Após uma cirurgia no joelho esquerdo, a central Thaisa passou por um grande período de recuperação e está de volta à seleção brasileira.
Thaisa disputou sua última partida oficial em abril de 2017, foi operada em junho e, desde então, dedicava toda a rotina à fisioterapia e treinos. O retorno às quadras só aconteceu em fevereiro deste ano, pelo Barueri, na Superliga feminina de vôlei. Ainda assim, a central não se considera 100% recuperada.
“Foi uma lesão grave e estamos tendo muita paciência. Depois que acabou a Superliga, eu fiquei um mês sem fazer nada, até para o corpo descansar um pouco, porque eu fiquei praticamente um ano vivendo em função de fisioterapia, musculação ou trancada dentro de casa sem pensar em outra coisa a não ser recuperação. Meu corpo estava precisando de um descanso”, apontou a jogadora.
“Hoje eu tenho muito mais confiança do que quando eu estava jogando a Superliga, porque estava bem recente e eu ainda sentia dor. Hoje eu não sinto dor”, acrescentou.
A cirurgia foi no joelho esquerdo, para tratar uma ruptura parcial do ligamento lateral e parte do menisco. Hoje, Thaisa usa uma joelheira para proteção. Acompanhada pelo fisioterapeuta da seleção brasileira, Fernando Fernandes, a central não se incomoda com o “escudo” na perna.
“Me sinto muito segura com ela e talvez eu nem tire. Talvez eu não me sinta segura sem, eu já tenho esse mecanismo de jogar o joelho para dentro e isso que me dá um suporte para não ir tanto para dentro, e para proteger de não acontecer a lesão no lugar operado. Eu não me incomodo se tiver que usar até quando eu pensar em parar”, considerou.
Mesmo na lista principal de José Roberto Guimarães, Thaisa não participa da Liga das Nações, que começa no próximo dia 15. O técnico pretende colocar a jogadora em quadra somente na Copa Pan-Americana, que acontece entre os dias 6 e 15 de julho. “O objetivo é mais lá na frente, é retomar, é conquistar todo esse tempo perdido”, afirmou.
Clima nos bastidores
No grupo desta primeira convocação, estão jogadoras experientes e também jovens apostas do técnico José Roberto Guimarães. A atmosfera da equipe, porém, perece agradável e Thaisa falou sobre a relação com as jogadoras fora das quadras.
“A energia desse grupo é muito boa, as meninas são muito parceiras, todo mundo torce uma pela outra, se diverte dentro de quadra, isso é muito gostoso. Ter um ambiente assim leve é a melhor coisa que pode existir em um grupo, principalmente de mulheres”, contou a central.
Em específico, Thaisa tem feito um treinamento mais cadenciado, e conta com o apoio de todos do grupo. “Eles estão tendo um carinho muito especial comigo, eu não estou saltando ainda, saltei bem pouquinho, estou fortalecendo muito na academia para poder ganhar um tônus maior, para ter uma proteção maior dentro de quadra. O Zé está me dando força e apoio nesse processo”, ponderou.
