Desenvolvida em 2011, a embarcação Nacra 17 mescla velocidade, radicalidade e literalmente voa sobre as águas
O Mundial de vela chegou na metade, e o principal resultado do Brasil até o momento não está nem com as campeãs olímpicas da classe 49erFX, Martine Grael e Kahena Kunze, nem com o líder do ranking mundial, Jorge Zarif. Os destaques do país são Samuel Albrecht e Gabriela Sá, na classe Nacra 17.
A classe Nacra 17 é a caçula das classes olímpicas. Fez sua estreia na Rio 2016 e entrou no programa muito por influência do Comitê Olímpico Internacional (COI), que pede cada vez mais a “radicalidade” das modalidades (veja o vídeo acima). A Nacra 17 é a mais rápida das classes olímpicas e também a mais “radical”, literalmente voando na água, e é um barco novo, já que foi desenvolvido somente em 2011.
“No meu ponto de vista é muito prazeroso por ser o mais rápido, muda o conceito da velejada, são outras coisas que pesam mais. É um barco muito divertido de velejar, para o público que assiste também é legal” – disse o velejador Samuel.
” É um barco mais radical, dinâmico, a gente sempre fala que quando vai para um barco mais rápido, é difícil voltar para o mais lento. Não tem como voltar a andar tão devagar (risos)”, completou a velejadora brasileira Gabriela.
O barco de Nacra 17 chega a passar a velocidade de 50km/h.
O mastro e o casco duplo são feitos em fibra de carbono, o que permite o barco ir mais rápido. É o único barco da vela olímpica que é misto, com um homem e uma mulher. O peso do casco é de 142kg, o mais pesado entre as classes disputadas nos Jogos Olímpicos. O “17” do nome Nacra 17 se refere aos 17 pés de comprimento do barco.