Considerando o desempenho de outras seleções, Serginho analisa com cuidado a situação da seleção brasileira no Mundial de vôlei masculino. Confira a entrevista completa!
Após quatro finais olímpicas, Serginho deu adeus à seleção de vôlei em setembro de 2016. Foram 16 anos servindo à camisa verde e amarela e, desde então, a equipe brasileira vem recebendo novos atletas para suprir a posição de um dos maiores líberos da história.
O próprio Serginho citou, em entrevista exclusiva ao Olimpíada Todo Dia, nomes como Tiago Brendle, Thales Hoss, Douglas Pureza e Felipe Lourenço. “Eu acho que não basta só ter o equilíbrio, tem que ter alguma coisa que faça a diferença”, disse. “O jogador da seleção brasileira não tem que só fazer aquilo bem, ele tem que fazer a diferença em outras coisas também”, completou.
Pensando no Mundial de vôlei masculino, que acontecerá em setembro deste ano na Itália e na Bulgária, Serginho demonstra uma preocupação maior. “Eu acho que outras seleções estão muito bem, porque eu vejo que alguns jogadores são protagonistas na Europa, isso preocupa bastante”, ponderou. “A seleção (brasileira) vai chegar bem, mas as outras equipes vão chegar muito bem também”, acrescentou.
A preocupação do jogador vem de uma comparação com a geração que fez parte. “Na minha geração de 2004, que foi campeã olímpica, acho que só eu e o André Nascimento que estávamos jogando no Brasil, o resto estava jogando tudo fora”, relembrou. “Mas hoje depende também, não é todo mundo que tem mercado lá fora”, concluiu.
Na primeira convocação feita pelo técnico Renan Dal Zotto para o Campeonato Mundial, apenas três jogadores atuaram fora do Brasil na última temporada. São eles: Bruninho (Modena – Itália), Éder Carbonera (Trentino – Itália) e Lucas Lóh (Halkbank – Turquia).
Tóquio 2020
Já para os próximos Jogos Olímpicos, o jogador de 42 anos vê na base uma resposta para o futuro. “A seleção brasileira tem uma base muito boa hoje, a gente tem que se preocupar com o futuro próximo, eu diria que para a próxima Olimpíada a gente já tem que estar preparando essa molecada, que tem que agregar junto com essa seleção de hoje”, considerou o líbero.
“Eu não creio que tenha mudanças até porque não apareceu hoje ninguém na Superliga que falem ‘esse moleque tem que estar na seleção brasileira, tem que testar ele lá’. É difícil eu chegar e falar para você se vai ter muita mudança, porque os caras que são destaque hoje na Superliga, são de Seleção Brasileira”, finalizou.