A decisão do título do torneio masculino do Open de Cuiabá (MT) será entre André/George e Alison/Álvaro Filho. A definição dos finalistas da segunda parada do Circuito Brasileiro de vôlei de praia 2019/2020 aconteceu no início da noite deste sábado (26), na arena montada no estacionamento do ginásio Aecim Tocantins.
As finais acontecem na manhã deste domingo, às 10h30 de Brasília, A arena em Cuiabá tem entrada franca ao público.
André e George se classificaram para a terceira final consecutiva em competições nacionais. A dupla venceu a primeira etapa da temporada, em Vila Velha (ES) no mês passado, e, em agosto, ficou com o ouro do Superpraia 2019, realizado em Brasília (DF). Para alcançar mais uma final o capixaba e o paraibano superaram Pedro Solberg/Oscar por 2 sets a 1 (17/21, 21/19 e 16/14).
“Estamos muito felizes, pois ir bem no Circuito Brasileiro foi uma meta que colocamos para nosso time. Viemos do Circuito Mundial, fizemos uma boa campanha, com pódios, apesar de pouco tempo de treino, então retornamos ao Brasil com o objetivo de mantermos uma regularidade no nosso circuito nacional. Sabemos que temos condições para isso. Nossa terceira final seguida, estamos felizes por estar conseguindo cumprir isso”, comemorou André, que ainda analisou o jogo da semifinal.
Anunciados recentemente como uma das duplas brasileiras no torneio de vôlei de praia nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, Alison e Álvaro vêm de uma temporada longa e enfrentaram dificuldades na fase de grupos. Na semifinal eles venceram a parceria formada por um dos principais nomes da história da modalidade, o baiano Ricardo, que hoje joga com o paraibano Vítor Felipe, por 2 sets a 0 (21/17 e 21/17).
“Estamos aproveitando ao máximo, sempre que entramos em uma etapa, vamos com toda vontade do mundo, para ganhar. Temos pouco tempo juntos, então queremos passar por várias lições. Em Vila Velha começamos bem e caímos, aqui vencemos a primeira partida e tivemos um tropeço, então tudo isso vai ensinando. Estamos escrevendo nossa história. Faz parte passar por jogos com calor, com vento, dificuldade. Nessa partida estávamos perdendo por 12 a 7 no primeiro set e viramos o placar. O importante é sentir que estamos trabalhando muito e que a evolução virá”, avaliou Alison.
Pelo naipe feminino, Ana Patrícia/Rebecca enfrentam Fernanda Berti/Bárbara Seixas na grande final. A disputa da medalha de ouro da segunda etapa da temporada ocorre neste domingo, às 11h30 (de Brasília).
A disputa colocará frente a frente as futuras representantes brasileiras nos Jogos de Tóquio-2020, Ana e Rebecca, com as atuais campeãs brasileiras, equipe formada pela medalhista olímpica Bárbara Seixas e a parceira Fernanda Berti. Os times se enfrentam pela sétima vez, com seis vitórias de Ana/Rebecca no retrospecto.
Ana Patrícia e Rebecca avançaram à final após superarem três rodadas neste sábado, de oitavas, quartas e semifinais. Na semi, superaram as medalhistas pan-americanas Carol Horta e Ângela de virada, por 2 sets a 1 (16/21, 21/15, 15/9), em 47 minutos. A parceria chega invicta para a decisão, com cinco triunfos. Ana comentou a possibilidade de encerrar um ano especial com mais um título – o sétimo do ano, somando também etapas internacionais.
“Estamos muito felizes com a classificação, ainda mais que esta será nossa última etapa na temporada, vamos entrar de férias depois de Cuiabá. Estar em mais uma final é motivo de muito orgulho, em saber que nosso trabalho está dando certo. Estamos bem desgastadas fisicamente e mentalmente, a temporada foi bem longa. Outro obstáculo que tivemos nesta partida foi o fato de a Carol (Horta) treinar no mesmo Centro de Treinamento que a gente, então foi praticamente um jogo caseiro, todo mundo conhece todo mundo. Vamos dar o último gás nessa final para quem sabe sairmos daqui com o título”, disse Ana.
Fernanda e Bárbara também avançaram com uma campanha excelente, tendo vencido os cinco jogos que disputaram, sem perder nenhum set. Três foram neste sábado, por oitavas, quartas e semifinais. No último, superaram representantes da nova geração, as campeãs do Circuito Challenger 2018, Tainá e Victoria , por 2 sets a 0 (21/16, 21/18), em 38 minutos. Bárbara analisou a campanha do time na capital cuiabana.
“Chegar em uma final sem ter perdido nenhum set é muito bom, ainda mais com o calor que está fazendo aqui é importante ter o mínimo de desgaste. Estamos nos sentindo cada vez melhor dentro de quadra, apesar do cansaço, do ano puxado que tivemos, com corrida olímpica. Nosso foco é viver o presente, e isso tem dado muito certo, estamos conseguindo nos divertir bastante em quadra e muito felizes com a classificação para a final”, disse.
O Circuito Brasileiro 19/20 conta com sete etapas, três realizadas no segundo semestre deste ano, e quatro que acontecem no primeiro semestre de 2020. A estreia do tour aconteceu em Vila Velha (ES), em setembro, com ouro para Ágatha/Duda (PR/SE) e André Stein/George (ES/PB). Após Cuiabá, o torneio segue para Ribeirão Preto (SP), em novembro. Já as etapas de 2020 passarão por João Pessoa (PB), Maceió (AL), Aracaju (SE) e Rio de Janeiro (RJ).
Além das duplas campeãs de cada etapa, também existem os campeões gerais da temporada, somando a pontuação obtida nos sete eventos. Cada etapa do Circuito Brasileiro distribui R$ 46 mil às duplas campeãs dos dois naipes, e todos os times na fase de grupos são premiados. Ao todo, são distribuídos mais de R$ 500 mil por etapa.