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Vôlei

Darlan sobre momento na seleção: “Ainda não caiu a ficha”

Terceiro maior pontuador da VNL e xodó da torcida, Darlan comenta sobre seu momento de destaque na seleção

Darlan sorrindo após ponto na Liga das Nações de vôlei masculino, a VNL. Darlan vai disputar pela primeira vez os Jogos Olímpicos em Paris-2024
(Foto: FIVB)

Darlan é o grande destaque brasileiro no início da Liga das Nações de vôlei masculino. Não só por ser o maior pontuador da equipe, mas também por ser o “termômetro” da equipe em quadra. Com a característica de “inflamar” a torcida, o oposto de 21 anos caiu nas graças do vôlei fã e vem se consolidando como a principal referência da atual geração.

“Eu gosto bastante da torcida. Acho que em certos momentos, ajuda bastante. Quando você está em momentos difíceis e vê que o pessoal está te apoiando, é muito bom. Eu pelo menos consigo tirar mais força disso e acho que o time também”, falou o Darlan, ainda durante a primeira semana da VNL, que aconteceu no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, há duas semanas.

Darlan com placa escrito seu nome e com desenhos de animes japoneses
Darlan recebeu homenagens de fãs durante a etapa no Japão (Foto: FIVB)

Antes dos quatro jogos da primeira etapa, Darlan foi o nome mais aclamado pela torcida no anúncio das escalações no ginásio. Durante as partidas, era o jogador responsável por levantar a galera e por dar um novo ânimo ao time durante momentos de tensão. Após os jogos, os pedidos por fotos e autógrafos dos torcedores eram inúmeros, algo ainda muito novo para o jovem garoto de Nilópolis.

“Eu acho que a ficha não caiu ainda para essa situação. Eu acho meio estranho quando o pessoal chega na rua e fala: ‘Darlan, deixa eu tirar uma foto com você?’. Para mim, não faz sentido. Ainda estou tentando assimilar um pouco”, falou Darlan, que opta deixar a adrenalina do jogo em quadra e não assiste partidas de vôlei no tempo livre, optando por séries ou animes.

O início da trajetória

Foi justamente no Maracanãzinho, onde Darlan foi muito bem tratado, que o oposto iniciou sua trajetória de sucesso na seleção brasileira, durante a disputa do Pré-Olímpico, no ano passado. Ele foi convocado para a competição somente depois que Felipe Roque pediu dispensa. O oposto começou o torneio na reserva, mas ganhou espaço entre os titulares e foi essencial para a conquista da vaga para Paris-2024.

Darlan vibrando durante partida da VNL
Darlan é irmão de Alan Souza, também oposto da seleção brasileira (Foto: FIVB)

Depois que tornou-se o xodó da torcida, Darlan está amadurecendo cada vez mais. Durante a temporada de clubes, o oposto liderou o Sesi Bauru rumo ao título da Superliga, sendo eleito o melhor jogador da competição, além de ter sido o melhor sacador, o maior pontuador e o melhor oposto. Além disso, ele bateu recorde de pontos em uma única partida na competição, ao fazer 48 na semifinal contra o Joinville.

“O papel principal que eu tenho é ser essa chama, de chamar a torcida, chamar o povo para torcer com a gente, e consigo fazer bem. E acho que é muito da minha juventude. Ajuda bastante que eu estou sempre inteiro e sempre no gás. Eu jogo na emoção porque é o que eu tenho a oferecer. Sempre tento puxar um pouco a responsabilidade para mim, porque eu sou oposto e tenho que fazer isso”, falou.

Papel na VNL

Já com a seleção, Darlan foi titular nas cinco partidas que a seleção brasileira fez na atual edição da VNL. Ele foi o maior pontuador da equipe em duas delas, contra a Argentina e contra Sérvia, ainda na primeira semana. Ao todo, ele já tem 78 pontos acumulados e é o terceiro maior pontuador da Liga das Nações – atrás do holandês Nimir, com 92 pontos, e do esloveno Stern, com 82.

Darlan comemora ponto com os braços erguidos
Darlan é um dos mais novos da equipe, mas é o mais vibrante (Foto: FIVB)

O último jogo da seleção na VNL foi contra a Alemanha. Contando com alguns desfalques, como o levantador e capitão Bruninho, o Brasil foi dominante e ganhou por 3 sets a 0 (25/15, 25/16 e 25/15). Darlan marcou 11 pontos e foi o segundo maior pontuador do Brasil, igualado a Lukas Bergmann e atrás de Lucarelli (16). O Brasil volta a jogar na quinta-feira (06), às 00h (hora de Brasília), contra o Irã.

Paulistano de 23 anos. Jornalista formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Estou no Olimpíada Todo Dia desde 2022. Cobri a Universíade de Chengdu, o Pan de Santiago-2023, a Olimpíada de Paris-2024 e a Paralimpíada de Paris-2024.

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