Há menos de três meses, o Brasil foi derrotado pela Rússia por 3 a 0 na semifinal da Liga das Nações, na França. Na ocasião, após perder os dois primeiros sets por 25/17 e 25/18, a seleção não teve poder de reação e caiu no terceiro set por 25/14. Agora, na fase final do Campeonato Mundial, torneio mais importante da temporada, após perder dois sets, 25/20 e 25/21, o técnico Renan Dal Zotto deu um nó tático em Sergei Shliapnikov. E conseguiu a vitória por 3 a 2.
Capitão da seleção brasileira, Bruninho não estava jogando mal. Mas, ao mesmo tempo, não conseguia fazer com que os atacantes embalassem. Foi aí que Renan, junto com toda sua comissão técnica, trocou o titular da seleção por William, que veio do banco. Isso desconsertou o bloqueio e a defesa russa que, aparentemente, não tinham estudado o levantador reserva do time.
“Foi uma mudança tática, não técnica, o Bruno não estava mal. A Rússia estava jogando muito pelas extremidades, e colocamos o William, eles começaram a jogar muito em cima dele. Aí a gente conseguiu ajustar o sistema de bloqueio e defesa. Ele já demonstrou várias vezes que ele é muito útil e é excelente. Mérito de toda a comissão técnica, que foi muito importante, e dos garotos, que fizeram uma partida fantástica” – disse o treinador.
Outra mudança interessante foi no líbero. Thales, que é melhor passador, recebeu a maioria dos saques, mas Maique entrava no momento do serviço brasileiro, para reforçar a defesa, como Renan explica:
“Ele (Maique) é excepcional na defesa, o Thales é bom defensivamente, mas o Maique é excepcional. É é isso que temos que fazer, é tentar extrair o que tem de melhor de cada um, uma bola faz total diferença no jogo” – disse o técnico.
A seleção brasileira enfrenta os Estados Unidos nesta sexta-feira (28). Antes, na quinta, os americanos jogam contra a Rússia e, se vencerem, definem o primeiro lugar do grupo com o Brasil. Se der Rússia, fica tudo embolado para a última partida do Mundial.
