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‘O Sesi mudou o wrestling no país’, garante Aline Silva

Atleta do clube por mais de uma década, Aline Silva vê o Sesi como responsável por um antes e depois na modalidade

Aline Silva recebe homenagem do presidente da Fiesp, Paulo Skaff, ao centro, e do treinador do SESI, Flávio Ramos (Arquivo/ Ayrton Vignola/Fiesp)
Aline Silva recebe homenagem do presidente da Fiesp, Paulo Skaff, ao centro, e do treinador do SESI, Flávio Ramos (Arquivo/ Ayrton Vignola/Fiesp)

Aline Silva é o maior nome do wrestling brasileiro na história. Responsável por medalhas mundiais na base e no adulto, a, agora, ex-atleta é o grande símbolo da modalidade na atualidade. Segundo ela, um dos grandes responsáveis por grande parte da sua carreira é o Sesi. “O Sesi mudou o wrestling no país e me resgatou para o esporte”. 

Para falar da trajetória de Aline Silva no SESI precisamos voltar alguns anos na história. A atleta recebeu o convite para participar do projeto paulista no fim de 2008 e, segundo ela, o momento não era tão bom. 

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“Apesar de eu ter conquistado a medalha de prata no Mundial Júnior de 2006 a minha vida não mudou como eu imaginei. Apesar de eu achar que as coisas seriam diferentes e não foram. Acabei indo para Curitiba e não deu muito certo. Passei muitas dificuldades, me desencantei um pouco com wrestling e tentei seguir para outras coisas, mas veio o convite do SESI. Lembro que eu tinha alguns dias para decidir se aceitava, só peguei as minhas coisas e fui para São Paulo”. 

No Sesi, a atleta encontrou um lugar para se dedicar apenas ao wrestling. Mantendo a mentalidade que existe para outras modalidades olímpicas, de investimento na base visando o futuro, o clube paulista passou a dar um passo por vez no esporte. 

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“O Sesi me resgatou para o wrestling. No clube eu passei a ter uma estrutura para treinar e entendi a mentalidade do Sesi, que é a pedagogia do exemplo. Nele, com o pensamento na base e na educação, os mais jovens passam a conviver com o alto rendimento e veem que é possível chegar lá. Para mim, o Sesi mudou o wrestling no país, existe um antes e um depois da chegada do clube na modalidade. Os frutos do projeto que começou em 2009 já são vistos hoje em todo o país”. 

O projeto do Sesi no wrestling 

Diferente da maior parte das equipes, o foco do Sesi não está no alto rendimento. A ideia do clube paulista para o wrestling, e para todas as modalidades que têm equipes, é o uso e desenvolvimento da base.

“Nosso foco é a base e a formação dos atletas. Desde o início do projeto a ideia foi e é essa. Com o fim da Olimpíada de Pequim, o então presidente Paulo Skaf decidiu investir em modalidades olímpicas, com o foco na captação e desenvolvimento de jovens atletas. Com o wrestling não é diferente. Temos a equipe adulta de alto rendimento, que hoje tem atletas do melhor nível, temos o centro de treinamento da modalidade em Cubatão, onde será o Brasileiro Sub-20 deste ano, e seguimos buscando o desenvolvimento e o crescimento do wrestling no país”, comentou Emerson dos Santos, Gestor das equipes de Wrestling, Atletismo e Karatê do SESI-SP. 

Trabalhando desde o começo do projeto com a ideia de desenvolvimento de seus atletas da base, o Sesi vem colhendo frutos. Nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, o time brasileiro no wrestling tinha quatro atletas da equipe paulista. Atualmente, segundo Emerson, a mentalidade segue parecida e já visa outros passos. 

“Ao meu ver o Sesi mudou o cenário do wrestling no país com esse pensamento de visar o futuro. Atualmente, seguimos com a mesma mentalidade e queremos fomentar ainda mais o wrestling, Para isso acontecer, temos feito mais disputas internas entre as unidades do Sesi e temos enviado professores da modalidade para a implementação do esporte pelo estado. Desta forma penso que seguiremos por um caminho que já deu frutos”, finalizou Emerson. 

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