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Vôlei de Praia

Apesar de adiamento, Duda se mantém positiva sobre Jogos

Em live com o OTD, Duda falou sobre Tóquio e lembrança de uma das maiores inspirações no vôlei de praia

Aos 21 anos, Duda Lisboa se preparava para disputar a primeira Olimpíada da carreira quando a pandemia do coronavírus alterou os planos da sergipana. Em conversa no instagram do Olimpíada Todo Dia, a melhor jogadora do vôlei de praia lamentou o adiamento dos Jogos de Tóquio para 2021, mas se mantém positiva sobre o maior tempo de preparação com Ágatha.

“No início foi um impacto, falei ‘Cara, minha primeira Olimpíada, o que eu mais sonhei, vai ser adiada? O que vamos fazer?’ A sorte foi que adiou e não cancelou, então algum dia vai ter a Olimpíada, já é uma dor a menos”, comemorou Duda, que agora tenta tirar algo positivo da situação. “Eu já senti a pressão de começar a pré-temporada antes de uma Olimpíada, então agora vou sentir a mesma coisa já sabendo um pouco do sentimento. Vou me preparar pela segunda vez mais firme ainda, e eu e Agatha teremos chance de treinar ainda mais, evoluir ainda mais”, acrescentou.

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Passando a quarentena em São Cristovão, no Sergipe, a jogadora, que atualmente mora no Rio de Janeiro, também comemora a chance de ficar mais tempo com a família.

“Está sendo um ano muito reflexivo para todo mundo. Hoje, eu tenho a possiblidade de ficar com minha família, o que eu não fazia há 5 anos, e fazer coisas que eu não tinha tempo, como estudar inglês”, contou.

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Jogadora desde os 9 anos de idade, Duda Lisboa teve uma carreira meteórica no vôlei de praia. Já foi tricampeã mundial sub-19, bicampeã mundial sub-21, campeã dos Jogos Olímpicos da Juventude e, no vôlei adulto, venceu o Circuito Mundial de 2018 ao lado de Ágatha.

Melhor do mundo

Com apenas 21 anos, já foi eleita a melhor jogadora do vôlei de praia duas vezes, nas temporadas 2017/2018 e 2018/2019.

Duda Lisboa comenta sobre os diferentes papéis exercidos pela mãe ao longo de sua carreira no vôlei de praia
Duda Lisboa começou no vôlei de praia com 9 anos de idade (Divulgação/CBV)

“É muito gratificante por tudo que eu abdiquei e me dediquei. Para mim é o resumo da minha vontade de querer vencer, tenho muito isso dentro de mim. É consequência. Mas não paro de evoluir, sempre estou querendo mais, tenho fome de ganhar, comer areia e melhorar”, afirmou.

Por falar em ser a melhor, Duda Lisboa possui uma grande inspiração no vôlei de praia, com quem dividiu um momento especial. Ao encarar a norte-americana Kerri Walsh, no Mundial da Rússia, em 2014, a brasileira se viu pela primeira vez diante de uma de suas maiores referências.

“Eu jogava com a Elise, foi 15 a 13 no tiebreak, e foi um nervoso tão grande. É muito legal você admirar a pessoa, sempre assistir, e jogar contra ela depois. Tem que segurar os nervos e se conter. Aí no final do jogo, eu pedi o top dela e ela me deu”, recordou.

Inspiração de Duda Lisboa, Kerry Walsh tem três ouros olímpicos na carreira
Aos 41 anos, Kerry Walsh tem três ouros olímpicos na carreira (FIVB)

“É uma das jogadoras que eu mais admiro, pelo jeito dela jogar, por ela ser tricampeã olímpica (ao lado de Misty May-Treanor). Todas as pessoas do vôlei de praia se inspiram muito nela. Ela tem 41 anos e está numa das melhores formas físicas da carreira, é admirável”, disse Duda, mostrando o top assinado.

Sintonia de dupla

Por falar em ser admirável, Duda não poupa elogios a sua dupla Ágatha, que aos 36 anos também está em ótima forma e se prepara para sua segunda Olimpíada.

“Somos uma dupla muito dedicada”, contou Duda, relembrando a corrida olímpica de 2019. “Ela me ajudou muito, com toda sua experiencia. Eu senti muita pressão, muito medo, mas consegui fazer o meu melhor. Eram 5 times muito difíceis para 2 vagas e no finalzinho conseguimos. Acho que foi um ano de muita dedicação.”

Duda Lisboa forma dupla com Ágatha desde o começo de 2017
Duda forma dupla com Ágatha desde o começo de 2017 (FIVB)

Segundo a própria Ágatha, Duda tem capacidade para disputar até quatro Jogos Olímpicos.

“Espero, já é um sonho estar na primeira Olimpíada”, comemorou Duda. “Eu acho que melhorando fisicamente, taticamente, ganhando bastante experiência, eu vou conseguir sim. Mas pé no chão, vamos terminar primeiro esse ciclo e depois vamos vendo as outras Olimpíadas. As pessoas falam que quando você joga uma Olimpíada, você quer jogar outras, quer sentir aquela sensação de novo. Acho que vai ser o melhor dia da minha vida”, projetou a melhor do mundo.

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