Tatiane Raquel da Silva e Simone Ferraz, respectivamente, quarta e oitava colocada em Lima-2019, serão as representantes do Brasil nos 3000 m com obstáculos dos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023 ao lado de Mirelle da Silva.
No masculino, o atual campeão Altobelli Silva vai correr apenas os 5000 m rasos na capital chilena e Matheus Estevão Borges será o único brasileiro nos 3000 m com obstáculos masculino.
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Nossos pódios
O brasileiro Adauto Domingues, bicampeão em Indianápolis 1987 e Havana 1991, é o maior vencedor da história dos 3000 m com obstáculos nos Jogos Pan-Americanos. Ele divide a honra com o americano Mike Manley, que colocou no peito a medalha de ouro em Cali 1971 e Cidade do México 1975.
Em Mar Del Plata 1995, Wander Moura conseguiu a terceira vitória seguida para o Brasil nos 3000 m com obstáculos masculino dos Jogos Pan-Americanos. As conquistas vieram com direito a recorde brasileiro e sul-americano. Primeiro, foi Adauto Domingues a quebrar a marca em 1987 com 8min23s26. A marca durou cinco anos e foi quebrada pelo uruguaio Ricardo Rebello em 1992.
Mas o recorde sul-americano voltou a ser brasileiro em Mar Del Plata 1995. Wander Moura completou os 3000m com obstáculos em 8min14s41, marca que continua até hoje sendo o recorde dos Jogos Pan-Americanos e também sul-americano.
24 anos depois da medalha de ouro de Wander Moura, Altobelli Silva voltou a colocar o Brasil no topo do pódio dos Jogos Pan-Americanos nos 3000 m com obstáculos. Com quatro ouros e três pratas, conquistadas por Sebastião Mendes, José Andrade Silva e Hudson de Souza, o país é o segundo colocado no quadro de medalhas da prova, atrás apenas dos Estados Unidos, campeões oito vezes da prova.
Medalhistas
Quadro de medalhas
Nossos pódios
Sabine Heitling, do Brasil, é, ao lado da canadense Geneviève Lalonde, a maior vencedora da história dos 3000 m com obstáculos nos Jogos Pan-Americanos com uma medalha de ouro e uma de bronze. A prova começou a ser disputada no Rio de Janeiro 2007 e teve a atleta como campeã. Em Guadalajara 2011, ela voltou ao pódio ao conquistar a medalha de bronze.
A gaúcha de Santa Cruz do Sul, no entanto, foi suspensa por doping em 2013 e só voltou a competir em 2015. Ela foi defender a Associação Pé de Vento em Petrópolis visando se classificar para a Olimpíada do Rio de Janeiro em 2016, mas acabou desistindo do plano olímpico ao engravidar e resolveu se aposentar definitivamente.
Além das duas medalhas conquistadas por Sabine Heitling, o Brasil faturou bronze com Zenaide Viera, que ficou em terceiro lugar nos 3000 m com obstáculos feminino nos Jogos Pan-Americanos Rio 2007. Ao todo, o país soma um ouro e dois bronzes e só está atrás dos Estados Unidos no quadro de medalhas da prova. As americanas venceram as duas últimas edições com Sara Hall em Guadalajara 2011 e Ashley Higginson em Toronto 2015, fazendo sobradinha com a compatriota Shalaya Kipp, que ficou com a medalha de prata.
Medalhistas
Quadro de Medalhas
A prova
3000 m com obstáculos é uma prova olímpica de meio-fundo disputada em uma pista de atletismo entre barreiras e fossos de água e deriva seu nome original, steeplechase, da antiga e tradicional corrida de cavalos disputada entre obstáculos em campo aberto.
A prova é originária das Ilhas Britânicas, onde corredores corriam de uma cidade para a outra se orientando pelos campanários de suas igrejas, usados como marcos por serem visualizados à grande distância. Durante o percurso, eles tinham inevitavelmente que pular sobre córregos e pequenos obstáculos e muros de pedra separando as propriedades no caminho.
A largada é dada com os atletas lado a lado ou em bloco ocupando toda a largura da pista, sem marcação de raia. O número de voltas na pista padrão de 400 metros depende da posição do fosso d’água obrigatório – fora ou dentro da segunda curva da pista – mas os atletas precisam saltar um número total de 28 barreiras e sete fossos d’água durante a duração da corrida.
As barreiras da prova masculina tem altura de 91,4 cm e as da feminina de 76,2 cm, com uma largura mínima de 3,94 m; o fosso d’água de superfície inclinada tem 3,66 m de comprimento com uma profundidade de 70 cm em sua parte mais funda.
Diferente das provas de velocidade com barreiras, que caem a qualquer toque, os obstáculos do steeplechase são mais sólidos e pesados e os atletas muitas vezes os usam para pegar impulso da passada na corrida ao invés de apenas saltá-los, especialmente o obstáculo do fosso.