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Paris 2024

Seleção feminina não esconde que Japão e Polônia estão engasgados

Após vitória na estreia sobre o Quênia, asiáticas e europeias são as próximas adversárias na fase de grupos do vôlei nos Jogos Olímpicos de Paris

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(Wander Roberto/COB)

Paris – Ninguém do time esconde que o clima é mesmo de revanche. É oficial: japonesas e polonesas estão engasgadas na garganta do Brasil no vôlei feminino. Não é pra menos, foram responsáveis pelas duas únicas derrotas da equipe na Liga das Nações deste ano, justamente na hora decisiva, e ambas por 3 a 2. Primeiro foram as japonesas, na semifinal, e depois as polonesas, na disputa do bronze. Quis o destino que as três seleções se encontrassem de novo nos Jogos Olímpicos de Paris. Formam, junto com o Quênia, o Grupo B.

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“A gente está engasgadíssima com o time do Japão, o time da Polônia também. Então trabalhamos muito, muito forte nesses últimos meses pós Liga das Nações. O time cresceu bastante e a gente quer mostrar isso dentro de quadro, que é o mais importante”, disse a capitã Gabi Guimarães, nesta segunda-feira (29), após a vitória tranquila contra o Quênia na estreia dos Jogos em Paris. Thaisa acrescenta: “com relação ao Japão, vindo na raiva também, porque vai ser energia extra”, diz.

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Raiva como energia extra, diz Thaisa (Wander Roberto/COB)

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As asiáticas são as próximas adversárias da seleção de vôlei feminino. O jogo é na quinta. A Polônia será domingo (4), no fechamento da chave de classificação. Passam as duas primeira da chave e os dois melhores terceiros colocados dentre os três grupos da competição.

‘Não tem como não estar’

“Claro que está, não tem como não estar”, confirma a central Carol, maior pontuadora do jogo contra o Quênia, ao lado de Rosamaria, com 13 cada. “Ah, claro que está, claro que está”, repete Rosamaria, que acrescenta: “tivemos uma derrota para elas no momento importante da VNL. Foi decidido muito nos detalhes (a semifinal contra o Japão), e a gente sabe que contra o Japão é quem erra menos, porque elas não erram. Trabalham a bola pro lado de lá, arriscam um pouco menos, são muito habilidosas. Acredito que a gente tem que ter um pouco mais de calma para cometer menos erros e poder igualar no sistema defensivo também, com paciência. A gente sabe que elas sobem bola do início ao fim do jogo, bolas impossíveis. Mas a gente melhorou muito o nosso sistema defensivo.”

Vitória boa, porém precisa mais

Gabi também falou sobre a estreia do Brasil contra as quenianas. “A gente conversou bastante sobre esse jogo. Da atenção que teríamos que ter num jogo de estreia. Sabemos como são os Jogos Olímpicos, não tem time bobo. Mas principalmente pela nossa atitude, do que a gente quer construir. Fiquei feliz de ver nossa agressividade desde o começo, o saque funcionando muito bem e o que resultou no nosso bloqueio de defesa funcionando muito bem”, falou a ponteira. “Claro, não podemos se deixar enganar por essa partida, sabemos que precisamos de um crescimento muito grande.”

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Gabi e Carol (15) (Wander Roberto/COB)

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Equilíbrio

A oposta Rosamaria comentou sobre a atuação dela. “Fico feliz, acho que o mais importante era a vitória, tirar esse peso da estreia. Fico feliz de ter conseguido apresentar um bom jogo, de ter conseguido ajudar a equipe em outros fundamentos também, não só no ataque, ajudar na defesa, no saque, que é o que a gente precisa. Precisamos desse equilíbrio. Agora é continuar a nossa caminhada, daqui para frente é cada vez mais difícil”, disse a oposta do Brasil no vôlei feminino.

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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