Bernardinho tem feito muitos testes ao longo da primeira semana da Liga das Nações de vôlei masculino. Em três partidas já realizadas até aqui, o treinador escalou a seleção brasileira de três formas diferentes. No último jogo, contra a Sérvia, ele promoveu três jogadores à equipe titular pela primeira vez: Judson, Maurício Borges e Cachopa, que tiveram papéis importantes na vitória verde-amarela por 3 sets a 1.
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Judson fez sua estreia na VNL, após não ter sido relacionado contra Cuba e ter ficado no banco de reservas contra a Argentina. O central, que fez dupla com Lucão na equipe principal, anotou 11 pontos e foi o maior bloqueador da partida, com quatro acertos. Além disso, marcou um belíssimo ace no terceiro set. Ele comentou sobre a boa atuação na partida e a ansiedade que antecedeu sua estreia.
“Confesso que não tem como não sentir aquele frio na barriga. Estou diante de uma torcida apaixonada, um ginásio tão histórico não só para nosso esporte, mas pra vários esportes, para o nosso país. Mas eu tentei ao máximo controlar as emoções para dar o meu máximo e contribuir dentro de quadra. A gente teve dificuldade dentro do jogo, mas a gente soube se reinventar. Estou feliz de já ter estreado na Liga das Nações. Espero seguir numa crescente junto com o meu time”, disse Judson.
Pedindo passagem
O ponteiro Maurício Borges e o levantador Cachopa também integraram o sexteto titular pela primeira vez, mas já haviam atuado nas partidas anteriores. Maurício entrou ao longo da partida contra Cuba, na tentativa de melhorar a linha de passe, enquanto Cachopa já vinha pedindo passagem após boas atuações diante dos cubanos e da seleção argentina. Contra a Argentina, aliás, ele terminou a partida em quadra, bancando o capitão Bruninho.
“Quando tu entra no meio da partida, pega o carro andando, às vezes em uma situação adversa pro teu time, o adversário jogando bem e tu precisa adaptar algumas coisas, mudar um pouco o jogo e o ritmo do jogo. Acho que começando hoje eu consegui criar, jogar um pouco mais da minha maneira, tomar as minhas decisões e sentir um pouco em cada momento do jogo”, disse Cachopa.
Cachopa teve uma atuação segura em toda a partida e distribuiu muito bem o jogo em especial nos dois primeiros sets. Ele ainda anotou um ponto, de bloqueio. Já Maurício Borges marcou 14 pontos, sendo 11 de ataque, dois de bloqueio e um de saque. O ponteiro foi o terceiro maior pontuador da partida, atrás de Darlan e de Leal.
“Eu não acho que seja ‘titular’, hoje foi mais um jogo. A nossa seleção está muito coesa. Creio essa mudança e essa troca de peças é importante para botar também todo mundo em ritmo de jogo. O mais importante em um jogo como esse contra a Sérvia é rodar, o que mostra a força do nosso grupo”, falou Maurício Borges sobre a rotatividade promovida por Bernardinho.
Lucão de volta
Além dos “estreantes”, o treinador também colocou em quadra o oposto Darlan, o ponteiro Leal, o central Lucão e o líbero Thales. Desses quatro, somente Thales e Darlan atuaram em todos os jogos. Já Leal e Lucão tiveram papéis importantes contra Cuba, mas não jogaram diante da Argentina. Ao final do duelo, o central comentou sobre a postura de Bernardinho a cada jogo.
“A conversa do Bernardinho é sempre igual. Acabou, vamos embora trabalhar no dia seguinte porque amanhã tem mais. É esquecer o que passou. Esse tipo de campeonato não dá tempo para comemorar a vitória, porque no outro dia já tem jogo. Se sair um pouquinho do script de como a gente quer, a gente perde partida, ainda mais contra equipes iguais a essas que estamos enfrentando”, concluiu.
Com duas vitórias em três jogos, o Brasil tem cinco pontos e aparece na oitava colocação da Liga das Nações de vôlei masculino. Fechando a primeira semana da competição, o próximo compromisso da seleção será contra a Itália, neste domingo (26), às 10h, em mais uma reedição da final olímpica da Rio-2016, também no Maracanãzinho.