Brasil começa bem, vence o primeiro set, mas cai de rendimento, Holanda vira e vence, por 3 sets a 1, e embola o grupo B do Mundial de vôlei masculino
Depois de duas vitórias convincentes contra o fraco Egito e a favorita França, a seleção brasileira masculina de vôlei foi surpreendida pela Holanda neste sábado, em partida válida pela terceira rodada do Campeonato Mundial. O Brasil até começou bem, levou o primeiro set com tranquilidade, mas jogou muito mal nas parciais seguintes e viu a Holanda fechar em 3 a 1, parciais de 21/25, 25/20, 25/20 e 25/21.
Com o resultado, a seleção parou nos seis pontos, e está em quarto na chave, atrás de Canadá (três vitórias em três jogos), França (duas vitórias em três jogos) e Holanda (duas vitórias em três jogos). Nesta fase, os quatro primeiros colocados avançam para a próxima fase, mas é muito importante que o time consiga o maior número de pontos, já que os resultados são levados para a próxima etapa.
” Nós não jogamos bem em nenhum fundamento. Não podemos dizer que defendemos bem, ou bloqueamos bem, tudo fico prejudicado. Não tivemos paciência hoje. Toda paciência contra a frança, não tivemos hoje. Eles jogaram uma partida fantástica. Saque, bloqueio, volume de jogo…Nosso saque não entrou. Quando você está atrás, é difícil você encontrar o ritmo” – disse o técnico Renan.
“Sempre que a gente chegava no placar, tinha um balde de água fria. Uma bola na fita, um ace deles. Parecia que, nesses momentos, a gente voltava a acuar – disse Bruninho.
Douglas foi o maior pontuador do time, colocou 13 bolas no chão, mas foi inconstante no passe e foi parado algumas vezes no bloqueio. Por outro lado, Wallace, oposto que costuma ser a bola de segurança do Brasil, também não teve tarde inspirada no ataque, sendo substituído por Evando no quarto set.
A Holanda entrou com uma série de mudanças com relação aos últimos jogos, e Douglas disse que os europeus fizeram uma partida brilhante:
“-A gente tinha ciência que eles iam mudar os jogadores, eles fizeram o jogo da vida deles. A gente não conseguiu jogar contra o time deles, eles estão de parabéns e jogaram muito mais que a gente. Campeonato é longo, tem muita coisa para acontecer” – disse Douglas.
O próximo desafio é segunda-feira, contra o Canadá, em jogo importantíssimo, que pode jogar a seleção para o primeiro ou para o quarto lugar na chave. Antes do Mundial, a Holanda era considerada a quarta força do grupo, tanto que havia perdido amistosos para o Brasil na preparação.
O primeiro set foi tranquilo para a seleção brasileira, um 25 a 21 sem maiores problemas. Mas, depois, o passe falhou muito, o bloqueio não encaixou, nem para pontuar, nem para ajudar na defesa, e o saque pouco castigava a recepção holandesa. O que se viu foi a Holanda dominar, até com autoridade,
Os ponteiros, que eram a grande preocupação do time antes do Mundial, mas que tinham convencido nas primeiras rodadas, foram mal neste sábado. Douglas, apesar dos 13 pontos, foi parado diversas vezes pelo bloqueio rival, e ainda falhou no passe. Kadu e Lucas Loh não conseguiram fazer o “dever de casa”, e nem mesmo Lipe, que entrou na segunda parcial, resolveu o problema.
No primeiro set, a seleção brasileira já imprimiu um ritmo forte e abriu 5 a 1. Durante a parcial, o time teve dois momentos complicados, com alguns erros de passe, fundamento ainda falho, e deixou a Holanda encostar em duas oportunidades (11 a 10 e 19 a 17). Mas, com bons saques de Douglas, e bom aproveitamento na virada de bola, o set foi fechado, 25 a 21.
Na segunda parcial, o início foi mais equilibrado, com as duas equipes trocando pontos. mas com a Holanda sempre um ou dois pontos na frente. O passe brasileiro ainda era inconstante, e Douglas foi bloqueado duas vezes. O placar ficou 10 a 7 e Renan pediu tempo, colocando Lucas Loh no lugar de Kadu. Pouco adiantou, e os holandeses abriram 15 a 9.
William, Maurício e Evandro entraram no lugar de Bruninho, Isaac e Wallace, e o resultado foi na diferença cair um pouco, 18 a 15, mas nada que impedisse a vitória laranja por 25/20.
Na terceira parcial, a Holanda seguiu com o mesmo ritmo e abriu 6 a 3 logo de cara. No 9 a 7, Lipe entrou em quadra no lugar de Lucas Loh. O time incendiou e, o Brasil virou para 12 a 11. Mas a Holanda voltou a abrir, 16 a 13. No saque de Lipe, o time conseguiu dois contra-ataques, e tudo ficou igual de novo, 16 a 16. Mas pouco adiantou, os erros seguiram e a Holanda fechou 25/20.
Na quarta parcial, a seleção se descontrolou em alguns momentos. Bruninho reclamou da comemoração do time holandês, Wallace foi para o banco, se isolou no canto, e ficou gritando de raiva. Ainda assim, o time se mantinha no set, graças aos bons saques de Lucão. O placar apontava 12 a 12.
Mas aí veio mais uma sucessão de erros da seleção, que colocou a Holanda com 17 a 13 na frente, obrigado ao técnico Renan pedir tempo. Com William e Evandro em quadra, a seleção voltou ao jogo e, com um bloqueio do oposto reserva, empatou 21 a 21. Mas, em um ponto de saque, o time laranja conseguiu fazer 23 a 21. Depois, fechou em 25/21.
