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Ingressos, entrevistas, vestuário…Saiba como é Roland Garros

Roland Garros público ingressos

Um dos mais charmosos torneios de tênis do mundo, Roland Garros tem suas peculiaridades. Estou cobrindo pela primeira vez um Grand Slam, então conto para vocês alguns dos pontos que eu não imaginava como funcionava em um torneio deste porte.

A começar pelo público. O complexo de Roland Garros é o menor entre os quatro Grand Slam (não sabia disso), então, consequentemente, é o que recebe menos público. A média diária até o momento é de pouco mais de 30 mil. Como comparação, no Aberto da Austrália, esse ano, tivemos uma média de 51 mil pessoas, com um dos dias abrigando mais de 80 mil expectadores. Ano passado, em Wimbledon,uma média de 36 mil e, no US Open, 49 mil.

Os ingressos funcionam da seguinte maneira: você pode comprar para a quadra central (principal) e, além de poder ver os jogos nela (geralmente os mais importantes), pode acompanhar as partidas de todas as outras quadras, menos a Suzanne Lenglen. Outra opção é comprar o ingresso para a Suzanne Lenglen, que é a segunda mais importante, mas não poder ver os jogos da quadra central. Por fim, pode-se adquirir entrada para o complexo, onde você acompanha todas as quadras, menos as principais.

As quadras secundárias costumam ficar lotadas, principalmente nos jogos da primeira semana. Então, existe uma fila na parte de fora das quadras que vai sendo liberada conforme as pessoas que estão assistindo aos jogos vão saindo. No jogo de duplas das irmãs Williams, por exemplo, na quadra 9, a fila estava imensa e praticamente não andava, já que, quem estava vendo a partida não saia.

A área de imprensa de um Grand Slam também é diferenciada. Os principais jogadores dão entrevistas coletivas após todos os jogos. O jornalista pode solicitar exclusiva com qualquer tenista, cabendo ao jogador aceitar ou não. Essas exclusivas são curtas, geralmente apenas duas perguntas. Tenistas como Rafael Nadal e Serena Williams costumam aceitar uma ou outra exclusiva durante todo o torneio. Mas, tenistas colocados ali entre 10º e 20º do ranking mundial topam falar com muitas televisões e, ás vezes, até com sites.

Uma coisa que dá para se notar é que o público francês gosta de ver tênis. Poucos estão ali apenas para postar foto nas redes sociais. A maioria assiste aos jogos com gosto, sabem as regras, os detalhes e até os costumes. Por isso, vaiam quando um jogador reclama do juiz (mesmo se o tenista for francês) e não gostam quando o atleta bate a raquete no chão o grita de raiva após alguma jogada.

O público também é muito chique quando o assunto é a roupa. Homens e mulheres, geralmente, estão muito bem vestidos. O tradicional chapéu é só a cereja no bolo. Mas não vi nenhum preconceito ou olhar diferenciado para aqueles que foram ao complexo com roupa mais esportiva.

A alimentação para o público é cara. Um sanduíche custa oito Euros, quase R$ 40,00. Uma água é três Euros, quase R$ 15,00. Há uma variedade, com saladas e doces, mas é quase impossível achar uma refeição completa ou algum prato diferenciado.

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