Com o foco principal na luta pela vaga na Olimpíada de Tóquio, Ágatha e Duda fazem nesta sexta-feira, às 11h da manhã, sua estreia no Mundial de vôlei de praia contra as cubanas Leila e Maylen. A dupla brasileira está no Grupo F da competição, que será disputada em Hamburgo, na Alemanha, e terá também como adversárias Ishii e Murakami, do Japão, e Xia e Wang, da China.
Com o título na etapa de Ostrava do Circuito Mundial e o terceiro lugar na de Varsórvia, Ágatha e Duda assumiram a liderança do ranking internacional, que eva em consideração os oito melhores resultados dos times em torneios do Circuito Mundial nos últimos 365 dias. Mas, na corrida olímpica, a concorrência é apenas contra as duplas brasileiras e leva em consideração os dez melhores resultados em eventos de quatro e cinco estrelas organizados pela FIVB. Nesse ranking nacional, a dupla está em segundo lugar com 2.880 pontos contra 3.040 de Ana Patrícia e Rebecca. A terceira posição é de Carol Solberg e Maria Elisa (2.160), Talita e Taiana aparecem em quarto (2.080), enquanto Fernanda Berti e Bárbara Seixas estão em quinto (1.520). Se classificam para Tóquio as duas duplas que somarem mais pontos no período entre 1 de fevereiro de 2019 e 28 de fevereiro de 2020.
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Por conta disso, o foco de Ágatha e Duda agora é manter o ritmo para não perder a colocação e treinar intensamente não só para conquistar uma das tão sonhadas vagas nas Olimpíadas, mas também para chegar em Tóquio jogando por um lugar no pódio. Apesar de disputarem as vagas com duplas femininas do próprio país, as atletas consideram que “a corrida Olímpica brasileira são duas vagas, para dois times, mas estamos jogando contra o mundo”, comenta Duda.
O Mundial vale mais pontos do que as outras etapas, mas a sequência será desgastante. Depois da Alemanha, em apenas seis semanas, Ágatha e Duda irão passar por Suíça, Portugal, Japão e Áustria pelo Circuito Mundial.
Para Ágatha, “o maior desafio será a constância. São muitos torneios, um coladinho no outro. Eu acho que conseguir resultados legais entre tantos torneios é desafiador”. Manter o ritmo de treinos, alimentação e sono entre os voos será algo que todas as duplas irão passar. Ela comenta que a união entre as duas nessas situações faz a diferença, “em momentos de dificuldade a gente consegue ter calma, a gente é muito pé no chão, isso faz muita diferença”.
Uma das principais qualidades da dupla é o entrosamento em todas as etapas, desde os treinos na quadra até os testes físicos, elas se motivam e se ajudam cada vez mais para atingir os objetivos. A sergipana Duda acredita que um dos trunfos da dupla é justamente esse: “a gente é muito unida dentro da quadra e fora dela também. Nós conversamos muito, somos muito perfeccionistas”, comenta.
Como os Jogos Pan-Americanos de Lima 2019 não contará pontos para a classificação nas Olimpíadas para o vôlei de praia, o Brasil será representado por Carol Horta e Ângela. Os principais nomes estarão participando de etapas quatro e cinco estrelas do Circuito Mundial.
