Confesso que fiquei um pouco chateado que apenas dois brasileiros competiriam na etapa de Mônaco da Liga Diamante de atletismo, realizada entre quinta-feira e sexta-feira. No meu tour pela Europa, queria conhecer o Principado e encaixei essa etapa com a expectativa de ver muito brasileiros. Mas, além de Darlan Romani e Thiago André terem tido bons resultados, vi uma das melhores etapas da história do circuito em termos de resultados. Uma ótima surpresa.
Teve recorde mundial, muitas marcas entre as dez melhores da história, diversos recordes da Liga Diamante e uma série de provas em que as marcas superam, e muito, as das últimas Olimpíadas e Mundiais.
A começar pelo recorde mundial de Beatrice Chepkoech nos 3000m com obstáculos. Ela disparou e, sozinha, anotou 8m44s32, melhorando a melhor marca da história em mais de sete segundos.
Nos 800m rasos, Caster Semenya conseguiu a marca de 1m54s60, sexta melhor marca de todos os tempos. A segunda colocada foi Francini Onsaba com 1m55s96, marca que seria medalha de ouro na maioria das competições dos últimos anos.
Nos 200m rasos, Noah Lyle conseguiu incríveis 19s65, oitava melhor marca da história da prova. Nos 3000m com obstáculos, Soufiane El Bakkali, com 7m58s15 é o décimo melhor da história.
Nos 1500m, tempaço de Timothy Cheruiyot com 3m28s41, também top 10 de todos os tempos. Shaunae Miller, das Bahamas, conseguiu 48s97 nos 400m rasos, outra marca histórica, a mais rápida dos últimos 12 anos.
Ainda teve os 13s07 de Sergey Enkov nos 110m com barreiras, os 2,40m de Danyl Lisenko no salto em altura, os 17,86m de Christian Taylor no salto triplo…
Em um ano sem Campeonato Mundial, a etapa de Monte Carlo se mostrou, até o momento, a maior competição da temporada.
