A CBV (Confederação Brasileira de Voleibol) realizou na noite desta terça-feira (2) mais um encontro virtual buscando agregar conhecimento durante o isolamento social em função da pandemia do novo coronavírus. O tema do dia foi a detecção de talentos e iniciação no vôlei de praia, teve Robson Xavier, técnico da seleção brasileira de base, como participante e foi mediado por Virgílio Pires, superintendente da modalidade na entidade.
O primeiro encontro voltado para o vôlei de praia contou com participação de 150 profissionais que acompanharam a apresentação virtualmente. Ao final, os participantes também puderam realizar perguntas e tirar dúvidas. Virgílio Pires destacou a importância da iniciativa de encontros virtuais, proporcionando que treinadores de todas as regiões do país tenham acesso ao conteúdo de qualidade.
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Palavra do treinador
Durante a apresentação, Robson Xavier, que comandou duplas brasileiras na conquista de três títulos Mundiais sub-21 e dois Mundiais sub-19, comentou que o processo de detecção, lapidação e preparação é longo e precisa contar com planejamento estruturado.
“Todas as crianças têm um talento em alguma área, mas é preciso buscar a predisposição para a nossa modalidade. Fizemos isso com várias peneiras em 2018 e 2019. Tentamos lapidar esses talentos detectados. Não é um processo rápido, é longo. E não começa conosco, começa nos respectivos centros de treinamento, tendo sequência com o trabalho nas seleções de base. O que realizamos é tenta diminuir a margem de erro nessa detecção, da melhor forma encontrar características que nos levem a ter o atleta de sucesso”, declarou Robson.
O técnico que também comanda a Associação Maringaense de Vôlei de Praia (AMVP) destacou a importância do Centro de Desenvolvimento de Voleibol (CDV), em Saquarema (RJ), onde ocorrem os períodos de treinamentos das seleções de base.
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“Os atletas selecionados realizam períodos de atividades em Saquarema. Lá nós temos todas as condições possíveis para trabalhar o desenvolvimento. Temos disponibilidade de academia, fisioterapia, sala de vídeos, alimentação ideal, inúmeras quadras”, disse Robson Xavier, que também comentou sobre a diferença de cargas de treinamento dos jovens da base em comparação aos atletas do adulto, além das diferenciações nos formatos das atividades.
“Trabalhamos de forma mais dosada, pesquisas observaram que o tempo médio de treino diário de equipe adulta é diferente. Para que o desenvolvimento que não acarrete uma lesão ou frustração e desistência dos meninos”, completou.
Programação
O primeiro encontro da série iniciada pela CBV aconteceu na quinta-feira (28) e foi mediado pelo diretor executivo da CBV, Radamés Lattari, e teve como tema “Gestão e preparação de equipe”. Renan Dal Zotto, técnico da seleção brasileira masculina, atuou como apresentador.
Durante segundas e sextas, os eventos são abertos ao público com debates entre atletas e técnicos no canal da CBV no YouTube. Toda terça será a vez de encontros voltados ao vôlei de praia, às quartas acontecem eventos promovidos pela Universidade Corporativa do Voleibol, e quinta o bate-papo fica focado no vôlei de quadra.
“Quero registrar nosso agradecimento ao presidente Walter Pitombo Laranjeiras, todo navio precisa de um comandante e, sem o aval do presidente Toroca, não teríamos como colocar em prática esse ciclo de encontros virtuais. Além de inúmeras pessoas internas que trabalharam para esse projeto. Estamos tendo o primeiro encontro com vôlei de praia e fico feliz de encontrar profissionais que encontramos Brasil afora em competições de base. Fica nosso agradecimento por ter vocês conosco”, disse Virgílio Pires.