Por Giovana Pinheiro
Nesta sexta (17) começa a etapa Maceió do Circuito Brasileiro Open, na Praia da Pajuçara, que vai até o domingo (19). Com entrada franca e transmissão dos duelos pela página da Confederação Brasileira de Voleibol no facebook, a competição conta com 13 atletas olímpicos. Além deles, uma dupla em especial tem chamado a atenção: Álvaro e Saymon, que podem ser considerados a sensação do momento no vôlei de praia e isso não é à toa. Começaram a jogar juntos em agosto de 2016 e já colecionam bons resultados.
O paraibano Álvaro é conhecido por sua comemoração com chapéu de cangaceiro, tem 26 anos e antes competia com Vitor Felipe. Já o caçula de 23 anos, natural de Mato Grosso do Sul, Saymon é ex-parceiro de Guto, que hoje compete com Pedro Solberg.
Das seis etapas do Circuito Brasileiro, Álvaro e Saymon ganharam duas, conquistando três pratas e um bronze e caminham agora para mais uma competição com a responsabilidade da liderança do ranking brasileiro.
A conquista mais recente da dupla é a etapa dos Estados Unidos do Circuito Mundial, em Fort Lauderdale. Pelo caminho foram nove partidas, incluindo o country quota e o qualificatório. Na competição, em sete jogos tiveram sete vitórias e nenhum set perdido, derrotando na final os compatriotas Evandro e André. Essa foi a primeira participação internacional da dupla jogando junto e, sendo assim, o primeiro título internacional.
Nesta sexta em Maceió, Álvaro e Saymon têm mais um desafio do Circuito Brasileiro Open 2016/2017, que começou em setembro do ano passado. As próximas cidades que receberão o tour nacional em 2017 serão Aracaju (SE), em março, e Vitória (ES), em abril.
Às vésperas do evento, o Olimpíada Todo Dia conversou com Saymon, que contou um pouco do grande momento que vive ao lado de Álvaro.
Saymon, você e o Álvaro disputaram em Fort Lauderdale a primeira etapa do Circuito Mundial juntos e foram campeões invictos. Vocês esperavam por isso? Nem a gente esperava que fosse acontecer tudo isso que aconteceu. A gente estava vivendo cada minuto, cada momento ali na competição. Estávamos nos divertindo, que era o que mais importava. O resultado acho que era apenas uma consequência de um bom trabalho.
Vocês se surpreenderam com o desempenho? Como a gente está sempre vindo de várias competições, vários pódios… Então, tentamos nos focar para isso não deixar abalar. Tentamos fazer sempre o nosso melhor e acho que o desempenho é cada momento e cada jogo.
O que vocês esperam da etapa Maceió que começa a ser disputada nesta sexta? Se divertir muito e fazer o meu melhor.
Quem são os maiores adversários hoje? Meu maior adversário sou eu mesmo, estou sempre tentando me superar em tudo.
Os bons resultados trazem favoritismo? Vocês acham que estão mais visados? Acho que favoritismo não, porque hoje o nível brasileiro está muito forte. Acho que visados um pouco por conta da nossa felicidade em quadra.
E como está a rotina de treino de vocês? Essa semana treinamos apenas 2 vezes por conta das nossas viagem para os EUA.
Vocês se consideram candidatos ao título mundial deste ano? Ainda não pensei nisso em ter o título mundial, mas só depende de nós mesmos para chegar nesse objetivo grande.
Como você avalia o caminho até a Olimpíada? É o maior sonho? Hoje em dia o tempo está voando, as coisas estão acontecendo muito rápido. Vamos tentar fazer sempre o nossa parte e lutar a cada dia para alcançar essa meta. A Olimpíada é o maior do sonho de todos os atletas eu acho.
Contando um pouco da sua história, como você começou no vôlei? Comecei a jogar vôlei de praia aos 17 anos no estado de Mato Grosso do Sul. Fui gostando e tomei uma decisão de ir embora do estado em busca de algo maior e até hoje estou longe de casa.
Sua família te apoiava? Minha família sempre me apoiou muito. Dou graças a Deus a isso.
E quais são seus hobbies? Gosto muito de vários esportes. Sempre gostei de natação, tênis, surf… Mas não sei surfar, hahaha.