O Challenge do Recife terminou com Evandro e Arthur no lugar mais alto do pódio. Após mais de uma década sem receber uma etapa do Circuito Mundial de vôlei de praia, a cidade apoiou até o fim a única dupla brasileira brigando por medalha no último dia da competição. Além do ouro, o torneio deu pontos que são de extrema importância para a parceria se classificar para Paris-2024.
Evandro e Arthur começaram o dia vencendo um confronto difícil contra os norte-americanos Evans e Budinger. A dupla brasileira saiu na frente, mas perdeu o ritmo no segundo set e a decisão foi para o tie-break. Assim como nas quartas de final, eles iniciaram a terceira parcial com tudo e garantiram uma boa vantagem para garantir a vitória. Parciais de 21/14, 16/21 e 15/7.
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Na partida valendo a medalha de ouro, eles não deram chances aos cubanos Alayo e Diaz. Os medalhistas de prata dos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023 sentiram a pressão da torcida brasileira e sucumbiram em sets diretos. As parciais terminaram em 21/15 e 21/18 para Evandro e Arthur.
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O título conquistado no Recife enche a dupla de moral para o restante da temporada. Além disso, a medalha de prata também garante pontos importantes para o objetivo principal da equipe na temporada: a classificação para Paris-2024. Isto porque agora eles ampliaram a distância no ranking para Pedro Solberg e Guto, terceiro melhores do país na lista e concorrentes à uma das duas vagas.
Torcida fez a diferença
A dupla Evandro e Arthur contou com um terceiro jogador em quadra na campanha feita no Challenge do Recife. A torcida presente na arena montada na Praia do Pina fez total diferença para a parceria conquistar pontos importantes, assim como viradas improváveis durante as parciais.
Entre a torcida inflamada recifense, estavam membros do Movimento Verde Amarelo (MVA). O grupo de torcedores organizados do Brasil marcou presença em todos os dias da competição. Com tambores e fanfarras, eles embalaram a festa na arquibancada com músicas de apoio aos brasileiros.
Juliana Leite veio direto de Fortaleza, no Ceará, para acompanhar o Challenge do Recife. Fanática por vôlei desde de que se conhece por gente, a consultora de negócios sempre viajou para muitos lugares com o objetivo de assistir a jogos e torcer pelo Brasil pela modalidade. Quando conheceu o MVA, ela conseguiu unir o melhor dos dois mundos.
“Eu soube de conhecidos, pessoas que trabalham no meio do esporte”, disse Ju, como também conhecida, sobre como entrou para o MVA.”O vôlei sempre esteve presente na minha vida. Inclusive, eu comecei a praticar bem depois porque não conseguia gostar de jogar. Foi um encaixe na pessoa que eu sou [sobre entrar no MVA]. Mesmo assim, minha paixão sempre foi de torcer e, torcer pelo vôlei principalmente.