das Américas, em que Alexandre Camargo acabou derrotado de virada e ficou sem vaga para Paris-2024.

A CBE alegou que houve um erro de arbitragem durante o jogo entre Alexandre Camargo e o canadense Nicholas Zhang, pela final do torneio classificatório, em San José, na Costa Rica. Segundo a entidade, o canadense teria executado um movimento irregular a três segundos do fim, quando conseguiu o 14º toque e empatou o jogo contra o brasileiro – onde posteriormente saiu vencedor.

De acordo com carta assinada pelo presidente interino da FIE, Emmanuel Katsiadakis, a situação foi discutida durante um encontro do Comitê Executivo da FIE em 25 de abril. Nele, a Comissão de Arbitragem da entidade analisou os lances solicitados pela CBE e constatou que não houve movimento irregular do canadense, tampouco erro de arbitragem.

A CBE dizia que o canadense teria feito um movimento intencional de queda a fim de evitar o toque, o que não é permitido. Após a revisão, a FIE chegou à conclusão de que o canadense conseguiu o toque no braço do brasileiro – que por sua vez errou o contra-ataque -, e somente depois escorregou e caiu. Sendo assim, não houve ilegalidade no lance, confirmando a decisão que já havia ocorrido na competição.

Sem vaga olímpica

A CBE sabia que o resultado do Pré-Olímpico não poderia ser modificado, mas solicitava que Alexandre Camargo também ficasse com uma vaga olímpica a fim de reparar a “injustiça ocorrida”. Nesse caso, a ideia é que ele herdasse uma das cotas da França, uma vez que o país recebeu seis vagas por ser sede do megaevento e não utilizou nenhuma delas.

Em reposta, a FIE disse que isto não será possível, já que essas vagas não utilizadas pelo país-sede só podem ser repassadas à Tripartite (destinada a países menores, normalmente), seguindo o próprio sistema qualificatório olímpico da esgrima. Assim, o Brasil terá três atletas na modalidade em Paris-2024: Nathalie Moellhausen (espada), Guilherme Toldo (florete) e Mariana Pistoia (florete).

Paulistano de 23 anos. Jornalista formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Estou no Olimpíada Todo Dia desde 2022. Cobri a Universíade de Chengdu, o Pan de Santiago-2023, a Olimpíada de Paris-2024 e a Paralimpíada de Paris-2024.

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