Depois de duas vitórias nas duas partidas contra a Holanda, o técnico Renan Dal Zotto analisou o desempenho do Brasil e como está a preparação do Brasil para o Mundial de vôlei masculino
Duas vitórias em dois jogos. Em preparação para o Campeonato Mundial de vôlei masculino, o Brasil está no meio da série de amistosos contra a Holanda. Depois de uma partida em Brasília e outra em Manaus, o técnico Renan Dal Zotto comenta o desempenho da Seleção Brasileira e como está a preparação da equipe para a competição mais importante da temporada.
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“Sem duvidas, a gente sabia que os jogos iam ser assim. Em Brasília tivemos um placar um pouco mais dilatado, 3 a 0 um pouco mais duro, mas dilatado. Hoje, sabíamos que ia ser duríssimo. Hoje a seleção da Holanda, sem medo de errar, é uma das seleções que mais saca no mundo. Então eles nos colocaram em dificuldades, nosso sistema de passe sofreu hoje. Tinha um percentual baixo, consequentemente sofremos no ataque também. Mas tivemos maturidade para definir as bolas importantes em momentos críticos da partida. Todo jogo vai ser (duro). Ainda mais se tratando de Brasil e Holanda que é um clássico do voleibol mundial”, comento o técnico.
O Campeonato Mundial começa para o Brasil no dia 12 de setembro e a competição deste ano é um pouco diferente para a equipe. Depois de quatro edições, com três títulos e um segundo lugar, a Seleção Brasileira não terá Bernardinho como comandante na beira da quadra. Além disso, o time desta edição sofreu durante os jogos da Liga das Nações, principalmente com os ponteiros, o que coloca m pouco de dúvida sobre o que pode acontecer na competição na Itália e na Bulgária.
Para Renan Dal Zotto uma das chaves da equipe é enfrentar cada jogo como uma final. Na primeira fase o Brasil terá que enfrentar Egito, França, Holanda, Canadá e China. Na temporada, o Brasil já jogou contra os canadenses, franceses e chineses, conseguindo vencer somente os asiáticos.
“A meta desse mundial é fazer uma primeira fase muito boa. Para ir para a segunda fase bem classificado, porque a pontuação da primeira fase leva pra segunda. Então desde a primeira partida contra o Egito (12 de setembro) pra gente vai ser como se fosse uma final. Primeira partida Egito, segunda França, terceira Holanda, quarta Canadá e a quinta partida China. Então todas as partidas muito importantes”, comentou Renan.
Desfalques importantes
Fora das quadras desde novembro de 2017, o ponteiro Lucarelli tinha esperança de participar do Campeonato Mundial de vôlei masculino, contudo por falta de tempo para finalizar a recuperação da cirurgia no tendão de aquiles e por uma falta de confiança do atleta para jogar uma competição como essa, fez com que o jogador não fosse convocado para a Seleção Brasileira que disputará o torneio.
Outro atleta importante para o jogo do Brasil, Maurício Borges acabou sofrendo uma lesão no joelho durante a disputa da fase final da Liga das Nações masculina, disputada na França, e ao ser avaliado foi detectada a necessidade de cirurgia, o que tirou do ponteiro a possibilidade de disputa do Mundial de vôlei masculino.
“O Lucarelli infelizmente está fora do Mundial. A gente lamenta muito, devido a uma cirurgia que ele fez. O Maurício Borges também está fora. E tenho certeza que eles vão estar torcendo muito pelo Brasil nesse Mundial. São dois jogadores excepcionais que fazem parte desse grupo, então com a ausência deles eu acho que o grupo até se fortalece para jogar em homenagem a eles. Que eu tenho certeza que eles adorariam estar aqui com a gente”, disse Renan
Uma das maiores reclamações de toda a Seleção Brasileira durante a disputa da Liga das Nações foi a falta de tempo para treinamentos, por conta do excesso de jogos e principalmente de viagens longas. Faltando pouco mais de 20 dias para a disputa do Mundial, a quantidade de treinos e a preparação vem fortalecendo e dando confiança ao grupo.
“Lógico que a gente quer vencer, mas isso é mais uma preparação. Lógico que quando você entra você quer ganhar de qualquer jeito. A gente reclama do juiz, acaba o sangue ficando mais quente, mas o mais importante é a gente ver onde precisamos melhorar, evoluir. O que estamos melhorando. Está servindo pra isso. Pro grupo ganhar cada ver mais corpo, que eu acho que essa é a principal função desses amistosos”, finalizou Renan dal Zotto.