O badminton brasileiro termina 2024 com destaque para as participações de seus atletas nos dois megaeventos do ano. Principalmente com a medalha inédita para a modalidade de Vitor Tavares, bronze nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024, e o pioneirismo feminino com Daniele Souza, na Paralimpíada, e Juliana Vieira Viana nos Jogos Olímpicos. As duas jogadoras foram as responsáveis pelas primeiras vitórias de mulheres do país nas competições.
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Pódio inédito e com superação
Maior expectativa de medalha para o Brasil em Paris-2024, Vitor Tavares começou com resultados adversos e passou pelo risco de ser eliminado na fase de grupos dos Jogos Paralímpicos. Atleta da classe SH6 (baixa estatura), ele perdeu seus dois primeiros jogos no Grupo D. Revés para o francês Charles Noakes na estreia e para o britânico Jack Shephard na partida seguinte. O brasileiro sobreviveu na competição ao vencer o chinês Lin Naili e se classificou porque Shephard perdeu para Noakes.
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Garantido com a segunda posição da chave, Vitor Tavares teve grande atuação e venceu o estadunidense Miles Krajewski nas quartas de final. Já entre os quatro melhores da SH6, o brasileiro reencontrou Charles Noakes e acabou superado pelo dono da casa na semifinal. Na disputa pelo bronze, o jogador precisou superar a frustração de Tóquio-2020, quando terminou em quarto lugar, e mostrou qualidade técnica e força mental para bater Chu Man Kai, de Hong Kong, e garantir o pódio inédito para o badminton.
Mulheres pioneiras
Além da medalha de Vitor Tavares, o badminton do Brasil contou com mais dois resultados expressivos. Duas mulheres entraram para a história da modalidade no país. A primeira delas foi Juliana Viana. Ela foi a responsável pela primeira vitória da nação nos Jogos Olímpicos. Em Paris-2024, a brasileira não superou a etapa de grupos, mas cravou seu nome para a eternidade ganhando de Lo Sin Yan Happy, de Hong Kong. Antes disso, na estreia, a atleta piauiense havia perdido da tailandesa Supanida Katethong.
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Já nos Jogos Paralímpicos foi a vez de Daniele Torres, da classe WH1 (cadeirantes), fazer história. Ela se tornou a primeira mulher a ganhar uma partida no principal evento da modalidade apesar de, assim como Juliana Viana no convencional, não ter avançado da fase de grupos. Integrante do Grupo C, a atleta venceu a jogadora canadense Chokyu Yuka e três games e, com isso, garantiu seu nome entre os personagens inesquecíveis do badminton.
Participações discretas
Além dos três que conquistaram feitos inéditos, o Brasil contou com a participação de mais dois atletas no megaevento, um deles no convencional e o outro no paralímpico. Após aparições nas edições da Rio-2016 e Tóquio-2020, Ygor Coelho entrou em quadra em Jogos Olímpicos pela terceira vez em Paris-2024 e caiu no Grupo J. Ele teve pela frente o japonês Kodai Naraoka e o sul-coreano Jeon Hyeok Jin e acabou sendo batido por ambos, dando adeus ao torneio.
Mudando para os Jogos Paralímpicos, Rogério Oliveira debutou na competição assim como Daniele Souza. O atleta da classe SL4 (andantes) precisou encarar uma chave complicada. O jogador brasileiro abriu sua participação na edição da capital francesa diante do indiano Tarun Tarun, campeão mundial em 2013 e 2015. Em seguida, ele perdeu para Lucas Mazur, francês que domina a categoria. O europeu tinha sido medalha de ouro em Tóquio-2020 e repetiu o feito em Paris-2024.
Primeiros medalhistas em 2024
Os primeiros medalhistas do Brasil em 2024 no badminton saíram do Internacional do Egito de parabadminton, em Cairo, no final de janeiro. Adriane Ávila (SL3), Auricélia Evangelista (WH1) e Marcelo Conceição (WH1) ficaram com a medalha de prata na competição. Além disso, o Brasil ainda levou mais três bronzes com Adriane Ávila ao lado do indiano Rahul Vimal, nas duplas mistas da SL3-SL4, Marcelo Conceição, na companhia da australiana Mischa Ginns, nas parcerias mistas da WH1-WH2, e Auricelia Evangelista e Maria Gilda Antunes, nos duetos femininos da WH1-WH2.
Em fevereiro surgiram as primeiras três medalhas no badminton convencional. Jaqueline Lima e Samia Lima foram campeãs nas duplas e os dois bronzes vieram com Juliana Viana, no simples feminino, e Fabricio Farias e Jaqueline Lima, nas parcerias mistas. Ainda segundo mês, o Brasil conquistou a medalha de bronze na Copa Pan-Americana por equipes femininas com Juliana Viana, Samia Lima, Jeisiane Alves, Tamires Santos, Lohaynny Vicente e Jaqueline Lima. Já o time masculino ficou com a prata com Ygor Coelho, Jonathan Matias, Donnians Oliveira, Izak Batalha, Matheus Voigt, Fabricio Farias e Davi Silva.
Finalizando fevereiro, Vitor Tavares ganhou duas medalhas de bronze no Campeonato Mundial de parabadminton, evento realizado na Tailândia. O brasileiro perdeu dois confrontos na semifinal e ficou com a terceira posição. Em abril, o Brasil assegurou três bronzes no Campeonato Pan-Americano de badminton. Ygor Coelho subiu ao pódio no simples após garantir vaga em Paris-2024. Nas duplas, Jaqueline Lima medalhou nas mistas com Fabrício Farias e na feminina ao lado de Samia Lima.
