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Wallace sobre brasileiros no Mundial: ‘cada vez mais difícil’

Em entrevista ao OTD antes do início do Mundial de Clubes, Wallace confirmou que ‘a cada ano que passa tem se complicado um pouco mais’ para os times brasileiros competirem contra os estrangeiros

Wallace Sada Cruzeiro
Wallace já conquistou o Mundial de Clubes pelo Sada Cruzeiro (Foto: FIVB/Divulgação)

A diferença dos clubes brasileiros do vôlei masculino parece menor em comparação com o feminino, mas ela existe. A edição de 2024 do Campeonato Mundial de Clubes mostra isso mais uma vez. O Praia Clube/Uberlândia perdeu seus dois primeiros jogos e não tem mais chances de classificação. Já o Sada Cruzeiro encara o Trentino, da Itália, nesta quinta-feira (12), às 20h30, e precisa vencer para garantir sua vaga na semifinal. Em conversa com o Olimpíada Todo Dia antes do início do torneio, o campeão olímpico Wallace confirmou que ‘está cada vez mais difícil’ competir contra as equipes estrangeiras.

“A cada ano que passa tem se complicado um pouco mais. É só observarmos o que tem acontecido com a seleção. A própria seleção não está mais como antigamente. E acho que é natural acontecer isso, pois novos atletas estão chegando, com pouca experiência. É o normal e o caminho a ser seguido. Mas é fato que está cada vez mais difícil, até pela questão do investimento. Acho que isso pesa bastante. É bem diferente o investimento que os europeus e os asiáticos fazem em comparação com as equipes do Brasil. Acho que isso aí é o grande diferencial entre nós e o pessoal lá de fora”, afirmou Wallace ao OTD.

Pela sobrevivência

O duelo contra o Trentino vale a sobrevivência do Sada Cruzeiro no Mundial de Clubes de 2024. Após vencer o Ciudad Voley, da Argentina, por 3 sets a 1, na estreia, o time cruzeirense foi surpreendido na segunda rodada do Grupo B pelo Shahdab Yazd, do Irã, na quarta-feira (11). Desta forma, o capitão Wallace e seus companheiros só avançar à semifinal da competição se vencerem o clube italiano, o atual campeão da Liga dos Campeões da Europa e o maior favorito ao título do torneio que está sendo realizado em Uberlândia, no Brasil.

Durante a entrevista ao OTD, Wallace foi questionado sobre a diferença da forma que o jogo é jogado na Superliga em comparação com o Mundial de Clubes, diante de rivais estrangeiros de alto nível. “(A diferença) não só na velocidade do jogo. Vou dar um exemplo bem claro e que não acontece com tanta frequência na Superliga: o bloqueio triplo. Lá, quando a bola saí um pouquinho dos três metros, os caras fecham com três e para sair desse bloqueio é uma coisa bem complicada para o atacante. E isso é uma coisa que na Superliga não acontece com todos os times”, analisou.

“Óbvio que tem alguns times da Superliga que fazem um pouco disso, mas não são todos. Por isso, acho que o nível do Mundial é muito maior, não só em comparação com a nossa Superliga. Isso vale também se compararmos com qualquer outra liga”, acrescentou o oposto de 37 anos. E o campeão olímpico na Rio-2016 já alertava sobre as características dos jogos do Mundial de Clubes. “A gente sabe que é um jogo de porradaria, com muito passe quebrado. Nesses momentos, o nosso time tem que se concentrar ao máximo para não rifar bola e nem tomar bloqueio direto”, avaliou o atacante.

Wallace é o capitão do Sada Cruzeiro e a principal referência do clube (Foto: FIVB/Divulgação)

Aposta no saque

Líder da Superliga com 23 pontos, o Sada Cruzeiro disputou nove partidas pela competição nacional e venceu oito. Antes disso, o time celeste tinha disputado o Campeonato Mineiro e a Supercopa do Brasil, ganhando os dois títulos. São poucos jogos e alguns atletas novos em fase de entrosamento, como o ponteiro Douglas Souza e, principalmente, o levantador Matheus Brasília.

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“A gente fez nove jogos na Superliga e isso nos deu um pouco mais de sincronismo com o Brasília, que acabou de chegar, e com o próprio Douglas. Isso foi positivo para gente, mas a gente sabe que o Mundial é um nível muito mais elevado do que a nossa Superliga”, afirmou Wallace, que apontou o saque como a principal característica do Sada Cruzeiro.

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“Temos priorizado o nosso saque. Essa é uma das grandes características do nosso time e, com isso, consequentemente, vamos conseguir tocar mais no bloqueio, fazer mais pontos diretos e gerar contra-ataques. Mas, como sempre falei e comento bastante com o pessoal do time, não podemos depender só disso. Mas, sem sombra de dúvidas, o saque é a a maior característica do nosso time”, concluiu Wallace.

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