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Vôlei de Praia

Duas duplas femininas nas quartas de Gstaad

Nas quartas de Gstaad, Ana e Rebecca encaram canadenses campeãs mundiais, e Carol/Maria duela contra time da Holanda

Divulgação/FIVB

O Brasil avançou com duas duplas às quartas de final do torneio feminino do Major Series de Gstaad (Suíça), etapa cinco estrelas do Circuito Mundial de vôlei de praia 2019. Ana Patrícia/Rebecca (MG/CE) e Carol Solberg/Maria Elisa (RJ) venceram seus confrontos nesta sexta-feira (12.07) e seguem na disputa por medalhas na competição. Já Ágatha/Duda (PR/SE) e Fernanda Berti/Bárbara Seixas deram adeus nas oitavas de final.

Na próxima fase, Ana e Rebecca enfrentam as canadenses Sarah Pavan e Melissa Paredes, atuais campeãs mundiais. O duelo ocorre às 10h (de Brasília). Nos dois confrontos anteriores, as canadenses saíram com a vitória. Já Carol Solberg e Maria Elisa jogam nas quartas de final contra as holandesas Keizer e Meppelink, às 5h35 (de Brasília). Os times já se enfrentaram cinco vezes, com três vitórias das brasileiras e duas das holandesas.

Carol e Maria Elisa tiveram um caminho mais longo às quartas, já que saíram em segundo na chave. Elas superaram na repescagem as chinesas Fan Wang e Xin Xia por 2 sets a 0 (21/12, 21/18). Horas mais tarde, nas oitavas de final, triunfo sobre as espanholas Liliana Fernandez e Elsa Baquerizo: 2 sets a 1 (21/19, 14/21, 15/10), seguindo para as quartas de final. Carol comentou as vitórias e a evolução dentro do torneio.

“Tivemos dois jogos difíceis, não tem jogo fácil em nenhum momento no Circuito Mundial. E a etapa de Gstaad é especial, todo mundo adora jogar aqui. Maria e eu jogamos bem, estávamos soltas, tendo agressividade, mas também paciência nos momentos difíceis. A Espanha é um time maduro, difícil, acho que a diferença foi termos paciência nos bons momentos delas no jogo. Vamos seguir com esse astral, se divertindo e buscando jogar bem na semifinal contra as holandesas”, destacou a bloqueadora da dupla.

Já Ana Patrícia e Rebecca, que tinham saído em primeiro lugar da chave, disputaram apenas a rodada das oitavas de final. Elas superaram as canadenses Bansley e Wilkerson por 2 sets a 0 (21/16, 21/15), garantindo vaga na próxima fase e mantendo a invencibilidade nos três jogos disputados até aqui. Rebecca analisou o desempenho do time até o momento.

“Acredito que nós conseguimos nos adaptar bem ao lugar, areia e vento, durante os jogos de chave. Atuamos mais à vontade hoje, mais soltas, tanto que conseguimos fazer um jogo praticamente sem erros. O time do Canadá é muito bom, então não poderíamos dar moleza, foi um resultado muito bom. Conversamos durante todo jogo e isso facilita muito. Vamos aguardar a próxima rodada para estudar e seguir nesse ritmo”, destacou.

Fernanda e Bárbara Seixas começaram o dia superando as suíças Heidrich e Verge-Depre por 2 sets a 0 (21/19, 21/9), na fase de repescagem. Horas depois, acabaram eliminadas nas oitavas de final em Gstaad ao serem superadas pelas também suíças Nina Betschart e Tanja Huberli por 2 sets a 1 (21/15, 13/21, 17/15). O nono lugar rende 450 pontos na corrida olímpica brasileira, e 600 pontos no ranking mundial, além de prêmio de R$ 30 mil.

Ágatha e Duda, que haviam saído em primeiro lugar na chave, não precisaram disputar a repescagem. Nas oitavas, porém, acabaram superadas pelas eslovacas Dubovcova/Strbova de virada: 2 sets a 1 (16/21, 21/19, 15/11). Elas também recebem 450 pontos na corrida olímpica brasileira, 600 pontos no ranking mundial, além de prêmio de R$ 30 mil.

A competição em Gstaad rende cerca de R$ 150 mil para os campeões dos naipes masculino e feminino. Ao todo, o torneio distribui cerca de R$ 2,3 milhões em premiação aos atletas, além de oferecer pontuação alta para o ranking internacional – 1.200 para os times vencedores.

Para a corrida olímpica brasileira, disputa interna entre duplas nacionais que tentam representar o Brasil nos Jogos de Tóquio, o título em Gstaad rende 900 pontos, reduzindo 90 pontos para cada posição abaixo (veja quadro em anexo).

Na corrida olímpica do Brasil, apenas os eventos de quatro e cinco estrelas do Circuito Mundial, além do Campeonato Mundial, são contabilizados, cada um com peso correspondente. Além disso, os times terão uma média dos 10 melhores resultados obtidos, podendo descartar as piores participações. Só valem os pontos obtidos juntos, como dupla.

A corrida olímpica interna das duplas brasileiras acontece em paralelo à disputa da vaga do país, que segue as regras da Federação Internacional de Voleibol (FIVB). Cada nação pode ser representada por, no máximo, duas duplas em cada naipe.

Os países possuem quatro maneiras de garantir a vaga: vencendo o Campeonato Mundial 2019; sendo finalistas do Classificatório Olímpico, que será disputado na China, também em 2019; estando entre as 15 melhores duplas do ranking olímpico internacional; vencendo uma das edições da Continental Cup (América do Norte, América do Sul, África, Ásia e Europa). O Japão, sede, tem uma dupla em cada naipe já garantida.

Gstaad é um dos torneios mais tradicionais do Circuito Mundial de vôlei de praia, presente desde 2000, sem ficar nem sequer um ano de fora do calendário. Além disso, também é uma das paradas favoritas dos atletas, em meio ao verão europeu e com a arena cercada pelas montanhas. O Brasil foi campeão oito vezes no naipe masculino e nove no naipe feminino.

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