Depois de ser demitido de forma polêmica da diretoria de esportes do Comitê Olímpico do Brasil, Jorge Bichara está de volta à entidade. Considerado um dos grandes responsáveis pela melhor campanha da história do país nos Jogos Olímpicos com a conquista de sete ouros, seis pratas e oito bronzes em Tóquio-2020, ele retorna como consultor enquanto segue como diretor técnico da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), cargo que ocupa desde janeiro de 2023.
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Em entrevista exclusiva ao Olimpíada Todo Dia, em dezembro, o novo presidente do COB, Marco La Porta, revelou que estava conversando com a CBV para conseguir trazer Jorge Bichara de volta. O acerto aconteceu nesta quinta-feira (23) e o anúncio oficial acontece nesta sexta (24). Pelo acordo, Bichara segue na CBV até o fim da temporada de seleções do vôlei. Depois disso, ele deve voltar a ser o diretor de esportes do COB, cargo que ocupou de 2017 a 2022.
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Enquanto ele estiver como consultor do COB e diretor técnico da CBV, a diretoria de esportes vai ficar a cargo de Emanuel Rego, três vezes medalhista olímpico no vôlei de praia, que vai acumular a função com a de diretor geral do comitê, que ele assumiu agora em janeiro.
Volta da parceria de sucesso
Com o desfecho da negociação, Jorge Bichara volta a trabalhar com Marco La Porta, que foi o chefe de missão nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. A demissão de Bichara em março de 2022, inclusive, foi o começo da trajetória que levou La Porta à presidência do COB.
A saída do então do diretor de esportes escancarou na época o racha político dentro do COB. Vice-presidente da entidade na época, Marco La Porta sequer pôde argumentar quando o presidente Paulo Wanderley decidiu mandar embora Jorge Bichara. “O que eu sei é que eu não fui consultado. Eu não estava sabendo. Fiquei sabendo junto com todo mundo e discordo da decisão porque eu acho que o trabalho que o Bichara vinha fazendo era claramente excelente. A gente precisa continuar esse trabalho e agora vamos dar dez passos para trás com a saída do Bichara. Não podemos deixar que a política destrua tudo isso que vem sendo feito”, reclamou La Porta, na época, em entrevista ao OTD.
Começo da trajetória até a presidência
Depois do que aconteceu, apesar de ser vice-presidente do COB, Marco La Porta ficou de lado dentro da entidade. Chefe de missão em Lima-2019 e Tóquio-2020, ele nunca mais teve uma participação relevante na gestão de Paulo Wanderley. Enquanto isso acontecia, La Porta começou a se preparar com a intenção de lançar a sua candidatura.
Em março do ano passado, ele deixou a vice-presidência para poder concorrer às eleições. Em pouco tempo, montou a chapa com Yane Marques, medalhista olímpica do pentatlo moderno em Londres-2012 e ex-presidente da Comissão de Atletas do COB. Juntos, os dois enfrentaram Paulo Wanderley e entraram para a história como a primeira chapa de oposição a vencer uma eleição para presidente na entidade.
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