Mari e Paula Pequeno anunciaram neste mês que formarão uma nova dupla de vôlei de praia em 2020, mas já pensando no ciclo olímpico de Paris 2024. No entanto, um convite de Duda Lisboa para disputar a Etapa de Ribeirão Preto do Circuito Brasileiro fez com que a campeã olímpica antecipasse o processo (apenas nessa edição, já que Ágatha está sendo poupada). Na estreia: duas vitórias e a somatória do novo combo: protetor solar, areia e cansaço.
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“Pra mim está sendo muito importante estrear logo, pra saber como é a atmosfera. Saber como é entrar bloqueando o tempo inteiro, correndo. Como é pegar o sol. Como é pegar o vento. Isso tudo no treino não da pra reproduzir no treino. Estar numa situação real de jogo é uma coisa que eu queria saber e passar por essa experiência. E eu acho que foi muito diferente até do que eu estava esperando. Acho que a gente se comportou bem. A Duda me ajudando o tempo inteiro. Estou muito feliz de já poder estrear e passar do primeiro quali”, contou Mari.
Ao lado de Duda, a atleta de 36 anos treinou durante apenas duas semanas e já obteve vitórias por 2 sets a 0 (21/13, 21/11) sobre Emanuely/Lara (MG) e pelo mesmo placar sobre Ari Melo/Débora (SP), com parciais de 21/16, 21/14. Mari relembra que não sabia se estava pronta quando chegou a oportunidade de disputar a etapa do interior paulista.
“A primeira impressão foi: ‘não sei se eu vou. Eu acho melhor não. Imagina jogar logo com a Duda de cara?’ O nível de exigência muito alto. Não estava preparada ainda. Eu estava simplesmente batendo bola uma, duas, três vezes na semana. Então nada muito profissional. Era mais para estar treinando o esporte. Eu nunca tinha jogado. E eu disse: ‘gente, é muita loucura topar isso agora pra daqui duas semanas estar jogando.’ Mas daí o meu técnico veio falar comigo, meus amigos vieram conversar: ‘Mari, não tem nada a perder. Vai! Aproveita! Vai para se divertir e não tem problema!’ Eu pensei: bom, se tiver duas semanas pra treinar a gente vê como vai estar e daí durante o treinamento eu vi que dava realmente pra gente fazer alguma coisa legal. Dava pra estrear. Dava pra brincar.”
A adaptação rápida veio acompanhada de… “Cansaço. Eu senti bastante cansaço aqui está muito quente. É acostumar com essa realidade, que é isso: dois, três jogos no dia e bora pra mais”.
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A areia não é um problema, Mari se adapta ao novo uniforme de biquini ao invés de shorts. E o protetor solar qual fator? “No corpo eu estou usando 50, só da cintura pra cima. Na perna eu nem passo eu quero mais é queimar. Pro ano novo, né? Aproveitar, que já queima logo. No rosto eu passo um 70 com base e, depois, um pó mais 50 e na boca um filtrinho porque não da pra brincar com o sol mais não”.
Estreia antecipada, agora acabou o frio na barriga do novo. A campeã olímpica no vôlei diz estar feliz com a nova fase e o novo esporte: “Muda tudo. O esporte é novo, tem que se acostumar. E é verdade. Não tem nada a ver. Só chama vôlei, mas não tem nada a ver uma coisa com a outra,” finaliza.