As cinco duplas do Brasil no torneio feminino em Gstaad (SUI), etapa cinco estrelas do circuito Mundial de vôlei de praia 2019, entraram em ação na rodada desta quinta-feira (11.07). Apesar de não terem conseguido vencer todos os jogos que participaram, as brasileiras avançaram para a próxima fase da competição.
Ágatha/Duda (PR/SE) e Ana Patrícia/Rebecca (MG/CE) estão invictas e se classificaram de forma direta para as oitavas de final. Na rodada desta quinta-feira Ágatha e Duda derrotaram Larsen/Stockman (EUA) por 2 sets a 0 (23/21 e 21/18), e ficaram em primeiro no grupo F. Pelo grupo E, Ana Patrícia e Rebecca superaram Ittlinger/Laboureur (ALE) por 2 sets a 0 (21/13 e 21/17), e ficaram na liderança.
As outras três parcerias brasileiras vão para a primeira rodada eliminatória, uma espécie de repescagem, por terminarem a fase de grupos com uma vitória em dois jogos. Fernanda Berti/Bárbara Seixas (RJ), que estreou com revés, venceu Xue/Wang(CHN) por 2 sets a 0 (21/14 e 21/19). A dupla enfrentará uma dupla da casa, Heidrich e Vergé-Dépré.
Taiana e Talita (CE/AL) também foram superadas na primeira partida, na rodada desta quarta-feira (10.07), mas se recuperaram no jogo seguinte e venceram as finlandesas Lahti e Parkkinen por 2 sets a 0 (22/20 e 21/14). Na repescagem elas jogarão contra Menegatti/Orsi-Toth (ITA). E completando a participação do Brasil no dia, Maria Elisa e Carol Solberg (RJ) fizeram uma partida equilibrada com as campeãs mundiais Sarah Pavan e Melissa Humana-Paredes (CAN), mas acabaram sofrendo o revés por 2 sets a 1 (12/21, 21/19 e 13/15). Na próxima fase Maria e Carol medem forças com Wang/Xia, da China, por um lugar nas oitavas de final.
A competição de vôlei de praia em Gstaad rende cerca de R$ 150 mil para os campeões dos naipes masculino e feminino. Ao todo, o torneio distribui cerca de R$ 2,3 milhões em premiação aos atletas, além de oferecer pontuação alta para o ranking internacional – 1.200 para os times vencedores.
Para a corrida olímpica brasileira do vôlei de praia, disputa interna entre duplas nacionais que tentam representar o Brasil nos Jogos de Tóquio, o título em Gstaad rende 900 pontos, reduzindo 90 pontos para cada posição abaixo (veja quadro em anexo).
Na corrida olímpica do Brasil, apenas os eventos de quatro e cinco estrelas do Circuito Mundial, além do Campeonato Mundial, são contabilizados, cada um com peso correspondente. Além disso, os times terão uma média dos 10 melhores resultados obtidos, podendo descartar as piores participações. Só valem os pontos obtidos juntos, como dupla.
A corrida olímpica interna das duplas brasileiras acontece em paralelo à disputa da vaga do país, que segue as regras da Federação Internacional de Voleibol (FIVB). Cada nação pode ser representada por, no máximo, duas duplas em cada naipe.
Os países possuem quatro maneiras de garantir a vaga: vencendo o Campeonato Mundial 2019; sendo finalistas do Classificatório Olímpico, que será disputado na China, também em 2019; estando entre as 15 melhores duplas do ranking olímpico internacional; vencendo uma das edições da Continental Cup (América do Norte, América do Sul, África, Ásia e Europa). O Japão, sede, tem uma dupla em cada naipe já garantida.
Gstaad é um dos torneios mais tradicionais do Circuito Mundial de vôlei de praia, presente desde 2000, sem ficar nem sequer um ano de fora do calendário. Além disso, também é uma das paradas favoritas dos atletas, em meio ao verão europeu e com a arena cercada pelas montanhas. O Brasil foi campeão oito vezes no naipe masculino e nove no naipe feminino.