De olho nos Jogos de Tóquio 2020, 16 duplas brasileiras estão confirmadas na etapa de Itapema (SC) do Circuito Mundial de vôlei de praia 2019. O torneio é nível quatro estrelas da Federação Internacional de Voleibol (FIVB) e, portanto, conta pontos para a corrida olímpica. A competição ocorre de 14 a 19 de maio.
Além dos times brasileiros, duplas representando 26 países diferentes estarão nas disputas por medalhas, sendo oito medalhistas olímpicos.
Dos 16 times brasileiros inscritos, oito (quatro em cada gênero) já estão na fase de grupos seja pela posição no ranking de entradas ou por convite (wild card). Assim, entram em quadra somente na quinta 16.
No masculino são Evandro/Bruno Schmidt (RJ/DF), Pedro Solberg/Vitor Felipe (RJ/PB), Guto/Saymon (RJ/MS) e Thiago/Oscar (SC/RJ). Entre as mulheres, Ágatha/Duda (PR/SE), Fernanda Berti/Bárbara Seixas (RJ), Carol Solberg/Maria Elisa (RJ) e Tainá/Victoria (SE/MS).
As outras oito duplas disputam o classificatório e precisam vencer partidas eliminatórias diretas para conquistarem uma das oito vagas à fase de grupos. No masculino são Alison/Álvaro Filho (ES/PB), André Stein/George (ES/PB), Hevaldo/Arthur Lanci (CE/PR) e Jô/Luciano (PB/ES). No feminino estão Ana Patrícia/Rebecca (MG/CE), Ângela/Carol Horta (DF/CE), Josi/Neide (SC/AL) e Talita/Taiana (AL/CE).
Estreantes na Etapa de Itapema
Talita, brasileira em atividade mais vencedora de etapas do Circuito Mundial como nada menos do que 34 ouros, fará este ano a estreia na etapa de Itapema. Nos torneios realizados na cidade em 2017, pelo Circuito Brasileiro, e 2018, pelo Circuito Mundial, estava grávida do Renatinho.
“Estou muito ansiosa, soube que as arquibancadas ficaram lotadas na temporada passada, isso é muito bacana, o interesse da população de Itapema pelo voleibol”, disse Talita. “Estarei com o Renatinho, joguei na China e senti falta, me acostumei a tê-lo sempre comigo”, disse Talita.
Quem também vai jogar o Circuito Mundial pela primeira vez na etapa de Itapema é a mineira Ana Patrícia. Apesar de ter atuado na cidade pelo Circuito Brasileiro, em 2017, ela ficou de fora da competição internacional na temporada passada, por lesão. E a bloqueadora chega embalada, já que ao lado de Rebecca venceu o torneio quatro estrelas de Xiamen, no mês passado.
“Em 2018, tinha fraturado o dedo e fiquei de fora, foi algo que me deixou muito triste, pois era uma etapa dentro do Brasil. E jogar em casa pelo Circuito Mundial é especial, o sentimento é diferente. Mas esse ano estaremos lá, estou feliz e com a expectativa de que façamos um bom torneio. Queremos manter a energia que temos colocado em quadra, acho que tem sido o diferencial da nossa dupla. Vamos buscar um bom resultado”, destacou.
Sistema de disputa na etapa de Itapema
Na fase de grupos, os times são divididos em oito grupos com quatro duplas. A dupla com melhor ranking dentro de cada chave joga contra a dupla de pior colocação (1º x 4º), e as outras duas intermediárias jogam entre si (2º x 3º) na Rodada 1.
Os vencedores na Rodada 1 se enfrentam e quem levar a melhor vai direto para as oitavas de final e o perdedor vai para a repescagem. Já as duplas que foram derrotadas na Rodada 1 duelam pela terceira colocação e quem vencer também e vai à repescagem. Quem perde os dois jogos é eliminado.
A partir da repescagem o torneio passa a ser disputado no sistema de eliminatória simples até a final. Ou seja, quem ganhou segue, quem perdeu está fora.
Corrida para Tóquio 2020
Na corrida olímpica do Brasil, apenas os eventos de quatro e cinco estrelas do Circuito Mundial, além do Campeonato Mundial, são contabilizados, cada um com peso correspondente. Além disso, os times terão uma média dos 10 melhores resultados podendo descartar os piores. Só valem os pontos obtidos juntos, como dupla.
A corrida olímpica interna das duplas brasileiras acontece em paralelo à disputa da vaga do país, que segue as regras da Federação Internacional de Voleibol (FIVB). Cada nação pode ser representada por, no máximo, duas duplas em cada naipe.
Os países possuem quatro maneiras de garantir a vaga: vencendo o Campeonato Mundial 2019; sendo finalistas do Classificatório Olímpico, que será disputado na China, também em 2019; estando entre as 15 melhores duplas do ranking olímpico internacional; vencendo uma das edições da Continental Cup (América do Norte, América do Sul, África, Ásia e Europa). O Japão, sede, tem uma dupla em cada naipe já garantida.
Mais sobre o Circuito Mundial de vôlei de praia
As etapas do Circuito Mundial de vôlei de praia são classificadas de uma a cinco estrelas desde 2017, variando assim o valor da premiação e o total de pontos distribuídos. A de Itapema é de quatro estrelas e distribui R$ 1,2 milhão em prêmios, sendo cerca de R$ 80 mil para a dupla campeã de cada naipe.
A competição também dará 800 pontos aos campeões em cada naipe, 720 para os vice-campeões e 640 aos medalhistas de bronze, reduzindo 80 pontos a cada posição na classificação.
O Brasil é o maior vencedor do Circuito Mundial tanto no masculino (conquistou 18 temporadas), quanto no feminino (venceu 23 temporadas). O vôlei de praia também é o único esporte que rendeu medalha ao país em todas as edições dos Jogos Olímpicos.
O Brasil esteve presente desde o início do tour, sediando ao menos uma etapa desde a criação do Circuito Mundial, em 1987. Até hoje Foram 46 etapas no naipe masculino e 41 etapas no naipe feminino (a maioria realizadas simultaneamente, em um mesmo evento).
DUPLAS BRASILEIRAS INSCRITAS EM ITAPEMA
Classificatório – Entram em quadra a partir do dia 15
Ana Patrícia/Rebecca (MG/CE)
Ângela/Carol Horta (DF/CE)
Josi/Neide (SC/AL)
Talita/Taiana (AL/CE)
Alison/Álvaro Filho (ES/PB)
André Stein/George (ES/PB)
Hevaldo/Arthur Lanci (CE/PR)
Jô/Luciano (PB/ES)
Fase de Grupos – Entram em quadra a partir do dia 16
Ágatha/Duda (PR/SE)
Fernanda Berti/Bárbara Seixas (RJ)
Carol Solberg/Maria Elisa (RJ)
Tainá/Victoria (SE/MS)
Evandro/Bruno Schmidt (RJ/DF)
Pedro Solberg/Vitor Felipe (RJ/PB)
Guto/Saymon (RJ/MS)
Thiago/Oscar (SC/RJ)