Paris – O Brasil atropelou o Japão pela segunda rodada da fase de classificação do vôlei feminino nos Jogos Olímpicos de Paris. O resultado surpreendeu, não pela vitória em si, mas pela forma que foi. As comandadas do técnico José Roberto Guimarães, e ele também, enalteceram a preparação, o foco e a mobilização para a revanche contra as asiáticas.
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“Elas estavam preocupadas em realizar uma atuação boa, que realmente marcasse, porque a gente teve a última contra o Japão, apesar de ter sido um jogo bom, de defesa de ambos os lados, de muito volume, a gente perdeu. Esse jogo marcou muito. Era um jogo que elas estavam muito ansiosas, muito querendo que acontecesse para poder realizar o melhor”, disse Zé Roberto, aniversariante do dia. “Estou feliz por isso, acho que aconteceu, quando você vê o time tocando nas bolas, correndo. Não tem bola perdida, todo mundo chegando. É chão, bola estourada, contra-ataque”.
Exigente que é, achou um ponto a melhorar. “A única coisa ainda que a gente precisa é não errar a saque depois de ter uma sequência ou ter feito um ponto. Pelo menos manter. A gente não pode dar essa chance pro adversário de construir mais pontos e a vitória”, disse. “A gente treinou muito. Na velocidade que o Japão joga, não é muito simples. De você ter pessoas para fazer isso, ou das suas próprias jogadoras no treino, tentarem fazer o que as jogadoras japonesas fazem, porque elas têm um tempo diferente.
Obediência tática
“Acho que a gente conseguiu colocar em prática, dentro de fora, tudo o que a gente vinha treinando. Obediência tática, que a gente estudou tanto sobre o que poderíamos melhorar dos jogos anteriores”, disse Macris “Foi linda a energia, a entrega, a preparação”, acrescentou. A levantadora, que não entrou jogando contra o Japão, destacou o saque da equipe. “Fundamental, um dos pontos que a gente tinha estudado muito que poderia ter sido melhor em relação ao último jogo. Conseguimos diminuir um pouco a velocidade de jogo delas e a variedade de bolas, então isso ajudou muito”, acrescentou.
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Rosamaria destacou a vontade de devolver o recente revés do Brasil na Liga das Nações. “A gente nunca gosta de perder pra ninguém, né? Sabemos o quanto foi doída essa derrota na VNL. O time delas é incrível e vem jogando muito bem. Hoje acho que a gente se comportou da maneira que precisava se comportar pra jogar contra elas. Queríamos muito essa vitória. Aqui, como a gente fala, todo dia é uma final e hoje era mais uma final pra gente”.
Atitude
A capitã do Brasil, Gabi Guimarães, comemorou a atitude do time. “Hoje, dentro de quadra, entre a gente, olhar uma na outra o tempo inteiro e principalmente a comissão técnica”, afirmou. “A gente sabia que era um jogo de quebra-cabeça. Ralis longos, que a bola ia e voltava, ia e voltava. Achar o momento certo para poder arriscar onde colocaríamos as bolas e foi exatamente isso que a gente trouxe.” Ela enalteceu, ainda, a agressividade desde o começo. “Deu para sentir que a gente estava um pouquinho diferente. Sacamos muito bem, o que facilitou com que o nosso bloqueio de defesa funcionasse muito bem para o nosso contra-ataque.”