“É sacanagem! Um absurdo! É injusto!”. Essas palavras foram ditas por Sheilla minutos depois do Brasil ter vencido os Estados Unidos na final do Grand Prix e conquistado o título em julho deste ano. O protesto tinha a ver com a premiação dada às campeãs do torneio, US$ 200 mil, um valor cinco vezes menor do que é pago ao vencedor da Liga Mundial, competição similar que é disputada pelas seleções masculinas. A chiadeira deu resultado pouco mais de dois meses depois. Uma reunião da FIVB (Federação Internacional de Vôlei) definiu que as quantias pagas ano que vem para as meninas serão três vezes maiores do que as de 2016.
“O aumento do prêmio em dinheiro é uma justa recompensa para os atletas e hoje conseguimos dar um passo significativo para o benefício das estrelas do nosso esporte.”, afirmou o presidente da entidade, Ary Graça, ex-mandatário da Confederação Brasileira de Vôlei.
Além do aumento da premiação, ficou definida a forma de disputa do Grand Prix. Em 2017, a competição será dividida em três divisões, envolvendo a participação de 32 países, quatro a mais do que em 2016.
O formato do Grand Prix será o mesmo de 2016. Cada seleção vai disputar três quadrangulares durante três semanas, classificando os seis melhores para a fase decisiva.
O Brasil estreia na Turquia entre os dias 7 e 9 de julho e terá pela frente os donos da casa, Bélgica e Sérvia. Na semana seguinte, pega Japão, que será o mandante do quadrangular, a Tailândia e, de novo, a Sérvia. A Seleção encerra sua participação na primeira fase em casa, em local ainda a ser definido, recebendo Holanda, Bélgica e Estados Unidos.
Na véspera, foi definido o formato de disputa da Liga Mundial. Na competição masculina, serão ao todo 36 países, também separados em três divisões. A seleção brasileira masculina começa o caminho rumo ao título na Liga Mundial contra Itália, Polônia e Irã, de 2 a 4 de junho, na Itália. Na semana seguinte, de 9 a 11 de junho, enfrenta Argentina, Bélgica e o Irã. A última rodada da primeira fase acontece de 16 a 18 de junho, contra Bulgária, Sérvia e o país-sede Argentina.
A CBV estuda a possibilidade de o Brasil pleitear a sede da fase final do torneio, que ocorre de 28 de junho a 2 de julho. Assim como no Grand Prix, os cinco melhores times da primeira fase e o país-sede avançam para a disputa do título. A seleção brasileira é a atual campeã do Grand Prix e vice-campeã da Liga Mundial, sendo a maior vencedora nas duas competições.