Campeã da Champions League pelo Gyori, da Hungria, no último domingo, Duda Amorim ficou surpresa ao ver um jornalista na Hungria para vê-la de perto na decisão do maior torneio interclubes do mundo.
No meio de entrevistas em inglês e em húngaro (Duda era a mais requisitada após a partida), a número 18 estranhou ouvir uma voz em português na zona mista. Não é normal, ao menos quando está jogando pelo seu clube.
Uma pena, ela merecia muito mais atenção aqui no Brasil.
Ela está na seleção brasileira há mais de dez anos. Foi MVP do Mundial de 2013, que o Brasil foi campeão em uma das conquistas mais espetaculares do esporte nacional. No ano seguinte, 2014, foi eleita a melhor jogadora do planeta.
Pelo Gyori, que é o maior time desta década no handebol mundial, ela tem quatro títulos da Champions League, sempre como protagonista. Com 499 gols, é a segunda maior artilheira da história do clube, mesmo tendo como especialidade a defesa (Foi eleita a melhor jogadora de defesa das últimas duas edições da Liga dos Campeões).
No domingo, Duda foi essencial em todos os sentidos em quadra. Fez o gol de empate faltando nove segundos para o fim de jogo, levando o duelo para a prorrogação. No tempo extra, anotou quatro gols que encaminharam a vitória do time. Na defesa, foi brilhante novamente, apesar de ter levado punição duas vezes. Na hora da pane de seu time, foi ela quem acalmou as companheiras em quadra e que, em duas situações, sofreu sete metros que levaram a equipe a anotar gols.
Falando um pouco de seleção, esse ano não temos nenhuma competição tão importante. O principal evento será na Bolívia, os Jogos Sul-Americanos, que classificam para os Jogos Pan-Americanos. Duda já falou que vai jogar Tóquio 2020, o que seria sua quarta Olimpíada.