A dupla brasileira Guto e Saymon carimbou a faixa de campeões mundiais Krasilnikov e Stoyanovski nesta quinta-feira (11), na etapa de Gstaad do Circuito Mundial de vôlei de praia. Os russos venceram o Mundial da Alemanha no domingo (7), em Hamburgo.
Guto e Saymon fizeram 2 a 0 em Krasilnikov e Stoyanovski com 23/21 e 21/19 nas parciais. O jogo valeu pela repescagem do torneio de Gstaad, no pé dos Alpes suíços, um dos dois únicos cinco estrelas do Circuito Mundial de vôlei de praia.
Antes, ainda pela fase de grupos, Guto e Saymon venceram os italianos Rossi e Carambula por 2 sets a 1 (17/21, 21/19 e 15/9).
“Semana passada nós os vimos na TV sendo campeões e hoje vencemos eles aqui em Gstaad. Os caras vinham num ritmo muito bom, acho que ninguém esperava que a gente fosse vencer esse jogo, pois ficamos quase um mês sem competir. Acredito que jogamos soltos, com alegria e isso foi um diferencial. Nos atentamos para os detalhes e essas vitórias vêm no detalhe”, comentou o defensor Guto.
Na corrida olímpica do Brasil do vôlei de praia apenas os eventos de quatro e cinco estrelas do Circuito Mundial, além do Mundial, são contabilizados.
Além de Guto e Saymon, Evandro e Bruno Schmidt, e Alison e Álvaro Filho são as duplas brasileiras no masculino da competição Os dois últimos não entraram na quadra nesta quinta-feira porque conseguiram na quarta (10) a vaga direta nas oitavas de final.
Na próxima fase os adversários de Guto e Saymon são os suíços Gerson e Heidrich. Evandro e Bruno enfrentam Liamin e Myskiv, da Rússia, e Alison e Álvaro medem forças com os vice-campeões olímpicos na Rio 2016, os italianos Nicolai e Lupo.
André e George também jogaram a respecagem nesta quinta, mas acabaram se despedindo da competição. Eles foram superados pelos holandeses Brouwer e Meewsen por 2 sets a 0 (23/25 e 19/21).
Gstaad é um dos torneios mais tradicionais do Circuito Mundial de vôlei de praia, presente desde 2000, sem ficar nem sequer um ano de fora do calendário. Além disso, também é uma das paradas favoritas dos atletas, em meio ao verão europeu e com a arena cercada pelas montanhas. O Brasil foi campeão oito vezes no naipe masculino e nove no naipe feminino.
Corrida Olímpica
Para a corrida olímpica brasileira, disputa interna entre duplas nacionais que tentam representar o Brasil nos Jogos de Tóquio, o título em Gstaad rende 900 pontos, reduzindo 90 pontos para cada posição abaixo.
A corrida olímpica interna das duplas brasileiras acontece em paralelo à disputa da vaga do país, que segue as regras da Federação Internacional de Voleibol. Cada nação pode ser representada por, no máximo, duas duplas em cada naipe.
Os países possuem quatro maneiras de garantir a vaga: vencendo o Campeonato Mundial 2019; sendo finalistas do Classificatório Olímpico, que será disputado na China, também em 2019; estando entre as 15 melhores duplas do ranking olímpico internacional; vencendo uma das edições da Continental Cup (América do Norte, América do Sul, África, Ásia e Europa). O Japão, sede, tem uma dupla em cada naipe já garantida.
