Um dos principais nomes do vôlei de praia brasileiro e classificada para representar o país nos Jogos Olímpicos de Tóquio, Duda Lisboa tem feito uma série de adaptações em seu estilo de jogo e também na rotina fora das quadras para melhorar o seu desempenho. Uma das principais mudanças envolve o trabalho com Tathiana Parmigiano, ginecologista do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) desde 2011.
As duas se conheceram no início de 2017 e, desde então, passaram a investigar o ciclo menstrual da atleta.
“Quando a conheci, a Duda tomava uma pílula anticoncepcional que estava adaptada. O legal é que, naquela época, ela gostava de jogar na TPM (tensão pré-menstrual), porque dizia ter mais força e explosão. Precisava respeitá-la e mantivemos isso por dois anos. Havia também uma segunda preocupação, que era não engravidar, porque isso postergaria seus planos”, explicou a ginecologista do COB, em live realizada no Instagram do Time Brasil.
Mudanças no corpo
No entanto, passados dois anos, Duda começou a sentir mudanças em seu corpo devido à pílula e decidiu mudar os planos.
“Senti inchaço, o peito muito pesado, e a Tathi sugeriu trocar. Começamos a usar outra em janeiro (deste ano) por causa das Olimpíadas. O anticoncepcional só trouxe melhoras e me senti mais livre”, disse Duda Lisboa.
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A mudança no começo do ano se explica pela necessidade de Duda ter um tempo maior de adaptação ao novo medicamento. Além disso, a atleta manifestou não querer mais jogar menstruada, o que exigiu um planejamento do ciclo menstrual.
“Mandei todo o meu calendário de competições para a Tathi. Poderia menstruar durante os períodos de treinamentos, mas não quando estivesse em competição. Meu medo era ficar menstruada nos Jogos Olímpicos, quando já teria a pressão e ainda estaria desconfortável. Era um cenário que não queria”, contou Duda.
Estratégias para 2021
Apesar do adiamento dos Jogos de Tóquio, a estratégia para 2021 deve se repetir. Tudo pensando no rendimento da jovem atleta.
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“A pílula não garante aumento de performance, mas você passa a não ter que se preocupar com isso. Aí você pode na focar na sua tática de jogo, na sua parceira… já são tantas coisas que você precisa se concentrar”, argumentou a ginecologista Tathiana Parmigiano.