A dupla formada por Ágatha e Duda foi eleita a melhor do vôlei de praia do país no Prêmio Brasil Olímpico 2018, realizado na noite de terça-feira no Rio de Janeiro. Das duas, apenas a mais experiente esteve presente, enquanto a mais nova está curtindo férias nos Estados Unidos. Mesmo sem a presença da companheira de time, não faltou empolgação a Ágatha, que comemorou todos os prêmios e conquistas da temporada e projetou o ano de 2019, quando começa para valer a disputa por uma vaga na Olimpíada de Tóquio em 2020.
“Vencemos o Circuito Mundial, a Duda venceu a melhor jogadora do mundo. Poxa, eu sou muito feliz de estar ao lado dela nessa premiação. Eu recebi também mais dois prêmios e ela recebeu três, lindos. Então a gente vê como o nosso time cresceu de 2017 pra 2018. E eu olho pro nosso time e acho que é um time que tem muito potencial ainda e que tem bastante coisa pra melhorar”, analisou a jogadora, que foi medalha de prata na Olimpíada do Rio de Janeiro ao lado de Bárbara Seixas e que começou a parceria com Duda em janeiro de 2017.
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“A gente está tendo férias nesse momento e cada um foi para um canto, mas em janeiro a gente se junta novamente começando o ano com força total. Estamos indo para Saquarema, que é o nosso centro de treinamento do voleibol. Foco total mesmo, pra iniciar o ano muito bem, porque esse ano é o ano da corrida olímpica. Tudo o que a gente construiu até agora como time nesses últimos dois anos foi pra viver agora. Viver essa corrida olímpica e, se Deus quiser, vamos pensar em Tóquio, mas uma coisa de cada vez. Vamos viver esse ano”, afirmou a jogadora de 35 anos.
Por conta do alto nível do vôlei de praia brasileiro, não é simples conseguir a classificação para a Olimpíada. Para se ter uma ideia, o país tem três duplas entre as seis primeiras colocadas do ranking mundial, divulgado no último dia 3. Ágatha e Duda estão em segundo lugar e são as melhores brasileiras na lista. Bárbara Seixas e Fernanda Berti estão em quinto lugar, enquanto Maria Elisa e Carol Solberg ocupam a terceira colocação. O problema é que apenas duas duplas brasileiras terão direito de participar dos Jogos de Tóquio. Por isso, 2019 será tão importante. Além da corrida olímpica e do World Tour, será disputado também o Mundial, no final de junho, em Hamburgo.
“As duas vagas se definem pelo Circuito Mundial são os dois melhores times brasileiros dentro do Circuito Mundial. Ela se inicia em fevereiro desse ano e acaba em fevereiro do ano que vem. Então a gente tem exatamente um ano para conquistar uma dessas duas vagas e nesse um ano existem muitos torneios do Circuito Mundial. Então é uma somatória desses torneios que vão definir esses dois times”, comenta Ágatha.
Dispostas a entrar na corrida olímpica com o máximo de força possível, Ágatha e Duda abriram mão de disputar a etapa quatro estrelas de Haia, na Holanda, entre 2 e 6 de janeiro, para se concentrar na preparação. Elas só vão estrear no Circuito Mundial na etapa cinco estrelas de Fort Lauderdale, em fevereiro.
“Vai ser a partir de Fort Laudardale que a gente vai jogar. Passamos a última virada do ano na Holanda para jogar em Haia e isso atrapalhou um pouco o nosso início do ano e a nossa pré-temporada, tanto é que eu até acho que esse foi um dos motivos de no início do ano a gente ter dado uma engasgada, sabe? Então eu estou muito confiante para esse início de ano agora de 2019, porque a gente está tendo umas férias muito legais, a gente está tendo cinco semanas de folga, folga entre aspas porque é folga da bol, mas a parte física continua”, brincou a jogadora, que é casada com o Renan Rippel, que também é seu preparador físico.
“Nem me fala, eu carrego o meu preparador físico para tudo quanto é lugar que eu vou, mas tem o lado bom, né? Mantém a forma. Mas é isso… Então a gente vai começar… Eu acho que assim é muito mais com a cabeça boa, mais tranquilas. Com saudade, com vontade, mais motivada”, completou.