Pódios de abril a junho
Em dois eventos consecutivos na Espanha em abril, o Brasil conquistou medalhas no parabadminton. No primeiro deles, em Vitória, Vitor Tavares ganhou o bronze na SH6 e, nas duplas femininas, Maria Gilda Antunes e Auricelia Evangelista terminaram, igualmente, em terceiro lugar. Uma semana depois, Vitor Tavares conquistou a prata com revés contra Man Kai Chu, de Hong Kong, na decisão da competição disputada em Toledo.
Já em maio, Matheus Voigt e Izak Batalha disputaram a decisão da chave de duplas masculinas do Challenge Internacional do México. O torneio foi disputado na cidade de Guadalajara e os brasileiros ficaram com o vice-campeonato, perdendo a final, de virada, para o time japonês formado por Siya Inoue e Haruki Kawabe. No mês seguinte, o Brasil conquistou duas medalhas de ouro e uma prata neste no Aberto da Venezuela.
Duas atletas do Brasil disputaram a decisão do simples feminino e as mesmas jogadoras fizeram parceria na final das duplas entre as mulheres. No primeiro duelo do dia, Maria Clara Lima venceu a compatriota Maria Julia Nascimento. Em seguida, elas se juntaram e foram campeãs contra as venezuelanas Karen Kampos e Lusbeth Peña. E, no desfecho de junho, Vitor Tavares conquistou o bronze no torneio 4 Nations de parabadminton, realizado em Glasgow, na Escócia.
Começo do segundo semestre
Entrando no segundo semestre de 2024, três brasileiros foram campeões nas duplas no Internacional de Uganda de parabadminton. Pela classe WH1-WH2 masculina, Julio Godoy e Marcelo Conceição ficaram com o ouro após vencerem todas as partidas. Da mesma forma, Juscileia Silva, ao lado da indiana Ruchi Trivedi, fechou com 100% de aproveitamento e venceu a chave feminina do WH1-WH2. Já na individual feminina, Juscileia Silva alcançou o título da competição.
A própria Juscileia Silva foi prata nas duplas mistas com o compatriota Aquelton Macedo, mesma posição de Marcelo Alves e Júlio Godoy. Em setembro, no badminton convencional, Maria Júlia Nascimento foi eliminada na semifinal pela peruana Chloe Hoang. Mais tarde, ela voltou à quadra ao lado de Maria Clara Lima nas duplas femininas e perderam de Fátima Fuentes e Daniela Hernandez, de El Salvador. Após os dois resultados, as brasileiras ficaram com o bronze no Costa Rica Future Series 2024.
Em outubro, o Brasil marcou presença em cinco finais no Internacional Séries do Peru de badminton, com saldo positivo e medalhas de ouro em três delas. No feminino, Juliana Viana confirmou o favoritismo. Os outros dois títulos vieram nas duplas, com Jaqueline Lima e Samia Lima entre as mulheres e Izak Batalha e Matheus Voigt batendo os compatriotas Fabricio Farias e Davi Silva. Nas mistas, Jaqueline Lima e Fabricio Farias ficaram com a prata, mesma colocação de Jonathan Matias no simples masculino. Maria Clara Lima e Maria Julia Nascimento terminaram com o bronze.
Show de medalhas no Pan e mais títulos de Juliana Viana
No final de novembro, o Brasil conquistou oito medalhas no Aberto Internacional de El Salvador de badminton. E quatro desses pódios foram com títulos. Juliana Viana ganhou no simples feminino. O outros três ouros foram nas duplas: Fabricio Farias e Davi Silva (masculino), Jaqueline Lima e Samia Lima (feminino) e Davi Silva e Sania Lima (mistas). João Mendonça e Kauan Sttocco ficaram com a prata, mesma medalha de Fabricio Farias e Jaqueline Lima. Já os bronzes acabaram nos peitos de Matheus Voigt e Tamires Santos, nas mistas, e Jonathan Matias, no simples masculino.
Dezembro chegou e o movimento do badminton seguiu intenso. Os times Sub-15 e Sub-19 do Brasil conquistaram os títulos do Campeonato Sul-Americano por equipes, realizado em Santiago, no Chile. No evento individual, o país ganhou sete medalhas, com os ouros de Welton Menezes (simples masculino), Mateus Cutti e Alisson Vasconcellos (duplas masculinas) e Donnians Oliveira e Ana Júlia Ywata (parcerias mistas). Gabriel Fonseca e Rafael Faria terminaram o Sul-Americano de badminton com a prata. Por fim, mais três bronzes foram distribuídos aos brasileiros.
Gabriel Fonseca e Mateus Cutti acabaram com o bronze no simples masculino, assim como a dupla formada por Pedro Taveira e Vinicius Sugiura. Já no Challenge Internacional do Canadá, Juliana Viana foi campeã e, nas duplas mistas, Fabricio Farias e Jaqueline Lima ganharam a final dos compatriotas Davi Silva e Sania Lima, medalhistas de prata. Por fim, no Internacional do Bahrein de Parabadminton, o Brasil confirmou quatro medalhas. Ana Gomes, da classe WH1, garantiu o ouro. Além do título, Ana Gomes e Adriane Ávila ganharam a prata nas duplas e Rogério Oliveira e Edwarda Oliveira o bronze nas mistas.
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