Parecia que a Rússia ia “passar o carro” no Brasil. Depois de dois sets tranquilos para os russos, a seleção conseguiu uma virada histórica em cima dos rivais, com o placar de 3 a 2, parciais de 20/25, 21/25, 25/22, 25/23 e 15/12. Com isso, a seleção abre com dois pontos na tabela, enquanto a Rússia ganha um. Nesta quinta-feira, a Rússia enfrenta os Estados Unidos e, na sexta, o Brasil joga com os americanos. Os dois primeiros vão para a semifinal.
Durante a partida, Renan tentou mudar o time. Colocou Maique no lugar de Thales para melhorar a defesa, trocou Bruninho por William, tirou Maurício para dar lugar a Isac…No terceiro set, as mudanças surtiram efeito. O bloqueio brasileiro começou a pontuar no quarto set, e a seleção conseguiu levar o duelo para o tie-break.
Wallace, que não tinha começado bem, cresceu muito no fim e terminou com 21 pontos, atrás apenas de Volkov, que anotou 23. A entrada de William foi primordial. Conseguiu levantamentos de manchete, salvou bola com o pé e mudou a distribuição do ataque nacional. Interessante também a presença de Maique. O líbero defendeu muito bem quando foi acionado.
Depois de uma defesa e um bloqueio apáticos no início, a partir do terceiro set ficou muito mais complicado para a Rússia anotar seus pontos. Dificilmente uma bola caia na quadra brasileira sem tocar em ninguém.
Detalhe que o time russo errou 25 saques, ou seja, deu um set inteiro para o Brasil apenas com falhas no serviço.
No primeiro set, a seleção conseguiu levar o jogo na frente do placar até o 16×14. Mesmo sem um poder de ataque, o Brasil se aproveitava da série de erros dos adversários. Mas, na fase final da parcial, os russos acertaram o bloqueio e aperfeiçoaram a defesa, No fim, até o saque entrou, e o placar foi de 25 a 20. Nenhum brasileiro anotou mais de três pontos.
A segunda parcial teve um enredo parecido. O Brasil conseguiu liderar no início, conseguiu uma sequência de quatro pontos para abrir 8 a 6. O ataque da seleção até melhorou, mas o bloqueio da Rússia estava encaixado, principalmente marcando Wallace, principal atacante brasileiro. Até o 18 a 17,o placar estava parecido, mas os russos, assim como no primeiro set, dispararam no fim, 25 a 21.
Renan mudou o levantador para a terceira parcial, e entrou com William no lugar de Bruninho. O início foi promissor, com a seleção abrindo 12 a 7. Mas uma sequência de saques de Mikhaylov colocou os russos de novo, 12 a 10. A seleção conseguiu se manter na frente até o 18 a 17. Ao contrário das outras parciais, a seleção manteve o nível alto, diminuiu os erros de ataque, encaixou o saque e finalmente começou a trabalhar a defesa. Resultado de 25 a 22.
No quarto set, mais uma vez começo melhor da seleção brasileira. Os ataques da Rússia não caiam mais com tanta facilidade, o bloqueio começou a trabalhar melhor. O Brasil mantinha a vantagem de três pontos, mas a frente foi extinta no 20 a 20. No momento de pressão, o bloqueio-defesa funcionou e, com dois contra-ataques de Wallace, a seleção voltou à frente, 23 a 21. No fim, 25 a 23.
O tie-break começou com um erro brasileiro, mas depois um ace de Lucão colocou a seleção de novo na frente, 5 a 4. O Brasil conseguiu abrir 11 a 8, após um erro russo. Mas, um bloqueio em Wallace, fez com que os europeus encostassem de novo: 11 a 10. Mas em um ponto importantíssimo, com a participação de Maique na defesa, e de Lucão no bloqueio, o time abriu 13 a 10. No fim, 15 a 12.