Alcançar títulos importantes, unindo talento e planejamento, foi um dos desafios da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) no ano de 2016. E o vôlei de praia manteve seu caminho de sucesso com números importantes de investimento, traduzidos em um título olímpico com Alison e Bruno Schmidt, uma prata olímpica com Agatha e Bárbara Seixas e vitória em todos os mundiais de base disputados na temporada, entre outras conquistas da modalidade.
Nas fases principais dos torneios, a entidade ofereceu estrutura completa com hospedagem aos atletas, cobertura de todos os custos de arbitragem, transporte local e alimentação, além das premiações dos diferentes eventos que realizou (veja a lista completa abaixo).
A CBV organizou impressionantes 40 etapas ao longo do ano em 11 torneios diferentes, uma média superior a três por mês. Foram realizados 3.829 jogos no total, média de mais de 10 jogos por dia, com 52 transmissões de TV (SporTV e TV Globo). Para isso, foram pagos R$ 10.308.820 em premiações, incluindo as quatro etapas internacionais disputadas no país, com cotação em dólar.
Investimento que foi importante não apenas para o presente, mas também na renovação dos resultados visando aos próximos ciclos olímpicos, como analisou o diretor de vôlei de praia Fulvio Danilas.
“Demos a oportunidade de jovens atletas brasileiros somarem pontos no Circuito Mundial, trazendo quatro etapas para o país em 2016. Eles puderam amadurecer, ganhar experiência e competitividade. Além disso, fomos ouro em todos os naipes e categorias dos mundiais de base realizados”, disse Fulvio, que completou.
“O sucesso deste esforço e investimento, possível com a ajuda de nossos patrocinadores e apoio do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e Ministério do Esporte, foi simbolicamente representado com o ouro e prata nos Jogos Olímpicos”, destacou o diretor da modalidade.
As etapas do Circuito Mundial no Brasil também permitiram que jovens duplas ganhassem experiência e somassem pontos importantes no ranking da Federação Internacional de Voleibol (FIVB). A sergipana Duda, de apenas 18 anos, comemorou a oportunidade de alavancar resultados importantes nos torneios realizados aqui.
“Foi ótimo disputar as etapas do Circuito Mundial no Brasil. Enfrentei duplas que estavam se preparando para os Jogos Olímpicos, como as holandesas Meppelink e Van Iersel, que vencemos em uma fina. Tivemos um ouro em Maceió e outro em Fortaleza, que além de serem especiais por adquirir experiência, vencer perto da torcida, ajudaram a somar pontos, entrar nas competições com um ranqueamento melhor”, disse Duda.
O Brasil é atualmente o vencedor de todos os Campeonatos Mundiais em todas as categorias. Em 2016 o país conquistou o ouro olímpico, World Tour Finals, sete etapas do Circuito Mundial, Circuito Sul-Americano e Campeonatos Mundiais Sub-21 e Sub-19 entre os homens. As mulheres tiveram a prata olímpica, além de quatro ouros em etapas do Circuito Mundial, Campeonatos Mundiais Sub-21 e Sub-19, e Circuito Sul-Americano.
O número de participantes também impressiona, com 1.073 participantes inscritos entre os homens nas 40 etapas realizadas, e 978 times inscritos no naipe feminino. As etapas passaram por todas as cinco regiões brasileiras, com 20 cidades diferentes recebendo campeonatos. Todos os eventos contaram com entrada franca à torcida, que pode acompanhar os melhores atletas do Brasil e do mundo.
E o sucesso brasileiro acontece no momento de crescimento e maior profissionalização do vôlei de praia pelo mundo. Nos Jogos Olímpicos, diversos técnicos brasileiros como o carioca Márcio Sicoli, com Walsh/Ross (EUA), o pernambucano Eduardo Garrido, com Marco Grimalt/Esteban Grimalt (CHI), e o baiano Paulão, com Ranghieri/Carambula (ITA), levaram conhecimento técnico para projetos em outros países.