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Seleção terá dez estreantes no Pan-Americano do México

Número representa quase a metade dos 23 atletas que representarão o país no torneio continental que será realizado entre 5 e 8 de maio valendo vaga para os Jogos Pan-Americanos do Chile no ano que vem

Campeonato Pan-Americano de wrestling seleção brasileira wrestling
(divulgação/CBW)

Dos 23 atletas que representarão o Brasil no Campeonato Pan-Americano de wrestling, no México, dez são estreantes na seleção adulta. São dois no estilo greco-romano, dois no livre feminino e mais seis no livre masculino. A competição será realizada na cidade de Acapulco de 5 a 8 de maio e distribui quatro vagas por categoria de peso olímpica nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile, ano que vem. As principais potências das Américas, como Estados Unidos, Cuba e Canadá, estarão presentes levando atletas campeões mundiais e olímpicos.

Os estreantes no estilo greco-romano são os paraibanos Germerson Moura, de 20 anos, na categoria até 55 quilos e Michael Hendson Lima (82kg), de 23 anos. O estilo livre feminino tem mais um representante da Paraíba, Lislly Lima (55kg), além da paulista Ruthy Hellen dos Santos (76kg), ambas com 21 anos. Já no estilo livre masculino todos os novatos são de São Paulo: Dom Juan Ferreira (65kg), de 20 anos, Vinícius Joaquim (70kg) e Ailton Brito (97kg), os dois com 22 anos, Cesar Alvan (74kg) e Giovanni Piazza (86kg), ambos com 21, e o mais novo da turma, Gabriel de Sousa Silva (125kg), com apenas 19 anos de idade.

Sonho de criança

Michael Hendson Lima diz que estar na seleção não é apenas o que chamou de “dever cumprido”, mas também a realização de um sonho de criança. “Vou fazer de tudo para não sair mais dela. Tenho treinado muito para chegar nesse nível. Agora é só trazer alegria para o meu país, sou muito feliz por fazer parte dessa seleção”, afirmou o atleta. As expectativas para o primeiro desafio, no México, não poderiam ser diferentes. “As melhores possíveis. Vou fazer de tudo para trazer uma medalha. Venho treinando muito para que isso se realize.” E, como não poderia deixar de ser, já pensa em Chile-2023, e não só isso. “Já me vejo lá e o hino nacional tocando. É um sonho que eu vou tornar realidade. Vai ser uma competição muito importante para o meu currículo e com certeza vou estar lá me preparando para Paris-2024.”

Jovem sonhador

Gabriel de Sousa Silva, o caçula da seleção, prefere não criar expectativas, mas também demonstra muita confiança. “Tento não ficar muito vidrado para não gerar ansiedade e acabar impactando nos treinos e na preparação. Mas, é claro, que as expectativas são as melhores, tanto que estou treinando muito bem, estudando muito e fazendo muito trabalho mental”, afirmou. “Consigo me ver claramente nesses Jogos Pan-Americanos (do Chile) e tentando vaga para ir para os próximos Jogos Olímpicos. Sei que sou jovem, mas tem de ser sonhador.”

Gabriel já tem experiência em seleções de base. “Em 2019 integrei a cadete e em 2021, a júnior. Classifiquei para os Jogos Pan-Americanos Júnior e fui vice campeão. Em 2022, estou integrando pela primeira vez a seleção sênior. É totalmente diferente, a pegada é diferente, o pessoal leva mais a sério, é realmente profissional. Uma experiência incrível, porque é tudo muito novo”, diz. “Tudo o que estou aprendendo aqui está servindo como bagagem para eu levar para o júnior, porque esse ano ainda tem uma classificação para o Pan-Americano Júnior. Estou pensando que essa preparação, essa competição, também é para meu Pan-Americano Júnior, porque é o meu último ano.”

Treinamentos pesados

Assim como o Gabriel, Michael Hendson também destacou a qualidade dos treinos. “Muito intenso. Treino três vezes ao dia, muito puxado. Estou bem preparado e com certeza vai vir um bom resultado. Nunca me esforcei tanto para uma competição, sei que vai ser difícil, mas tenho treinado para ser melhor e vai vir um bom resultado, se Deus quiser”, afirma. O parceiro concorda: “A preparação está sendo excepcional. Treino pesado todos os dias, alimentação em dia, estou ajustando o peso, o trabalho mental também em dia”, diz Gabriel, que destacou a “ajuda dos professores da seleção, Nisdany Perez e o Angel Torres. Eles dão o maior apoio para a galera, tem uma bagagem técnica gigantesca. Todo o dia estou aprendendo coisas novas.”

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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